Continuo noutra. Por exemplo, organizei-me para ver a Cerimónia de Encerramento dos Jogos Olímpicos. Onde é que eu, alguma vez, me plantava em frente da televisão para ver aberturas ou encerramentos?
E preocupo-me não vá isto ser a antecâmara para um patamar ainda mais grave: ou seja, sentar-me em frente da televisão para ver o programa da Tânia de manhã e o da Júlia à tarde.
Tento tranquilizar-me dizendo aquelas frases consoladoras em que algumas pessoas encontram sentido: 'Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa'.
Mas, pronto, whatever. Uma coisa tenho que confessar: tenho estado a gostar. É bom ver tanta gente junta de tantos países de tantas raças e credos, todos juntos, em festa. Canta-se, dança-se, ri-se.
Se eu fosse Miss Qualquer Coisa diria que seria tão bom se o mundo fosse sempre assim, todos amigos de todos, todos em paz. E amor. E só não falo de sexo porque aqui pode parecer deslocado... mas, na realidade, parece que, como sempre, com tanta concentração de hormonas aos saltos, houve mais sexo por metro quadrado do que em qualquer outro ponto do planeta. Mas isso também é bom e também merece ser festejado. Make love not war, lá diziam os nossos antepassados.
Abro um parêntesis para dizer que está a Yseult a cantar o My Way, o vozeirão que se sabe, mas com uma indumentária que é qualquer coisa. Diria que do além. Uma coisa espantosa. Todo um filme. Merece ir do palco directamente para o museu. A sério.
Já antes tinha cantado a Billie Eilish (neste caso, numa gravação) mas também vestida de uma maneira que me deixou a tentar perceber qual a lógica. Digamos que no extremo oposto da Yseult. Mas, mesmo quando acho um disparate, gosto. É um mundo em que cabe tudo. Pelo menos aqui, a este nível, cabe.
E é isto, e só isto, pois, nestas circunstâncias de pura alienação, que mais posso dizer?
Não sei.
Não vi MM nem PP nem senti pena. Nem sequer notícias. Portanto, falo mais de quê?
Só se for que já esfaralhei os orégãos todos e já os embalei, para aí uns doze boiões. Esfaralhei ou esfarelei? Ou nem uma nem outra? Não sei que palavra usar para separar as folhinhas previamente secas dos respectivos paus.
Também posso acrescentar que, pelos meus anos, o meu filho me ofereceu um conjunto de alimentos bio, entre eles o latte dourado. Fiquei sem saber como usá-lo. Mas fiz uma experiência e estou fã.
O meu pequeno almoço é assim:
- 1 banana
- 1 laranja
- meio abacate
- kefir
- 1 café expresso
2 comentários:
UJM
Sem palavras,
https://www.youtube.com/watch?v=R-O2WjHlhVs
Cumprimentos
Reconheço que há mestria mas, sinceramente, a pintura que reproduz a realidade como uma fotografia, não faz exactamente o meu género... Mas obrigada pela partilha!
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