Levei na cabeça por ter escrito o que escrevi ontem e não só por isso mas porque eu própria penso que não posso estar sempre a deixar-me afogar em preocupações e tristezas, decidi que hoje ia ser diferente.
Mas a minha cabeça deve mesmo andar perturbada pois por mais que procure parece que dentro dela pouco encontro. Quero arranjar outro assunto mas sinto-me a patinar em seco.
Ao longo do dia vou espreitando as brincadeiras e as piadas que os meus amigos partilham no grupo. Há algum tempo que não participo. Mas, como eu, muitos dos que antes eram muito activos e tinham acesas discussões ou palpitantes conversas parecem ter-se acalmado ou passado para os bastidores. Mas tenho uma certa pena por não participar no próximo encontro, especialmente porque uma grande amiga que não participou no anterior desta vez vai estar lá e gostaria de pôr a conversa com ela em dia. Mas, pronto, não vale a pena lamentar. Não vou porque não quero ir. Sei que não ia ser boa companhia. Irei ao seguinte.
Curiosamente, parece que agora das três pessoas com quem tenho mais afinidade, com duas delas antes não tinha nenhuma, uma porque nem dava pela sua existência e outro porque, vá lá saber porquê, embirrava à brava com ele.
Mas agora gostava de estar com aquela que era sólida amiga. O marido correu mundo, dada a sua actividade. Ela, porque a sua profissão a obrigava a estar (é médica), ficava em casa enquanto ele andava por fora. Construíram a sua casa numa zona de campo, embora perto da cidade. E adoram a casa e o lugar. Muito ligado à cultura, com prémios e medalhas de mérito, dir-se-ia que ele vive num mundo que pouco tem a ver com o mundo dela (e vice-versa). E, no entanto, desde que os conheço, são parceiros de vida. Ao telefone, achei graça quando ela me disse: 'sempre tive a vida que quis, sou feliz'. E não tem telemóvel. Se calhar também não vê televisão. A minha mãe via-a sempre que ia ao centro de saúde e falava-lhe de mim como a mim me falava dela. Dizia-me que ela tinha um ar um pouco alternativo. Acredito, nunca foi de modas, nunca quis saber das opiniões alheias.
Não sei como me veem a mim. Devo ser a única que trabalhou toda a vida em contexto empresarial e isso, do que vejo, desperta alguma curiosidade. As minhas amigas são maioritariamente professoras ou médicas. Dos homens, destacam-se também os médicos, muitos, alguns engenheiros, poucos advogados. Aquele que curiosamente parece ter uma vida mais excitante é aquele que, quando éramos miúdos, era dos mais neutros. Não só tem uma profissão incomum, direi extraordinária e com mérito, que o leva a vários países como consegue conciliá-la com os seus hobbies que são também inacreditáveis. Manda-nos vídeos fantásticos dos lugares mais recônditos do mundo. E talvez seja quem também tem a casa mais extraordinária, uma casa com muita mão dele.
Desejo ter mais disponibilidade mental para voltar mais ao convívio com eles.
E há pouco a minha filha enviou-me uma imagem do comboio de luxo que vai percorrer a Itália, dizendo que temos que nos organizar para irmos. E eu fiquei com vontade, sim.
E hoje, ao retirar as etiquetas ao que comprei, fiquei com vontade que venha o bom tempo para poder largar os casacos, para vestir blusas leves e coloridas e enfeitar-me com brincos e colares espaventosos, bem coloridos.
E um dia destes vou pegar numa tela e vou pôr-me a pintar a ver o que sai. Estou curiosa.
E a ver se o tempo melhora. Apetece-me passear, ir ver exposições, laurear. Mas agora, para além de tudo o que se passa e que me deixa apeada e, reconheço, completamente 'mongas', está sempre cinzento, tudo húmido, uma coisa meio deprimente. A chuva faz muita falta mas era bom que houvesse pelo menos um dia de sol. Sinto falta do sol e da alegria que ele traz.
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Como estive para aqui a escrever mas na verdade sem muito para dizer, deixem que partilhe convosco mais um daqueles vídeos que gosto de ver, que me põe bem disposta. Tem legendagem em português.
Love myself
In the quiet corners of our minds, there's a voice that tends to undermine and sow doubt - the inner critic. The negative one. The one who preys on our insecurities. Confirms our self doubts and attacks our confidence. It might sound like, 'you should', 'why didn’t you?', or 'what’s wrong with you?'
Recognising this internal dialogue is important because it so often shapes our actions and decisions. When we're too hard on ourselves, it messes with our confidence and blocks our creativity.
It's essential to name it, acknowledge its influence, and most importantly, not let it take the reins of our lives. Instead of allowing self-doubt to dictate our choices, we should strive to foster self-acceptance. By doing so, we empower ourselves to break free from the grip of the inner critic and embrace our authenticity.
Embracing our imperfections and celebrating our unique qualities empowers us to step into the fullness of who we are meant to be. And it brings with it a profound sense of inner peace, enabling us to navigate life's challenges with confidence and grace.
Filmed in Hermanus, South Africa.
Featuring Catherine Brennon
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Um dia bom
Saúde. Alegria. Paz.
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