Nos dias em que estou mais cinzenta ou, pior ainda, mais bege, procuro salvação no YouTube. E geralmente encontro-a.
Uma bacana que gosto sempre de ver é a Philomena Cunk. Imaginem a Paula Moura Pinheiro a fazer programas culturais, geralmente sobre história (mas pode ser também sobre literatura), mas a fazer perguntas completamente desconcertantes. Não que a Paula Moura Pinheiro não seja óptima e não faça programas que são um balão de oxigénio nas nossas experiências televisivas. Poderia era haver uma Paula Moura Pinheiro II, clone da I, que fizesse uma série paralela em que desse cabo dos entrevistados, mas um dar cabo bem disposto, saudavelmente estarola.
Adoro ver o ar sério com que a Philomena faz as perguntas e o ar educadamente desconcertado dos entrevistados que, geralmente, tentam responder não dando parte de fracos e tentando encontrar uma forma inteligente e polida de continuar num registo profissional.
Sinto falta disso na comunicação social. Ou há humoristas escancaradamente humoristas, muitas vezes fazendo tangentes à vulgaridade, ou há aquel@ nov@s humoristas que gostam de se desconstruir e de revelar as suas carências ou taras, tudo condimentado com muito palavrão, uma cena tardo-adolescente para a qual não tenho grande pachorra.
Mas assim como a Philomena Cunk, que aborda temas culturais mas com uma abordagem geralmente descontextualizada e hilariante mas sem que a sua expressão o demonstre acho que não temos cá ninguém.
Poderia arranjar inúmeros exemplos mas uso o primeiro vídeo que agora me apareceu.
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