João Oliveira também lerpou e isso é mais do que uma lição dada à bruta. Mas a ele não me custa tanto: um jovem como ele tinha a obrigação de já se ter sabido actualizar. Pelo contrário, João Oliveira mais não faz do que repetir a conversa comunista que vem desde o 25 de Abril como se o País (e o mundo) não tivesse sofrido alterações significativas. Quando um homem de 42 anos não é capaz de trazer as preocupações emergentes para o seio da discussão política, não posso dizer que esta sua não-eleição não é merecida. Ou seja, escrevendo a frase na positiva para que não subsistam dúvidas: o ter ficado de fora foi merecido.
No entanto, custa-me que uma pessoa como António Filipe não tenha sido eleito. Sempre o achei um democrata elegante, uma pessoa sensata e aberta ao diálogo. Que um parlamentar histórico como ele tenha ficado em terra é uma pena e é um dos sinais mais impressivos da grande derrota do PCP.
Mas o percurso do PCP é assim mesmo: vai perdendo relevância, vai perdendo a simpatia do eleitorado (manterá alguma velha guarda comunista e pouco mais), vai perdendo o foco (em vez de se bater contra o populismo, a xenofobia, o racismo e a demagogia... bate-se contra os socialistas).
Uma pena que não tenham percebido a tempo que a sua trajectória é suicidária, antes de perderem tantos deputados.
Vamos tê-los de novo na rua, certamente com as mesmas parangonas, imobilizados no tempo. Enquanto isso, o Chega vai ganhando espaço.
[E já não deve faltar muito para termos os resultados quase finais]
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E queiram, pf, continuar a descer
1 comentário:
Nem tudo se perde com a saída de António Filipe.
Quando ele voltar à Central do Pego, local onde manifestou que “ … devia haver uma suspensão do processo de encerramento …”, já pode levar o seu PEV, PEV que tem agora mais tempo livre, penso eu …
https://www.youtube.com/watch?v=ipm5ycOXLOk
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