Hoje o dia começou com a notícia de que o casal Trump está infectado e vai acabar com a notícia de que o palhaço Donald vai ser hospitalizado, dizem que por precaução, e que foi tratado com um cocktail experimental de anticorpos. Não faço ideia do que seja pelo que não posso garantir que não contenha um cheirinho de lixívia. Uma bizarria pegada. Quando, ao despertar, li a notícia admiti que seria tanga dele para fugir aos debates e comícios e para, a seguir, se desculpabilizar. Ou que, então, era tanga para aparecer bom ao fim de meia dúzia de dias para se gabar de ser um herói, que a gripezinha da treta não lhe tinha feito mossa. Um macho man. Neste momento, já admito que seja mesmo verdade e, a ser, não deixa de haver ironia nisto.
Mas não quero alongar-me no tema. Pessoalmente, não desejo mal nem aos mais estúpidos. Se Trump é uma cavalgadura narcisista da pior espécie, e não há dúvida de que é, é nas urnas que eu gostaria que ele fosse apeado, não por estar ó tio, ó tio, com o covid cujos riscos desprezou mesmo quando o número de infectados e de mortos já evidenciava que a sua condução do problema estava a ser catastrófica.
Portanto, agora que vi o helicóptero no ar levando lá dentro o psicopata cor-de-laranja, não vou desejar-lhe mal e saltar-lhe em cima, vou antes dizer que prefiro usar o meu tempo com as coisas bem dispostas que o meu amigo algoritmo resolveu propor-me.
Aliás, já ontem, a meio dos saltos de Sergei, um must que felizmente sempre me acompanha, dos sábios e bem humorados conselhos das Avós da Razão, de poemas lidos e de arrebatadas interpretações de piano, Chet Baker e Marilyn, Lincoln Project e Trumpices, começaram a aparecer-me vídeos com momentos de boa disposição contagiante. Gostei mas estava noutra, justamente em volta do estafermo-mor. Mas figuei com a pulga atrás da orelha e agora é mesmo isso que me apetece. Bora lá deixar-nos contagiar (não com o merdinhas mas com música, risos, alegrias)?
Sem comentários:
Enviar um comentário