Não vou falar de lavagem de roupa suja ao retardador. Não dá. Se fosse uma simples lavagem, em programa rápido, ainda ia que não ia. Agora 22 horas... Só se eu fosse parva. Ainda por cima com pré-lavagem. 19 horas de pré-lavagem. É certo que de cada vez que a Joacine tem alguma coisa para dizer há que multiplicar o tempo por 10. Mas um partido com meia dúzia de pessoas e uma única deputada (que se passeia com um assessor de saias, escoltada por um GNR de calças) e que, ao fim de um mês, andam todos à trolha e, para resolver a questiúncula, precisam de 19 mais 22 horas... é coisa de doidos. De doidos varridos. Poder-se-ia perguntar: quem nunca? mas eu teria que levantar uma tabuleta a dizer: eu nunca. Eu nunca dei pão para malucos. Eu nunca papei partidos burocrático-experimentais com senhoritas divo-alternativas. Portanto, passo.
Também não vou falar naquilo de os coelhos poderem estar a correr risco de extinção. A questão é que isso desencadeia em mim uns so called mixed feelings. E nem é que goste de comê-los. Não gosto. Em tempos, no meu período bárbaro, não queria cá saber de pruridos: comia-os de gosto, de preferência à caçador, ainda a saberem a ervas do campo. Agora nem pensar. É daqueles casos em que já estou como o outro, associando-os a quando andam, fofinhos, aos saltitos. Mas, por outro, há aquele caso do láparo. Não que deseje a sua extinção física, nem pensar. Mas política, isso, era para já. Extinção de penalti. Ele e mais o outro da carinha sarcástica, o seu homenzinho de mão, aquele que agora anda a moer a paciência ao alpacas. Ou seja, não é tema que me assista em termos blogosféricos.
E depois há aquele tema extraordinário, coisa para ir parar aos casos do Além. O Super-Judge Alex, esse macho alfa da Justicite tuga, resolveu que há-de interrogar António Costa. E se o Super-Judge quer, quem é que tem poder para o impedir? Em Portugal, os malucos mudaram-se em peso para a Justiça e não há quem lhes deite a mão. Parece que a coisa tem a ver com Tancos. Não sei se acha que, apertando-o ao vivo e a cores, o Costa, qual delator premiado, vai entalar o Azeredo ou se é mais do que isso e tem daquelas suspeitas profundas que o costumam assaltar. Por exemplo, não me admira que ande a magicar que o Costa está feito com o Fechaduras ou a intuir que isto está mas é tudo ligado e que, para surpresa geral, foi o Costa que contratou o Fechaduras para arrombar o cofre da mãe do Sócrates para pagar a entrada da casa de campo da Fava, quiçá a troco do namorado dela convencer o Vara a aceitar os robalos em vez de uma casa de campo em Vale de Lobo e, en passant, a convencer o Perna a fazer atrasar os pagamentos das obras do apartamento de Paris sabendo que com isso ia servir para disfarçar que o Salgado, o Bava e o Lena estavam todos feitos com o célebre e saudoso Magalhães, o computador com super-poderes. Mas como o caso está em segredo de justicite não posso aqui falar de nada. Uma pena.
Portanto, impedida de tecer loas a uns e a outros e sem vocação para bababus e papatás, passo já aos presentinhos para os meus queridos Leitores que tanta paciência têm para aturar os meus anti-posts. Não digo para quem são, estão aqui à disposição e cada um que escolha o que quiser. Não há coerência entre eles justamente por isso mesmo: pressinto que entre os meus Leitores também não haja uma coerência por aí além. Portanto, para quem gosta de rir, está um, para quem goste de raining men em trajes menores há outro, para quem goste de orgias, incluindo elas-com-elas -- e pelo menos uma, a filha da Srª Dona Madonna, com trunfa no sovaco -- há outro e, finalmente, para que se perceba que isto é porque é Natal, temos uma christmas song mas comme il fault, com Mr Bob Dylan todo bento e devoto, oh-oh-oh.
E talvez a partir de agora, de vez em quando, volte a distribuir cadeaux para vocês. E reparem os senhores do Porto como isto do vocês é tão de tia, tão de alface em versão beta, tão de quem vive numa concha, tão de quem, na verdade, gosta de uma boa conchinha. Se é que me entendem.
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Como é bom de ver, as fotografias de animais como noses não têm a ver com nada. A menos que tenham, claro. Foram repescadas no Unsplash e no Pexels por Ahmad Habash e por Titas Burinskas e avistei-as no Panda Entediado.
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E queiram agora fazer o favor de descer para verem uma coisa boa de mais: Banksy em registo natalício.
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E um dia bué bom para vocêzes.
5 comentários:
Ahahhahaha, muito giro!
Eu por acaso também deixei de comer coelho pelas mesmas razões, apesar de nunca ter sido coisa que amasse.
Um dia bué de bacano!
A "menina" (também há essa versão alfacinha, so to say, ou, se calhar, de outros pontos do País), ou, "você", UJM, é muito mordaz.
Tenha uma boa noite!
Divirto-me com essa sua atitude de "flibusteira".
Cordialmente,
P.Rufino
UJM,
Ninguém está acima da Lei, sobretudo quem tem responsabilidades acrescidas no Estado, como um PM, ou até um PR. Daí que, esse seu “outburst” relativamente ao facto do juiz Carlos Alexandre querer ouvir António Costa não tem razão de ser. Um vez o Conselho de Estado autorize, após um pedido nesse sentido do dito juiz de Instrução Criminal, o PM ser ouvido, como testemunha – e nessa condição não poder remeter-se ao silêncio e ter de responder ao que lhe é perguntado…dizendo a verdade, não mentindo ao tribunal, sob pena de incorrer na prática de um crime, agravado pelo facto de exercer as funções que assume (como PM) – A.C só tem que cumprir o que estabelece a Lei, como qualquer cidadão. Era mesmo o que faltava que um PM, pelo simples facto de o ser, não pudesse ser ouvido na presença (física) de um juiz! Sabe, UJM, Israel – país pelo qual tenho muitas críticas a fazer…no que respeita à sua acção na Palestina – enquanto Estado poderia servir-nos de exemplo, um bom exemplo, isto porque não têm pejo em investigar, criminalmente, um PM, como está a suceder actualmente, nem mesmo em condenar um ex-PM e um ex-PR, que hoje cumprem penas de prisão naquele país. Aqui, se um juiz, ou procurador, se atrevem a “incomodar”, “tocar”, num PM (para já nem falar num PR), aqui D’el Rei que estão a fazer uma grande maldade! Não tenho particular simpatia pelo Juiz Carlos Alexandre por razões que em tempos no seu Blogue invoquei, mas reconheço-lhe o pleníssimo direito de ele ouvir, presencialmente, o Sr. António Costa, como testemunha do caso de Tancos (que teve as repercussões que todos sabemos, políticas e, até ver, penais), já que era o PM ao tempo e que sempre se solidarizou com Azeredo Lopes, enquanto seu Ministro de Defesa Nacional e portanto, faz sentido explicar o que sabia ou não soube. Nada de extraordinário, do ponto de vista Processual Penal. Era mesmo o que faltava que um político estivesse acima do que a Lei estipula para outros comuns cidadãos! Assim sendo, que Costa lá vá e explique, com serenidade e humildade, o que tem a dizer sobre o assunto. Ficarei muito satisfeito se ele acabar por lá ir, responder perante Carlos Alexandre. Significaria que o Estado de Direito, neste pequeno Portugal estaria a funcionar…apesar de tudo.
Boa noite!
P.Rufino
Olá Francisco
Qualquer dia ainda viramos vegans...
Abraço, Francisco!
P. Rufino,
Faz leituras demasiado literais do que escrevo. Parece ignorar quando estou a ironizar e a divertir-me.
De qualquer forma, conhecendo-se o Gand'Alex como ele já se deu a conhecer, todas as suposições são legítimas, não lhe parece?
Dias bem dispostos para si, P. Rufino.
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