quarta-feira, outubro 16, 2019

Lauren: médica, 26 anos


No dia 10 deste mês um artigo no The Guardian chamou a minha atenção: The grief over my daughter's suicide never ends, but I can help other junior doctors. Um médico fala da dor que ainda sente dois anos e meio após o suicídio de Lauren, sua filha, jovem médica. 
Something I thought was unthinkable and only happened to other people had happened to me. (...) 
I wondered why and how someone successful, solvent, resilient and outwardly happy could reach such a state of despair. How did I, her father, not know that Lauren was in such a dark and hopeless place? (...)
Nesse artigo, há um link para um vídeo que ele gravou não apenas para falar do seu espanto e sofrimento mas também para ajudar quem esteja a passar por situações similares, seja por se sentir persistentemente atormentado, atolado em tristeza, cansaço, desamor ou medo ou num estado de desesperança quase incapacitante, ou a quem esteja por perto e não consiga identificar os sinais ou não saiba o que fazer para ajudar.

Tendo eu já lidado com pessoas com problemas desta natureza, embora felizmente não tão graves, sei bem como é terrível a impotência de quem não sabe como ajudar aqueles que aparentam não querer ser ajudados e que, além do mais, geralmente se esforçam por disfarçar e exibir desenvoltura e alegria. 
Não sei porque é que isto acontece. Se tivermos crises alérgicas, não receamos falar nisso e tomar anti-histamínicos, se tivermos enxaquecas não nos custa nada queixarmo-nos e não nos importamos de tomar analgésicos, se tivermos uma contractura muscular não o disfarçamos e procuramos ajuda mas, do que sei, frequentemente quem tem ataques de pânico, ansiedades persistentes ou uma sensação de tristeza ou medo faz de tudo para que ninguém o descubra. E essa necessidade constante de disfarçar vem cavar ainda mais fundo o negrume que vai alastrando, esvaziando a alma e corroendo o ânimo de quem atravessa esse sofrimento.
No vídeo, o pai de Lauren conta que filha, apesar do que a devastava por dentro, era capaz de representar perante amigos e família, fazendo de conta que tudo estava bem com ela. 
Porque será isso? Será porque o estigma contra problemas do foro mental ainda se faz sentir e quem se sente frágil receia enfrentar os olhares desconfiados dos outros? Será porque pensa que, tentando conter e esconder a inquietação, menores serão os danos que ela pode causar? Será porque receia que, expondo-se, isso acabe por se virar contra si? Ou será porque receia causar apreensão e sofrimento àqueles que se ama? 
Das palavras que tenho trocado com a Maria Luísa muitas me têm deixado a pensar. Numa vez a Luísa contou que, por vezes, quando estava com a Filipa e sentia que alguma coisa poderia não estar bem, querendo saber o que se passava, ela se queixava que a mãe estava a 'embirrar'; e os que estavam mais próximos achavam que ela deveria deixar a filha em paz. Não parece nada de mais -- são apenas as pequenas coisas de que é feita a intimidade das pessoas muito próximas. Mas, a posteriori, conhecendo-se o que aconteceu, como saber qual deveria ter sido a melhor atitude? Insistir mesmo correndo o risco de a filha se fechar ainda mais, esforçando-se ainda mais por disfarçar? Ou nada dizer?
Ou no caso da Filipa, da Lauren ou de outras e outros, faça-se o que se fizer, o seu destino está traçado porque, simplesmente, são pessoas que nasceram para viver sem o peso dos dias, são anjos, seres intemporais, espíritos muito livres que não suportam peias e enleios espúrios e que inevitavelmente chegarão ao ponto de não retorno, o ponto em que querem libertar-se porque não sabem o que mais fazer para conseguir suportar este mundo?

Deveria falar-se mais sobre estes temas, expor o que se sente e como é que os outros devem lidar com isso. 

Por exemplo: como devem agir os que querem ajudar?
  • Devem  forçar que quem está assim assuma o seu problema e procure ajuda? 
  • Ou devem ter a arte de os ajudar a sair desse fosso, fazendo de conta que não percebem o que se passa? 
  • Ou devem conseguir estabelecer confiança para que quem está mal exteriorize as suas angústias e, conversando, vá conseguindo perceber que precisa de ajuda para identificar e extirpar a raiz do problema?
Eu não sei, sou completamente leiga e, pior, é domínio em que a minha intuição falha, anda às cegas -- mas há quem saiba e, por isso, seria bom que o tabu fosse desaparecendo e que as pessoas perdessem o pudor ou o receio e procurassem ajuda. Tal como era bom que toda a gente soubesse ajudar quem precisa mesmo que quem precisa não seja capaz de pedir ajuda.

Não tenho como incluir aqui o vídeo de que acima falei senão deixando o link. O amargurado pai dirige-se em especial a outros médicos jovens que enfrentam a mesma sobrecarga de trabalho e o mesmo stress a que Lauren estava sujeita. Mas, vejam, cliquem aqui, o vídeo é, na verdade, para todos nós.

Verão um pai ainda não refeito mas muito contido, muito digno e, ao mesmo tempo, muito sofrido, muito tocante. Infelizmente não tenho como ter uma versão legendada. Mas Jonathan Phillips fala muito pausadamente, percebe-se bem o que diz. E retenho e trago para aqui o apelo final: que quem está a atravessar um mau período não tenha receio de embaraçar os outros, de magoar alguém, de incomodar. Peça ajuda. Fale. Seja a que horas for, seja a quem for.



E a todos desejo um dia feliz

8 comentários:

funambulando por aí disse...

Não sendo possível nem desejável abordar os casos expostos, pela sua especificidade e pelo respeito que o sofrimento das famílias suscita, tomo a liberdade de comentar o tema do sofrimento das gerações mais jovens a partir de outro ponto de vista:

- A "perplexidade" ou "surpresa" ou "desconhecimento" por parte das gerações mais velhas quando confrontadas com casos deste jaez.

Poderia escrever sobre o exemplo e a exigência educativa que deveriam ser responsabilidade maior dos mais velhos perante os jovens, ou sobre a imposição da ditadura do sucesso e da sua jocosa irmã, a animação 24/7. (E quem é que, nos dias que correm, não tem sucesso? E, dos que o não têm, quem tem coragem para o assumir?)

Mas não - prefiro salientar o autismo das gerações mais velhas, que se exprime no solipsismo de crer que vão deixar às gerações mais novas o melhor dos mundos, quando a realidade se apresenta deveras diferente.

Isabel Pires disse...

Muito pode ser dito em relação a este tema, mas para já deixo uma nota, paralela talvez para alguns, que também me ocorre pelo facto de ter lidado com pessoas com este problema.
É importante que quem está à volta (família, amigos, etc.) não se penalize pelo que julgam que deviam ter feito ou percebido. E esta questão do vestir a culpa também é válida para outros problemas, que é importante trilhar caminho para não entrar nesse novelo.

Lucília disse...

É muito difícil alguém mostrar as suas fraquezas num mundo criado para os sucessos.Houveram povos em que o ocio,as artes, a contemplação eram modos de vida considerados importantes.Evoluimos? Nâo me parece.Tudo errado!

Anónimo disse...

!/3
Suicídios sempre os houve e haverá mesmo nos animais não humanos. Hoje sabe-se que muitos gatos e cães quando correm para debaixo de um carro é isso que estão a fazer seja porque foram expulsos da matilha, inter pares ou humana.

Quanto ao funambulando também estou totalmente de acordo acrescentando à ditadura do sucesso e animação 24/7 essas outras pragas que dão pelo nome de empreendedorismo ou de que todos temos que ter casa própria e um bom carro e passar férias xpto. Os mais velhos, sem disso terem consciência, foram os veículos por excelência das novas fórmulas que o capitalismo desenvolveu para exploração do outro em que nenhum segmento da vida humana escapou. ´

´´´´´´´´´´´´``````````
Completamente de acordo; Isabel Pires, sobre a questão da auto-penalização pois não adianta encontramos dentro de nós, da família, a explicação. Não há. Ponto.`
Temos que perdoar e perdoarmo-nos.



O seu comentário fez-me lembrar um testemunho que li há alguns anos e fui à procura dele.

Deixo-o aqui como reforço da sua autora: procurem ajuda.
*
Há cerca de dois anos enchi uma banheira com água e fui despedir-me dos meus filhos. O meu marido só chegaria daí a duas horas por isso tinha tempo. Sabia tim tim por tim tim como seria. As lâminas há muito compradas, guardadas para a sua entrada triunfal. A porta fechada para que não fossem os meus filhos a encontrar-me. Só faltava assegurar-me que guardariam com eles a mensagem principal: que eu os amava e que não era culpa deles.
Sentei-os no sofá em frente à televisão e fi-los repetir duas vezes comigo: a mamã gosta muito de mim e aconteça o que acontecer não é culpa minha. O meu filho mais pequeno, então com dois anos, repetiu mecanicamente e continuou a ver os desenhos animados. Desejei ardentemente que não se lembrasse de mim quando crescesse. O meu filho mais velho, de quatro anos, começou a repetir e de repente parou e perguntou: Mamã, estiveste a cortar cebola?

Só me lembro de sair da sala cambaleante, desarmada por aquela ingenuidade imaculada e certeira, e de começar a hiperventilar. Depois não sei o que aconteceu. Duas horas mais tarde, quando o meu marido chegou a casa, os meninos informaram-no que a mamã estava a dormir no chão da cozinha.

Anónimo disse...

2/3
Seguiu-se um processo moroso e doloroso de recuperação, internamento, tratamento psicoterapêutico, tanto em Berlim, onde vivia, como em Lisboa, onde tinha a minha família. Contei com o apoio incondicional da minha família, do meu marido, e da minha psicoterapeuta que literalmente me salvou a vida. Não foi fácil. Recordo-me estar a sentir-me muito melhor, e no entanto cada vez que olhava para uma faca pensar inevitavelmente se a lâmina seria suficientemente afiada. Lavava a louça e pensava se seria mais eficaz os pulsos ou a garganta. E que não me podia esquecer de comprar aquele amolador, porque o mais desagradável de tudo é querer fazer um corte e a faca estar romba. Na altura comecei a pintar, e todos os meus quadros falam sobre isto.

Passado alguns meses, a nuvem onde eu estava dissipou-se, o torpor deu lugar a energia, a escuridão à clareza e passo a passo fui encontrando o meu caminho.

Deixei Berlim, regressei a Portugal e inscrevi-me num Doutoramento. Ganhei uma bolsa de estudo, tive e tenho um prazer imenso em frequentar as aulas, em escrever artigos, em investigar coisas que há muito me ocupavam a mente mas que sempre tivera de relegar para segundo plano. Organizei a minha vida por forma aos meus interesses serem o cerne das minhas tarefas diárias e as minhas motivações o motor esperado do meu trabalho. Fiz novos amigos e novos circuitos, criei uma série de Tertúlias em minha casa que me proporcionaram momentos deliciosos e uma nova rede de amizades. Saboreio os momentos com os meus filhos, emociono-me diariamente quando os vejo a brincar despreocupados. Passo os dias a investigar gentes de outros tempos e os meus próprios antepassados, descobrindo histórias e circuitos que diariamente me enternecem e emocionam. É como se do lado de lá me dessem força para continuar, e me sussurrassem baixinho que está tudo bem.

Aprendi duas grandes lições: a primeira, a da fragilidade. Estamos todos, não apenas eu, por um fio. Eu, que fui sempre louvada por brilhante aluna, profissional de mão cheia, extrovertida e comunicativa, que passei a minha vida a acumular prémios e distinções, que nunca teria acreditado se há dez anos me tivessem falado em depressão, num momento da minha vida perdi-me afinal como Dante numa selva escura. Consegui sair porque tive ajuda. Não me vou esquecer disso nunca.

A segunda lição, é paradoxalmente a da força. É bem verdade o que dizem, quando olhas para o abismo o abismo olha para ti. O abismo olhou-me nos olhos e até o fim dos meus dias sei que saberá onde eu estou. Mas também eu o olhei de frente – e venci. Sei hoje dos seus pontos fracos, conheço-o por dentro e por fora, meto-o no bolso e sei que não levará a melhor.

Anónimo disse...

3/3

Além disso, duas lições adicionais, não menos importantes: empatia e informação. A da empatia traduz-se em não julgar, nunca. Todas as pessoas que vemos, estão ou podem estar a passar por lutas das quais nós não sabemos rigorosamente nada. No auge da minha depressão, eu estava a fazer discursos em jantares com empresários em Berlim e a participar alegremente em provas de vinhos. Era uma pessoa querida e acarinhada na comunidade e em constante exposição. Uma noite em frente ao espelho peguei numa tesoura e comecei a cortar o cabelo furiosamente, lavada em lágrimas. Cortei o cabelo para não me cortar a mim própria. No dia seguinte, fiz um discurso num jantar inaugural de um networking que tinha criado em Berlim. Toda a gente elogiou o meu cabelo. Tenho fotos desse jantar, estou a falar muito direita, arranjada e elegante. Do que se passa dentro das pessoas, ninguém sabe. Sou incapaz de julgar alguém, e na dúvida ofereço sempre a empatia. Sabemos lá nós da cruz que cada um carrega.
Peçam AJUDA
Mas a lição maior de todas, a da informação, é a razão que me leva a escrever este texto (correndo o risco de desencadear com isto uma série de reacções de pena ou negativas de qualquer forma, mas que sinceramente me são hoje completamente indiferentes): A depressão é uma doença, que deve ser levada a sério. É uma doença que mata.
Não é uma tristeza. Não é uma mania de quem tem o estômago cheio e mais nada para fazer. Não é uma tentativa egocêntrica de chamar a atenção. É uma doença que tolhe o corpo, a vontade, o raciocínio, que nos faz pensar as coisas mais absurdas como se fossem evidências. Urge informar sobre a depressão, e levar esta doença a sério. Isso pode fazer toda a diferença.

Para ajudar uma pessoa com depressão, NÃO serve lembrá-la que tem imensa sorte e que há gente sofre muito mais (saber que há gente a morrer no mundo só faz ficar pior, do género “eu que não estou a morrer e no entanto sofro tanto à mesma, só posso ser uma pessoa má”). NÃO serve tentar animá-la com passeios e distracções (acabado o passeio, em casa à noite volta a apatia, o choro, a impossibilidade de comunicação; e nem todos os passeios do mundo os vão mandar embora).
Para ajudar uma pessoa com depressão SÓ SERVE convencê-la a procurar um psicoterapeuta. A ajuda especializada é a ÚNICA maneira de se lidar com uma depressão grave. Insisto na depressão grave, que é bem diferente de se estar muito triste, mesmo muito muito muito triste (essa tristeza sim, é a que passa com passeios; nunca a depressão).

Se houver alguém com depressão que me esteja a ler: saiba que é possível sair. Procurem ajuda. Não se deixem intimidar pelo discurso de que só vai ao psicoterapeuta quem é maluquinho. Quando nos dói um dente vamos ao dentista, quando por uma série de razões os pensamentos se emaranham temos de ir ao médico também. Ter ou ter tido uma depressão não é, não deveria ser, um estigma. É por isso que dou a cara e escrevo estas linhas.

Quase dois anos depois, posso dizer que estou feliz. Melhor: que sou uma pessoa feliz. Faço o que gosto, amo a minha família, sinto-me no auge das minhas (parcas) capacidades intelectuais e tenho mil projectos para fazer. Da depressão que tive, ficou-me o muito que aprendi. Graças a ela, conheço-me muito melhor e agora a minha fragilidade caminha lado a lado com a minha força.
De mãos dadas.

Ines Thomas Almeida

Como curiosidade convido-vos a irem vê-la e ouvi-la

No dia 14 de Novembro, pelas 16:30h, terei o prazer de proferir uma palestra no ENIM - 9º Encontro Nacional de Investigação em Música, promovido pela SPIM, Sociedade Portuguesa de Investigação em Música,

“Quem quiser saber em que é que eu passo os meus dias e noites (a tal parte que não está entupida pelos miúdos), guarde um tempinho em Novembro e venha à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Quando virem uma fulana entusiasmadíssima a falar do século XVIII como se fosse a notícia do dia, sou eu!


Um abraço, ujm
GG

Anónimo disse...

!/2
Tive que voltar, ujm
pois entretanto deparei-me com mais este testemunho que reputo de muito importante pois há no tratamento de depressão um grande equivoco: a de que ela só se cura através da medicação por ser uma disfunção dos neurotransmissores. O psiquiatra que disse isto a Bárbara Baldaia, do Canal 11 só pode ser um grande Homem.
Não estou a excluir, obviamente, a importância da medicação em detrimento de uma psicoterapia assim como o inverso também é verdadeiro. Podem ser concomitantes e até para arranca de uma psicoterapia pode ser a alavanca para o paciente começar a conseguir relaxar e comunicar. O grande problema nas depressões, na verdadeira depressão, é as pessoas andarem anos e anos só com os quimicos sem qualquer melhoria levando a que achem que é uma fatalidade com que têm de viver sendo um peso para elas próprias e para os outros. E sim, há muitas pessoas que vivem agarradas e depois como qualquer toxicodependente acabma por manipular tudo e todos à sua volta. Grande psiquiatra. Vou tentar saber quem é.



Anónimo disse...

2/2
Numa dada altura da minha vida, um psiquiatra diagnosticou-me uma depressão e sugeriu-me recorrer a um psicólogo para me tratar. Na conversa que teve comigo, aconselhou-me a olhar para o meu problema de forma a evitar o desenvolvimento de neuroses.
Assustei-me com os termos da esfera das doenças mentais usados para se referir a mim. Afinal, também eu era (sou) uma doente mental. Afinal, também eu estava a confrontar-me com o estigma associado às doenças mentais.
Foi assim que comecei uma psicoterapia que durou sensivelmente dois anos e na qual aprendi imenso. Sobretudo sobre mim, mas também sobre os outros.

Uma das coisas mais importantes que observei na terapeuta que me acompanhou foi o facto dela passar a consulta mais a escutar do que a falar. Raras vezes aconselhou. Centrou-se essencialmente em conduzir pensamentos e encaminhar-me para conclusões.
Aprendi assim que, também na vida, podia ouvir menos e escutar mais, interromper menos e esperar mais, ajuizar menos e sentir mais.
Estendi ao meu trabalho essas lições que foram (são) úteis.

Estive para escrever isto no dia 10 de outubro, dia da Saúde Mental, mas falhou-me o tempo, passou a oportunidade.
Entretanto, ontem vi o Joker, que nos inquieta e perturba pela forma como traz a doença mental ao écrã, como nos faz torcer os dedos e mexer as pernas incomodadas na cadeira do cinema.
Ando desde ontem à tarde com uma frase do filme a bailar-me na cabeça, que serve tanto para mim (doente mental com distúrbio de stress e ansiedade) como para um doente mental que sofra de esquizofrenia ou bipolaridade ou transtorno psicótico:

"A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que te comportes como se não a tivesses".

:)