sábado, setembro 07, 2019

Que não se pense que é fácil porque não é
~~ e a prova está à vista




De regresso e já a casa quase virada do avesso com tropazinha miúda de pernoita. 

Preparámos as camas no lugar delas, o lugar do costume, mas, vá lá saber-se porquê, hoje não quiseram ficar ali. E, se um não quer, o outro também não, e, depois, o sono já é muito e a rabujice também e, portanto, nestas coisas é preciso a gente perceber que se não os podemos vencer o melhor mesmo é juntarmo-nos a eles e, vai daí, tudo alterado e o acampamento mudado de sítio. Uma festa, a quererem ajudar, o bebé o mais activo. Vamos ver como corre a coisa. 


O que vejo é que crescem a olhos vistos, qualquer dia já não cabem nas camas. Depois quiseram que contasse uma história. Invento, claro, mas, a cada passo, intervêm, questionam, fazem observações, apanham-me em contradições. Por vezes desato a rir, outras fico sem resposta.

Mas, enfim, estão a dormir, lindos.



De novo, percebo que deve ter havido outro debate, não sei se hoje, se ontem ou se em ambos os dias. Continuo por fora. Agora passei pelo Expresso da Meia-Noite e uns quantos comentadores respondem a perguntas do Mano Costa e do amigo Ferrão e nada do que dizem me interessa. Conversas ditas, reditas, deglutidas, regurgitadas, reprocessadas, recicladas. Nada de nada de novo. E é o que se sabe: todos concluem que não existe nada à direita do PS, zero, o PSD e o CDS estão a ir pelo ralo, não têm nada para oferecer, nem já sabem o que são. So what? Ok, isso já sabemos.

Ninguém tem uma ideia nova para se discutir? Uma visão inesperada? Uma seca. Um déjà-vu pegado.

E isto por cá.


Lá fora foi o ex-rottweiler Schäuble que descobriu a pólvora. Infelizmente tarde demais, depois de muitos estragos feitos. Diz o estúpido: Deregulating Financial Markets Was 'Stupidity,' e eu volto a pensar que sobre gente que comete reiteradamente erros crassos e que depois vêm de fininho, como se nada fosse com eles, reconhecer que o que fizeram foi uma estupidez, só se pode concluir que é gente estúpida. E pessoas que, contra todas as evidências, apoiaram toda a porcaria que os estúpidos fizeram, são outras que tais, umas estúpidas. Ou seja, sendo que toda a política de Passos Coelho (e Portas!) -- ou seja, do PSD e CDS, as so-called direitas reunidas & encostadas -- foi seguidismo puro e duro da estúpida linha Schäuble, então o que dizer dos estúpidos que a aplicaram e dos estúpidos que bateram palminhas?
São os que andam agora, às rodas à volta do rabo, a ver onde se acoitar? E a equacionar se devem manter-se junto a Rio ou a Cristas ou se, pelo contrário, devem assobiar para o lado e, empolgadamente, ir apoiar o BE? Não sei, apenas pergunto.

Coisas tristes de tão parvas. A natureza humana tem o seu lado mau, imprestável.

E o que posso dizer é que de tudo o que vejo, no meu olhar a vol d'oiseau, a única coisa que me desperta atenção é o que se relaciona com as palhaçadas dos maiores palhaços da actualidade. Quando se diz que a ficção, por vezes, ultrapassa a realidade nunca se pensa que a ultrapassagem pode ser tão aparatosa.  Um Boris a fazer discursos que não passam de meras patacoadas, sem eira nem beira, ou com tiradas parvas, um Trump a alterar mapas para justificar tweets parvos, Bolsonaro com comportamentos abaixo de anta -- tudo abaixo de mau, tudo inqualificável.


E eu, talvez por andar com a cabeça de férias, não me apetece perder tempo com coisas dessas. Por isso, que me desculpem os que aqui vêm à procura de temáticas bem afiambradas porque, por estas bandas, agora, tudo o que é política me parece fruta do chão, nada de primeira água (nem de segunda, nem de terceira, nem de...). Portanto, se me permitem, dou meia volta e regresso às tépidas águas algarvias.

O tema hoje é mesmo paddle. Há quem passe sobre as águas, na maior limpeza. Direitinhos, passando sobre as ondas, aí vão eles, sem pestanejar. Parece coisa de nada, Coisa simples. Coisa que qualquer um se monta nela e upa-lá-lá, é só cavalgá-la -- mesmo de pé, na maior bravura, enfrentando corrida, ventania a vergastar a garupa do animal, seja o que for. 


Mas não é fácil, não. Não mesmo.

O jovem e garboso cavaleiro que aqui mostro a fazer a sua primeira tentativa é bem a prova de que montar o animal requer mais do que perícia, requer prática, muita prática.
Claro que, se ele vier, um dia, a ver-se aqui espero bem que ache graça -- mas, se não achar, é só dizer-me que eu, logo, logo, retiro as imagens. Contudo, como habitualmente, escolhi fotografias em que não dá para identificar o interveniente. Na volta é o o Clive Owen.


E, já agora, reparem bem na dificuldade acrescida: enquanto o valente tentava dominar a besta, as duas mulheres, a dele e a do amigo-instrutor, divertidamente gozavam o pratinho. Não se faz. Era muita pressão.


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E, por ora, só isto. Daqui a nada os meus galinhos e pintainhos estão a pé, como sempre cheios de fomeca. Portanto, hoje nem comento comentários nem me alongo mais.

Um belo sábado a todos. Saúde, alegria, sorte e trocos para os gastos -- pelo menos isso. 

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