domingo, julho 22, 2018

A crise da meia-idade.
[É verdade que, a partir dos 50, é sempre a descer?]




Há, sobre tão interessante tema,  muitas complexas teorias, umas assentes nessa inesgotável fonte de sabedoria que é o Facebook e outras que têm um substracto mais sustentado como revistas de cientistas ou crónicas literárias.

Eu nem umas nem outras porque prefiro caminhar pelos meus pés e andar por entre florestas de bambus ou salas de espelhos (ao quarto negro nunca fui, obrigada -- 🙈🙉🙊).

Portanto, ouço daqui, espreito acolá, atiro palpites ao vento ou mergulho as mãos no barro de onde saem as grandes descobrimentas e, no fim, sai teoria que os mais puristas correm a classificar, taxinomizar e arquivar para a posteridade, emoldurando-as como grandes momentos da história alheia.


Isto para dizer que tendo eu, upa, upa, já passado os cinquenta -- coisa que ainda me custa a acreditar, confesso --, posso falar por experiência própria.

Crises dos entas, crises da meia idade, crises da menopausa, crises de ciúmes ou de ciática -- são tudo temas relevantes e na ordem do dia. Infelizmente, posso falar de muita coisa mas de qualquer uma dessas crises não. Não me assistem. Nunca me assistiram. Com sorte, nunca me assistirão.

Para falar da ansiedade ou dos temores de passar a mítica barreira dos 50 terei que me socorrer do saber de quem os conhece ou de quem já investigou sobre o tema o que, pensando bem, vai dar no mesmo já que investigar sobre um tema ansioso deve contagiar à brava quem nele mexe. Portanto, se me permitem, usarei luvas e pinças para falar no assunto a ver se não acabo agarrada a uma caixa de ansiolíticos.


E também não vai poder ser agora porque não dá. Não mesmo. Se desse já sabem como sou: ia nem que fosse sempre a abrir, sem saber sequer sobre o que estava a escrever. Mas não dá. Acreditem. Estou a dormir e a dormir não consigo elaborar sobre temáticas complexizantes ou paranormais.

Este domingo, entre afazeres, lazeres e outros prazeres tentarei resumir, em linguagem de leiga e, quiçá, usando a universalidade do esperanto, o que se afigura aos inteligentes sobre a crise da meia idade. Agora não, que estou sem cabeça para coisas tão latejantes, rastejantes, arquejantes, bacantes ou implantes. Zero. Bolinha.

E aos cépticos que estão a achar que estou, uma vez mais, a armar-me ao pingarelho, tentando iludir os Leitores já que acham que esperanto é que não sei de certezinha absoluta, despeço-me assim:

Kiu estas mezaĝa estas malfeliĉa? 
Ĉu ĉio estas nur mirinda urba mito? 
Ĉu vi vetas, kiel mi faros poŝton pri parolado pri lertaĵo kiel ĉi tio?


[E não vale a pena irem ao tradutor da Google que sai tudo estropiado]


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A fruta é de Dennis Wojtkiewicz pelo que façam o favor de não a comer. 
Obrigada.

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E, então, até daqui a nada.
Até lá, em querendo, poderão descer até ao post seguinte e presenciar a minha confissão:

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