E já cá estamos. Eu aqui e você, Caro Leitor ou Cara Leitora, aí desse lado. Juntos. Em 2018, um ano que começa e que eu desejo que comece e continue e termine em beleza.
O tempo vai, o tempo vem.
No outro dia escrevi isso num comentário a um texto que muito me impressionou e o João L. lembrou-me que, para alguns, por vezes é tarde demais para recomeçar. Talvez. Aliás, sei que sim. Mas neste infinito devir, a vida acontece mesmo quando alguns não conseguem acompanhar o tempo que passa. Outros o farão. Alguém agarrará o testemunho e seguirá em frente. E isso é bom na mesma.
Já o contei. Há aquilo de que verdadeira sabedoria é plantar uma árvore sabendo que jamais nos sentaremos à sua sombra. Todas as árvores que plantei, plantei supondo isso. Hoje estão frondosas, imensas, cheias de pássaros, plenas de vida.
Deixar o legado. Pode ser uma árvore, pode ser apenas a sua sombra. Ou apenas a sua memória.
E continuarmos, seguirmos em frente, sempre. E haja alegria na jogada. E haja esperança. E despojamento: se não for para nós, que outros o aproveitem. Generosidade.
Recebi o Ano Novo em festa. Música, brindes, beijos, fogo de artifício. Estas fotografias foram feitas há pouco. Quero sempre recebê-lo assim para que ele se dê bem comigo e com os que me são queridos.
Desta vez tomei uma resolução: até este ano, quando soavam as 12 badaladas que precediam a meia-noite, todos nos atirávamos aos bagos de uva. E era sempre um problema: sendo enormes os bagos, não conseguíamos degluti-los ao ritmo de 1 bago por segundo. Chegava a meia-noite e estava tudo de boca cheia num esforço para não nos babarmos. Este ano foi diferente: em vez de bagos frescos, usámos passas. Uvas velhas para nos despedirmos do ano velho. Foi limpinho. Doze passas, depois o brinde à meia-noite, desejos, beijinhos, etc. A seguir, para brindar ao ano novo, comemos então tranquilamente os doze bagos de uva fresca. Assim sim.
Penso que o ano tem tudo para ser um bom ano. Estejamos nós disponíveis para detectar oportunidades, para acolhermos os imprevistos que tantas vezes encobrem boas surpresas, saibamos dar sempre o melhor de nós, saibamos aceitar as diferenças, saibamos descobrir o que de melhor nós e os outros temos para dar. Saibamos ouvir e respeitar o nosso corpo. Tratemo-lo bem. E tratemos bem quem nos quer bem.
E tudo, tudo de bom. Que 2018 seja para vocês, queridos Leitores, queridas Leitoras, um ano muito bom. E para mim e para os meus também. Saúde e felicidade para todos.
Enquanto eu puder estarei aqui. E muito feliz me sentiria se pudesse contar convosco também aí desse lado. Juntos. Por todos os motivos, seria um bom sinal. Juntos. Inteiros. Felizes da vida.
Enquanto eu puder estarei aqui. E muito feliz me sentiria se pudesse contar convosco também aí desse lado. Juntos. Por todos os motivos, seria um bom sinal. Juntos. Inteiros. Felizes da vida.
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E agora deixem que comece o ano com poesia portuguesa dita por quem a sabe dizer com a sobriedade que é devida às belas palavras
Luís Miguel Cintra diz poesia portuguesa
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Um bom 2018 para todos!
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