segunda-feira, janeiro 01, 2018

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E já cá estamos. Eu aqui e você, Caro Leitor ou Cara Leitora, aí desse lado. Juntos. Em 2018, um ano que começa e que eu desejo que comece e continue e termine em beleza. 

O tempo vai, o tempo vem. 

No outro dia escrevi isso num comentário a um texto que muito me impressionou e o João L. lembrou-me que, para alguns, por vezes é tarde demais para recomeçar. Talvez. Aliás, sei que sim. Mas neste infinito devir, a vida acontece mesmo quando alguns não conseguem acompanhar o tempo que passa. Outros o farão. Alguém agarrará o testemunho e seguirá em frente. E isso é bom na mesma. 

Já o contei. Há aquilo de que verdadeira sabedoria é plantar uma árvore sabendo que jamais nos sentaremos à sua sombra. Todas as árvores que plantei, plantei supondo isso. Hoje estão frondosas, imensas, cheias de pássaros, plenas de vida. 

Deixar o legado. Pode ser uma árvore, pode ser apenas a sua sombra. Ou apenas a sua memória.

E continuarmos, seguirmos em frente, sempre. E haja alegria na jogada. E haja esperança. E despojamento: se não for para nós, que outros o aproveitem. Generosidade. 


Recebi o Ano Novo em festa. Música, brindes, beijos, fogo de artifício. Estas fotografias foram feitas há pouco. Quero sempre recebê-lo assim para que ele se dê bem comigo e com os que me são queridos.
Desta vez tomei uma resolução: até este ano, quando soavam as 12 badaladas que precediam a meia-noite, todos nos atirávamos aos bagos de uva. E era sempre um problema: sendo enormes os bagos, não conseguíamos degluti-los ao ritmo de 1 bago por segundo. Chegava a meia-noite e estava tudo de boca cheia num esforço para não nos babarmos. Este ano foi diferente: em vez de bagos frescos, usámos passas. Uvas velhas para nos despedirmos do ano velho. Foi limpinho. Doze passas, depois o brinde à meia-noite, desejos, beijinhos, etc. A seguir, para brindar ao ano novo, comemos então tranquilamente os doze bagos de uva fresca. Assim sim. 
Penso que o ano tem tudo para ser um bom ano. Estejamos nós disponíveis para detectar oportunidades, para acolhermos os imprevistos que tantas vezes encobrem boas surpresas, saibamos dar sempre o melhor de nós, saibamos aceitar as diferenças, saibamos descobrir o que de melhor nós e os outros temos para dar. Saibamos ouvir e respeitar o nosso corpo. Tratemo-lo bem. E tratemos bem quem nos quer bem.


E tudo, tudo de bom. Que 2018 seja para vocês, queridos Leitores, queridas Leitoras, um ano muito bom. E para mim e para os meus também. Saúde e felicidade para todos.

Enquanto eu puder estarei aqui. E muito feliz me sentiria se pudesse contar convosco também aí desse lado. Juntos. Por todos os motivos, seria um bom sinal. Juntos. Inteiros. Felizes da vida.

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E agora deixem que comece o ano com poesia portuguesa dita por quem a sabe dizer com a sobriedade que é devida às belas palavras

Luís Miguel Cintra diz poesia portuguesa


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Um bom 2018 para todos!

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