O tema do poema
é este meu falar de sexo;
mundo tão simples e tão complexo.
Basta-me dizer somente:
teu e meu
se entranhando na lava de um vulcão fremente,
rutilante clarão iluminando o breu.
E sendo apenas um fiosinho de nascente,
num inacessível lugar da nossa mente,
se faz rio de límpidas águas indomáveis,
de força libertária consciente,
cumplice na cumplicidade dos gestos insondáveis,
trazendo, no sangue alvoraçado, potros insandecidos
submergindo todos os sentidos.
Leva nas mãos de ânsia,
buscando os limites da loucura,
a íntima substância
de um imenso dar em jeito de ternura.
Talvez, a anos-luz, também haja a doçura de um receber
no dicionário do nosso dizer,
mas o certo nele é o obsceno usar estar banido
como coisa sem sentido.
O êxtase acontece
quando encontro o sinal feliz que amanhece
na imensidão do teu olhar
e te vejo, deslumbrante, chegar
com a incandescente flor presa em teus dedos
para nos acompanhar
no mais secreto dos segredos.
[Poema da auoria do Leitor LS a propósito do meu post de ontem: Quando uma mulher ama um homem]
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[Poema da auoria do Leitor LS a propósito do meu post de ontem: Quando uma mulher ama um homem]
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