terça-feira, dezembro 26, 2017

Algumas das minhas decorações de Natal
[E o making of das tiropitas e o galo do campo acabado de sair do forno]





Isto de estar aqui agora a mostrar decorações de Natal no fim do dia de Natal até me faz lembrar quando sei das coisas só quando já se passaram.
Dia da Poesia com malta a declamar pelos cantos -- olha que giro que deve ser, mas, azarinho, já foi. 
Dia da Música, concertos eveywhere, que bom -- olha que pena, já foi.
Assim eu agora: árvores de natal todas pisca-pisca -- olha, já está quase na altura de serem retiradas.
Mas no outro dia disse que quando calhasse haveria de vos mostrar as minhas christmas trees todas prêt-a-porter e sentir-me-ia mal se saísse da época sem cumprir. Aqui estão elas. Simplezinhas como vos disse:

  • aquela encarnada pequenina lá de cima onde se colocaram umas luzinhas pisca-pisca à volta e uma estrela em cima;
  • uma estrutura branca e dourada onde pendurámos umas bolinhas encarnadas e na qual o meu marido hoje também pendurou as bolas de luz que eu tinha posto sobre o aparador (e que hoje teve que ser limpo de tralha para nele se pôr a comida), mais uma estrela em cima;

  • ou uma que tem luzinhas nas pontas e que acho tão linda que uso todo o ano como candeeiro. Na volta é mesmo um candeeiro e eu é que penso que é árvore de natal.


E depois há um pai-natal trepador que sobe por uma coisa com luzinhas (quando fotografei estavam desligadas) e que tem música. Ou a rena aveludada e toda colorida que está no espelho junto da entrada da casa para dar as boas-vindas. 

E no sítio onde almoçámos há uma cortininha de luzinhas todas pisca-pisca. Esqueci-me de fotografar isso mas dão também um look festivo e alegre, embora discreto.

A verdade é que o ambiente fica natalício e os miúdos começam logo a rir quando entram em casa e vêem tanta luzinha, musiquinha e tanta cor.


E, agora, a pedido de várias famílias que me têm pedido que explique como é que faço as tiropitas, aqui está a reportagem. É facílimo e faço-as com os mais diferentes ingredientes. Para a ceia da véspera tinha feito umas com farinheira e outras com alheira. Para o almoço de hoje (e é sempre para entrada), fiz com ricota (1 embalagem dá para 4 tiropitas) -- a ricota é obrigatória em todas as que faço --  salmão, cebolinho, maçã (1/4 de maçã, às fatias finas para cada tiropita) .


Começo por cortar o círculo de massa ao meio. De cada metade, faço uma tiropita, conforme se vê. Depois enrolo. Aliás, ao lado, já se vêem duas enroladas.

Depois ponho um pouco de azeite no papel vegetal e rebolo-as por lá. A seguir, na parte de cima, ponho um pouco de mel e polvilho com sementes (usei sésamo mas poderiam ser outras)


Ponho assim, com o papel, sobre a grelha do forno que é previamente aquecido. Ponho calor por baixo e por cima, e depois de lá pôr as tiropitas, baixo para 160º. Ficam para aí uma meia hora, não sei bem, é até estarem estaladiças e louras. Estão meias desengonçadas mas não faz mal pois, quando sirvo, corto-as às fatias. Ficam melhor quentinhas mas comem-se bem também frias.

Também fiz bacalhau com todos (couve portuguesa, feijão verde, cenoura, batata normal, batata doce, ovos) mas isso não tem história. Desta vez já lavei a couve portuguesa na banheira para não ficar com o chão da cozinha todo molhado. Levo um alguidar e seguro cada folha enquanto lhe dou uma bela chuveirada.

E mostro-vos o galo acabado de sair do forno para vir repousar durante uma hora. Antes de servir voltou a entrar no forno depois de regado com um fo de azeite e sumo de limão.


O que se vê por cima dele é alecrim, alho e louro. Asso-o em cima da grelha com um tabuleiro com um pouco de água para que não haja fumos nem cheiros com a gordura que cai do galo.

Acompanhei com papillotes de puré a la UJM. Num tacho com pouca água, cozi batata normal e batata doce e meia farinheira. Depois das batatas cozidas esmaguei-as com a farinheira e com um fio de azeite e coloquei porções individuais em papel de alumínio que levei ao forno.

O meu marido achou por bem que houvesse também arroz branco não fosse alguém não simpatizar com a esmagada papillotée.

Com o resto do recheio fiz um rolo que embrulhei em papel de alumínio e que levei também ao forno, servindo identicamente como acompanhamento. Como cozi os segumes separadamente, tanto serviram para o bacalhau como para o galo, para quem quis legumes no prato.

O vinho tinto foi alentejano e muito bom, um monocasta especial, oferta do produtor.

Para sobremesa tive um porquinho doce feito com amêndoa, gila, doce de ovo e chocolate e o resto de um delicioso arroz-doce feito pela mãe da minha nora, ambos vindos de casa do meu filho. Comprei um bolo de chocolate de tipo brigadeiro na Padaria Portuguesa e comprei-o contrariada. Sabia que não era isto de que eles gostavam mas o meu marido teimou que eles se pelavam. Queria ter trazido uma tarte de chocolate ou outra mas ele que não, que não, que eu estava a fazer confusão. Pronto. Viu-se quem é que estava a fazer confusão. Não acharam graça nenhuma ao bolo, que era maçaroco, que era doce demais.

Também tinha fruta mas não lhes assistiu, os miúdos já não se aguentavam sentados à mesa e os grandes já estavam cheios demais.

E foi assim.

E, de resto, foi a brincadeira do costume com os foliões de sempre e com o bebé já enturmado.








Faz um ano o bebé ainda estava escondido. Tenho fotografias da mãe, pelo Natal, toda balãozuda e com umas hastes de rena na cabeça em animada conversação com a cunhada que, por sua vez, estava com flores nos cabelos. Agora já cá está sorridente, um menino lindo, o quinto pimentinha, fazendo adeus ou dando 'passou-bens', todo feliz da vida.

Para o ano há mais.  (Mais Natal, quero eu dizer.)


Entretanto, à laia de despedida da época natalícia, um vídeo giríssimo que um Leitor, a quem agradeço, me enviou.


Até já.

Ho Ho Ho

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