segunda-feira, outubro 09, 2017

O Verão no Outono a sul sabe a mar, a sal, a sol e a azul.


Outubro apenas enrubesce ao cair da tarde. As suas cores, agora que o verão tomou conta dele, tingem-se de azul. O azul do céu, o azul do mar.

De vez em quando as águas aquietam-se mas, logo, logo, se levantam. As marés estão vivas, as ondas altaneiras. A luz vibrante da tarde e a leve neblina que se solta da batida das ondas, embranquecem o casario. 

Está-se bem. Cheira a calor, a corpos ao sol, a tempo nosso. 

Não parece Outono. Apetece o calor na pele, o vagar. Muita gente. Contudo, uma gente mais serena, sem pressas. Passeiam junto à rebentação, lêem, olham os veleiros que atravessam o horizonte.

E eu, que pratico people watching, deixo-me ficar a observar quem passa, quem está, quem se aventura. Vejo beleza em tudo: nos velhos que se amparam, nos novos a quem o corpo nunca desiludiu, mas jovens desafiadoras, nas mulheres que, tal como eu, perseguem os instantes, nos caminhantes solitários, na alegria de quem atravessa as ondas. Há momentos, há lugares em que a felicidade parece ter vindo para ficar. Mesmo sabendo-a efémera e frágil, apetece olhá-la de frente, guardá-la dentro de nós.

















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E depois, à noite, esta lua que alguém pôs no céu para que o meu olhar nela repouse, feliz, sonhando com o admirável infinito que nos une.


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E queiram, meus Caros Leitores, continuar a descer pois há para todos os gostos: desde gaivotas observadoras a bois no jardim, passando por um Rio de manga curta e gravata, ele há de tudo.

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