segunda-feira, junho 26, 2017

Estender uma mão para o futuro, procurar o infinito


Salvo raras excepções em que fica uma obra, na melhor das hipóteses o que de nós fica será sempre o pequeno momento, a simplicidade do instante em que alguém sentiu a diferença, a tangência harmoniosa de uma melodia, o breve fulgor de um sorriso, o toque que aconteceu ou que se desejou, a palavra que um dia dissemos ou escrevemos e que se alojou no coração de quem a soube guardar. Ou, então, o que, ao acontecer, não foi compreendido mas que, por milagre, sobreviveu e a que, no futuro, alguém virá a achar que essa coisa transporta o laço intemporal, a graça etérea, a genuína raiz que da terra se liberta.

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Jem Finer e a sua sinfonia para mil anos


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Deejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana semana a começar já por esta segunda-feira.

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