No post abaixo já mostrei algumas das muitas razões pelas quais as mulheres, em média, vivem até mais tarde que os homens. O enunciado dessas razões não obedece a critérios científicos, dirão alguns dos mais cépticos. Ora, pormenores - responderei eu. Basta ver as imagens para perceber que são razões do mais plausível que há. De qualquer forma, uma recomendação: os que duvidam, por favor que não lhes passe pela cabeça fazer o que ali se mostra só para provar que não tenho razão. Combinado? Não quero que provem nada, ok? Portanto, mesmo que não concordem, por favor deixem-se estar quietinhos, ok?
Bem. Isso é a seguir. Adiante. Aqui, agora, a conversa é outra.
Bem. Isso é a seguir. Adiante. Aqui, agora, a conversa é outra.
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Tarde tranquila, a família praticamente toda reunida, desde a bisavó aos quatro bisnetos. Destino: um programa completo na Gulbenkian. O tempo estava estranho, quase a chover, o céu escuro, a temperatura inquieta mas, quando o grupo se junta, não há nuvem pesada pairando sobre nós que apague a animação espontânea que logo se desenha.
A recta final levar-nos-á ao self para que a trupe se banqueteie com um opíparo lanche. Ocuparemos o corredor inteiro junto ao comprido balcão, cada um dos pimentinhas a escolher alto e bom som o que quer, o senhor que conhece os pais dos pimentinhas desde que tinham a idade que têm agora os filhos, sorrindo, depois, de tabuleiros nas mãos, escolheremos as mesas ao fundo, encostadas para que fique uma única, comprida - somos muitos. Há coisas que não mudam e que são a garantia de que o mundo tem laivos de perfeição. A Gulbenkian é uma delas - os edifícios, as exposições, os jardins, o self e as pessoas que lá trabalham: sempre a mesma acolhedora simpatia, sempre a mesma qualidade, ano após ano.
Mas, antes do lanche, os jardins, os recantos, os bancos abrigados. E conversamos de tudo e de nada enquanto os três rapazinhos brincam com os patos. Os dois manos rapazes fazem tropelias e o tio, que gosta de lhes dar a volta à cabeça, diz-lhes que ali se vendem patos, dois euros e meio cada, que convençam a mãe a comprar-lhes um, que podem usar uma das banheiras para o pato. E o mais pequeno quase começa a acreditar que talvez se vendam patos mas que acha que o pato não poderá ocupar uma banheira. O tio e a tia sugerem o bidé, Que convençam a mãe. A mãe responde que ele peça ao tio já que o tio é também padrinho. E o tio responde logo, 'Não posso porque dá azar oferecer patos aos afilhados' e, segundos depois, acrescenta 'fora da Páscoa'. Pronto. Ninguém comprou, portanto, nenhum pato.
Enquanto isso, a bonequinha mais linda esteve entretida a colorir um livro de desenhos com lápis e canetas que trouxe num estojo - e o facto de já ter um estojo fá-la sentir crescida, deveras a caminho da pré-primária.
Mas, se concordarem, vamos com música: não é sobre um lago com patinhos mas faz de conta.
Mas tarde na Gulbenkian que é tarde na Gulbenkian não passa sem um quinhão de arte. E, assim sendo, antes dos jardins, tivemos a exposição Olhos nos Olhos
Olhos nos Olhos
O Retrato na Coleção do CAM
De 22 jul a 19 out 2015 | Das 10:00 às 18:00 | Encerra às terças
Galeria Exposições temporárias do Edifício Sede
Curadoria: Isabel Carlos
O bilhete custa 3€ e ao domingo a entrada é gratuita
Esta exposição dá testemunho de um dos géneros mais explorados na história da arte, o retrato. Estarão expostas algumas das mais notáveis obras da coleção do CAM de artistas como Amadeo de Souza-Cardoso, António Dacosta, Arpad Szenes, Eduardo Viana, Gilbert & George, Jane & Louise Wilson, John Coplans, Jorge Molder, José de Almada Negreiros, Pedro Cabrita Reis e Sarah Affonso, entre muitos outros, produzidas ao longo do século XX e XXI.
Mostro algumas das fotografias que lá fiz. Não estão grande coisa: não apenas não é fácil andar a visitar uma exposição em grupo, especialmente com crianças, como não sabia se era possível fazer fotografias pelo que foram todas tiradas à pressão, sem cuidado com enquadramentos ou atenção aos pormenores.
Ok, confesso: nesta houve intenção no enquadramento e aos pormenores (o Papa e, ao fundo, algo que, como se vê, despertava curiosidade nos visitantes) |
Almada Negreiros e Sarah Afonso, marido e mulher |
Pessoa por Almada, Pessoas por Costa Pinheiro |
Não registei o autor. Quem é? Alguém me sabe dizer quem é? |
Maria Helena Vieira da Silva pelo marido, Arpad Szenes |
Lourdes Castro |
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A música é de Saint-Saëns: Aquarium
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E acho que ainda não é hoje que vos mostro como estão doces as amoras, os figos e as pêras in heaven. A ver se amanhã arranjo tempo para fazer tudo o que quero.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana.
A todos desejo o que desejo para mim e para os que me são mais queridos: saúde, sorte, que tudo corra bem, que a esperança e a alegria ganhem espaço, que o futuro seja feliz, tranquilo.
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