Como é possível que a ministra da saúde continue no lugar?
Após tudo o que se tem passado na saúde, e continua a passar!, as tragédias de sexta feira e de sábado são chocantes. E hoje também se soube que uma grávida teve um bebé no próprio carro, depois de ter estado na maternidade e ter sido mandada para casa.
É preciso ser absolutamente indigna, não ter o mínimo de decência, ser cretina, cínica, irresponsável e completamente desprovida de empatia e de compreensão pelo que é a coisa pública para a ministra da saúde não se demitir.
Já aqui escrevi várias vezes que terão que estar a suportar a ministra poderosos interesses que nada têm a ver com os interesses dos portugueses, para que, na situação de caos e de calamidade em que o SNS se encontra, o Montenegro mantenha a ministra. São, provavelmente, os interesses dos laranjas que foram nomeados para os diversos cargos, dos grupos privados que querem uma fatia maior da prestação dos serviços da saúde, não esquecendo os médicos que recebem o salário e o complementam regiamente como tarefeiros.
A ministra "dirige" a saúde há dezoito meses e tudo piorou. A ministra tem que sair, e isso deveria ser condição sine qua non para a oposição negociar um pacto para a saúde. Esta ministra não serve!
Espero que, quando tiverem que votar, os portugueses não se esqueçam que o Montenegro prometeu que resolvia o problema da saúde primeiro em sessenta dias e depois em seis meses e que, no entanto, ao fim de ano e meio, a situação é muitíssimo pior do que a situação que tanto criticou quando era oposição.
Apesar de todas as evidências, e são muitas e algumas bem dramáticas, o Montenegro manteve uma ministra que não tem o mínimo de competência para o cargo sendo, obviamente, responsável pelo estado a que chegou o SNS.
Prometer é fácil - fazer é que é tramado.
Muitos portugueses estão anestesiados pelas redes sociais e o discernimento não é o melhor. Contudo, esperemos que não se esqueçam que, numa área tão crítica como é a saúde -- e tão penalizadora para todos nós quando funciona mal -- o governo revelou uma total inoperância.
Fora com a ministra da saúde, já!
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Nota minha
* É certo que «desgraçada» = mal sucedida, que tem má sorte, etc., mas, ainda assim, eu não usaria esta expressão. Mas o texto é do meu marido e ele, nestas matérias, é menos meigo que eu.
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