Estou a escrever o post sem saber quais são os resultados finais das autárquicas. A esta hora parece podermos concluir que não houve a hecatombe eleitoral do PS que tantos previam e desejavam e que a almejada e sonhada conquista pelo Chega de câmaras com muita importância populacional também não vai acontecer. Mas uma coisa é certa: o João Ferreira fez mais uma vez o papel de idiota útil. Tenho para mim que este tipo é inteligente e que conhece os assuntos -- como provou nos debates sobre Lisboa em que foi quem se saiu melhor. No entanto, presta-se a este papel de idiota útil seguindo a política absolutamente suicida do PCP e apresentando-se sozinho a eleições sem qualquer perspetiva de vitória. Parece que objetivo do PCP e do João Ferreira é, sobretudo, derrotarem o PS nem que para isso tenham tacitamente que apoiar o PSD.
Com esta política, acabarão por perder a pouca influência que ainda têm na política portuguesa.
Ontem falava com um ex-militante comunista e ainda apoiante do PCP que me recordava as enormes traições que o PS tinha feito há cinquenta anos. Este discurso, que é comum nos comunistas que ainda não percebem que muito mudou em cinquenta anos, é uma das principais razões pela quais não conseguem atrair simpatizantes e cada vez perdem mais votos. Receio que, no fim da noite, mesmo com todos os artifícios que costuma usar na noite da campanha eleitoral, o PCP tenha que meter a viola no saco e nem meia vitória consiga gritar. Apetece-me dizer-lhes que qualquer dia nem servem para beber um vodka com laranja.
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