Tenho andado atarefada com umas cenas. A coisa parece ter-se quase solucionado mas, em sequência, nasceram mais uma série de tarefas. E digo tarefas para não dizer trabalhos. Mas que alguns têm sido uma carga de trabalhos, lá isso, têm....
Hoje voltou a ser um dia desses. Tive que acordar com despertador, coisa que abomino, coisa que parece trazer-me de volta os tempos em que acordava sempre com sono e que me levantava a saber que ia ter um dia de cão. Depois houve de tudo um pouco, incluindo estar quase duas horas num serviço público, a espumar de impaciência. Poderia tratar-se remotamente mas não seria tão rápido e, neste caso, a rapidez é um factor crítico. Depois, num outro assunto, ocorreu um erro a que ninguém conseguiu atribuir responsabilidades que nos obrigou a andar, debalde, para a frente e para trás para, no fim, ficar agendado para outro dia. Ou seja, foi daqueles dias, cheio, cheio, mas saturante, saturante.
Ia dizer que foi um dia perdido mas, na realidade, se não me armar em queixinhas e em fatalista, não foi. Tratei de várias coisas e isso não é despiciendo pois temia que surgissem complicações que atrapalhassem tudo e, afinal, as coisas parece que estão mais ou menos encaminhadas.
Não sei que paranoia minha é esta mas, quando vou tratar de qualquer coisa de tipo administrativo/ burocrático, parece que desce em mim um quase medo, uma espécie de impotência. Quando chega a minha vez, e quando me sento e explico ao que vou, sou invariavelmente atacada por funcionárias que tentam apanhar-me em falta: Trouxe o papel tal e tal? Trouxe o comprovativo tal e tal? E olham para mim como se estivessem preparadas para me dar a estocada final, a de que não se poderá tratar de nada por conta do meu erro ou omissão. Por isso, vou sempre preparada para o pior, carregada de papéis, sempre preparada para sacar de todas as armas para tentar defender-me de ataques que são mais do que certos.
Mas, apesar da longa espera e de várias trapalhadas, desta vez a coisa não correu mal de todo. Pelo menos, até agora.
O que sei é que, com isto tudo -- e, nestas coisas, não sei porquê, desce-me sempre a tensão arterial e, porque nunca me lembro de levar uma garrafinha de água, acabo também a sentir-me desidratada, meio zonza -- quando acabámos uma das tarefas, por volta das duas e tal, olhámos em volta, estafados, esfomeados, e pensámos que tínhamos que almoçar por ali mesmo. Vimos uma pizzaria e foi ali sem tirar nem pôr, na esplanada. Soube-nos bem.
Estávamos naquilo, ouvi uma voz que me pareceu conhecida. Olhei. Era mesmo. Uma conhecida actriz de telenovelas e não só. Julgava que fosse bem mais alta mas é bonita e elegante. Sorridente, creio que com o marido e filhos. Mas parece que na televisão as pessoas parecem mais altas do que são na realidade. Facto irrelevante, bem sei.
E, ao fim da tarde, depois de outra missão, neste caso, incumprida, ainda conseguimos passear por um sítio bem bonito, tranquilo. Caminhámos sob uma doce luz dourada, fiz umas fotografiazitas, descansei a cabeça.
Ao virmos para casa, já tardote, estava a apetecer-me caracóis ou um gelado. Mas, cansada como estava, já não tive pachorra para desvios, só me apetecia vir para casa. Além disso, queria ir regar uma parte do jardim que, no outro dia, descobri que não tem estado a ser regada pela rega automática. Esta coisa da rega é uma carga de trabalhos: agora acho que é uma electroválvula que está entupida ou estragada. Mas também não sei se estamos com paciência para cá termos mais artistas a mexerem naquilo. Acho que prefiro regar com mangueira. Poderíamos arriscar sermos nós a pôr uma nova mas, às tantas, ainda estragamos mais. Por isso, para já, acho que fica assim.
E é isto. Não tenho respondido nem agradecido os comentários pois tenho andado ocupada e com a cabeça cheia de preocupações e chatices. A ver se um dia destes, agora que as coisas parece estarem a serenar, volto a ter mais disponibilidade mental.
E é verdade: há por aí, entre vocês, Caros Leitores, alguns sonsos, alguns manhosos, algumas más pessoas, que aqui vêm deixar comentários maldosos, parvos, mal educados. Como têm reparado, não os tenho publicado nem vou publicar. Não sei o que pretendem, se é apenas chatear, se é condicionar, se é outra coisa qualquer. Mas já deveriam ter percebido que é tempo perdido: bem podem vir para aqui despejar a vossa maldade e a vossa falta de educação que isso a mim passa-me ao lado. De gente estúpida quero é distância e só não percebo porque insistem em vir aqui visitar-me se não se reveem em nada do que digo. Portanto, bem podem escrever comentários alarves, ordinários, trogloditas ou, simplesmente, parvalhões, que já sabem, estão a escrever para o boneco.
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