Tenho andado a adiar... Sabem o que é...? Não me sinto segura. Tenho receio que haja erros, que pareça trabalho pouco asseado.
Mas como também não tenho paciência para me debruçar sobre eles a tentar descobrir-lhes imperfeições, resolvi que não valia a pena esperar que se revissem sozinhos porque, notoriamente, isso não vai acontecer.
Então, vou revelar.
Como creio que já contei, reuni vários textos antes aqui publicados, uns como 'folhetins', outros como 'prosas' soltas e 'montei' uns livros que tenho vindo a publicar na Amazon.
Tenho também três outros que são completamente originais (um dos quais para crianças).
Mesmo nos que são compilação de textos, há textos originais.
Só que eu gosto é de escrever, não de rever, não de burilar. É que, quando me ponho a rever, ou me apetece reescrever de cabo a raso ou, então, distraio-me ou lá o que é e, às tantas, já não estou a prestar qualquer atenção.
Portanto, se se derem ao trabalho de adquirir algum e se descobrirem pontos onde deviam estar vírgulas ou palavras repetidas ou omissas, só vos peço que façam a caridade de me informar para eu poder alterar.
Quero ainda explicar a razão da escolha da Amazon. Enviei dois originais para algumas das principais editoras mas as que responderam disseram que já tinham fechada a lista de livros a publicar este ano. Depois enviei um deles para três das editoras em que o autor é o responsável pelo investimento inicial, através da aquisição de cerca de 60 ou 70 exemplares. E isto parece ser a prática usual. Todos responderam elogiando o livro, dizendo que queriam publicá-lo. Mas naquelas condições. Dizem que na sessão de lançamento, os autores costumam vender, eles próprios, esses seus livros. Ora não estou a ver-me a 'cravar' amigos e conhecidos e a 'impingir-lhes' livros.
Contactei o José Cipriano Catarino que, lembrava-me, tinha falado no seu blog Viajante no Tempo que tinha publicado livros na Amazon. Foi simpaticíssimo, tranquilizou-me, disse-me que não era muito difícil, que, ao contrário de outras editoras, são transparentes nos cálculos, que corre bem.
Portanto, meti mãos à obra.
E já publiquei uns quantos. Comecei nos últimos dias de Dezembro, creio que a 22 ou 23. Depois retomei em Janeiro.
Paginar, fazer as capas, escrever a sinopse, escolher as palavras chave, seleccionar as categorias... E lá vai disto.
Quando viu as capas que eu tinha feito, a minha filha achou uma piroseira. Portanto, tive que fazer reset e refazê-las.
Só não refiz uma delas porque percebo o que ela diz mas acho que mostra o que eu tinha em mente quando escrevi. Ela acha uma coisa mesmo pirosa, e até estou tentada a dar-lhe razão, mas, até ver, fica como está.
Depois, ao ver uma outra capa, a do 1º volume dos Contos Eróticos, a minha nora disse-me que estava muito parecida com a capa de 'A Criada'. Desconhecia. Aliás, desconhecia o livro, desconhecia a autora. Fui ver e de facto estava parecida. Fiquei perplexa. Como foi tal possível? Portanto, nova capa. Uma trabalheira...
Enfim. Todo um novo desafio...
Vender livros na Amazon é o mesmo que plantar um florzinha pequena no meio de uma selva. Ninguém vai descobrir a florzinha. Segundo a Amazon, deveria oferecer livros às comunidades que fazem leituras de livros e vão lá ao site avaliar pois, ao que parece, as pessoas compram sobretudo pelas reviews. Ou deveria fazer campanhas de marketing ou sei lá. Parece que as redes sociais também ajudam e, então, à pala disso, resolvi criar uma conta no Instagram (podem pesquisar pelo nome, que lá está, uma coisa ainda a apalpar terreno e apenas iniciada em Fevereiro).
Mas a verdade é que, já mesmo quando trabalhava, gostava mais de comprar do que de vender. Não tenho à-vontade como vendedora, muito menos a vender coisas minhas. Mesmo para escrever as sinopses que, supostamente, devem ter um cariz comercial, apelativo, sinto um certo pudor. Estar a enaltecer o que escrevo parece-me petulância, falta de noção.
Idealmente, publicava-os e fazia como aqui, ou seja, nada, publicidade nenhuma. Até hoje a autoria deste blog é desconhecida da maior parte das pessoas da minha família e de todos os meus amigos. Volta e meia alguns amigos dizem-me que tenho jeito para escrever, que devia publicar. E eu caladinha. Nem conto do blog nem dos livros. Nada.
Quando aqui estou, escrevo, publico e está feito, quem quiser que leia. Com os livros era bom que fosse a mesma coisa.
Mas, por outro lado, é estúpido, não é? Se publico, parece fazer algum sentido que alguém saiba disso. E, sabendo, se quiser, compra. Se não quiser, segue adiante.
Publiquei os livros em versão e-book e em versão capa normal. Em dois deles, publiquei também com capa dura, que são bem melhores. Mas, como saem mais caros, ainda não estendi aos outros mas, na volta, um dia destes, ocupo-me disso.
Tive que escolher o preço de venda para cada um. Penso que coloquei um valor relativamente baixo, pelo menos comparativamente com livros de outros autores. A margem para mim também é baixinha. Mas não penso ficar rica com a venda de livros. Contudo, não sei se, em termos de marketing, é a opção mais inteligente. Geralmente parece que a gente desconfia do que é mais barato, não é?
Não sei.
Por causa daquilo da capa, fui informar-me e li que a autora de A Criada, Freida McFadden, por não conseguir que as editoras 'normais' a publicassem, optou pela Amazon. E que decorreram 10 anos até que uma editora 'normal' tivesse resolvido apostar nela. Já vendeu milhões, todos os livros são best sellers.
Não creio que vá ter a mesma sorte mas, pelo menos, fiquei animada... Talvez ter os livros na Amazon não seja sinónimo de ninguém conhecer os meus livros para todo o sempre... Claro que ela é mais nova que eu... Mas não faz mal, sou optimista, tenho sempre esperança.
A Amazon recomenda que se escreva um sub-título. Parece que pode ajudar nas pesquisas. Lá o fiz. Mas parece-me disparatado. A dois dos livros, livros de contos, dei como subtítulo 'Contos Eróticos' e classifiquei-os na categoria de 'erotismo' ou 'literatura erótica'. Quando fiz uma pesquisa na Amazon, por lá os livros ditos eróticos parecem ser porno da pesada. Quem vai à espera de encontrar coisa da pesada, ficará frustrado com os meus tão cheios de subtilezas, ironias, brincadeirinhas...
Como balanço, à data de hoje, já foram comprados 701 exemplares. A grande, larguíssima maioria, foi comprada no Brasil. Mas também, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha e, até, Japão. E há também uma modalidade, que eu desconhecia, em que, se bem percebo, em vez de os leitores comprarem o livro, podem ler online, pagando um x (1 ou 2 cêntimos, creio) por página lida. Até hoje já foram lidas 2.444 páginas. Sinceramente, pasmo como me descobriram. Eu própria, se não me pesquisar pelo nome, não me encontro.
Que eu me tenha dado conta ainda não foi comprado nenhum livro em Portugal. Para os meus filhos comprei-lhes eu, claro, e foram provas de autor, não contam para a estatística.
Podem ser comprados através da Amazon.es ou Amazon.com ou em qualquer outra.
4 comentários:
Desejo-lhe felicidades nesta nova vida de assumida Escritora.
Parabéns.
Olá, UJM! Sabia-a extremamente ativa e trabalhadora, mas fiquei espantada com os vários livros e feliz por saber que tinha cumprido o desejo de publicar. Já fui espreitar o seu Instagram e estou ansiosa por começar a ler os livros. Desejo-lhe o maior sucesso.
Abraço da
Filo
"Gratulor, libros habemus"
Já dei uma espreitadela e a coisa promete, mas a escolha vai ser difícil.
As capas são de um bom gosto incrível!
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