Hoje, ao espreitar as notícias, constato que meio mundo ficou incomodado com a charla natalícia de Montenegro. Felizmente, fui poupada. Não tive ocasião mas, mesmo que tivesse, poupar-me-ia. Não sei se alguém merece levar com as incoerências e as pimbalhadas de tão inconsistente e desempática figura. Por isso, ganhei duas vezes: ao não vê-lo e ao não ficar molestada com a sua conversa.
Presumo que o Marcelo também tenha falado ao povo mas, igualmente, é coisa que não me assiste. Não me interessa. Não adianta. É só poeira, só fumo. Podia dizer 'só flores' mas não digo porque gosto de flores.
Tirando isso, hoje arrumámos a casa, demos um passeio ao pé da praia, tratámos de cenas e, a meio da tarde, quando me sentei a ler, adormeci. Quando o meu marido me disse qualquer coisa, acordei sem saber que horas seriam pois parecia-me que o sono tinha sido tanto que era bem capaz de já ser de manhã. Afinal não.
E acontece também que continuo capaz de ir já dormir. Mas não posso pois tenho outros temas entre mãos. Meto umas na cabeça e, teimosa como uma burra como sou, não desisto. E o que isto me tem consumido de tempo... E, no entanto, é disto que gosto, de me meter em coisas que não conheço, que se revestem de complexidades que não domino. Gosto de vencer obstáculos mesmo que, como é o caso, seja eu que os erga.
Mas se calhar não estou a explicar-me bem. Não é que complique coisas de propósito para ter luta. Não. O que quero é fazer coisas que, por serem totalmente novas para mim, me impedem de andar rapidamente e a direito. Tenho que estudar, aprender, testar, ultrapassar os erros, corrigir. E vou em frente, sem desistir. Mas falta-me tempo para outras coisas, claro. Ou isso ou é o tempo que anda a encolher.
Aliás, hoje estive todo o dia com a impressão que era sábado. E, afinal, amanhã não é domingo.
A menos que esteja sob efeito do mon chéri.
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