sábado, dezembro 28, 2024

Para além de tudo o que temos constatado, vamos percebendo que o Mentenegro também é pouco esperto, pouco perspicaz, pouco sagaz, pouco arguto, pouco inteligente, etc

 

Montenegro lança baldes de gasolina e ateia fogo.  Quem assiste, diz: 'O tipo é um incendiário'. E Montenegro, a seguir, vem, todo Calimero, dizer que não percebe a reacção.

Não ouvi o que ele disse no Natal (e, aliás, por questões de prevenção sanitárias e/ou higiénicas, furto-me, cada vez mais, a ser incomodada pelo que ele diz) mas, a julgar pelas reacções praticamente unânimes de que me tenho apercebido, é bem provável que tenham razão.

Face ao coro generalizado de protestos, Montenegro veio dizer coisas. E, como, na realidade, pouco tinha a dizer, para parecer que tinha muito, usou uma táctica muito frequente entre os seus ministros: usa sinónimos em catadupa. Ou, se não sinónimos, expressões complementares que nada acrescentam.

Veja-se:

(...) voltou hoje ao tema para confessar que está "atónito e muito perplexo" com as reações e críticas.

Montenegro considera que são "inusitados e injustificados" os argumentos

"É incorreto, é indesejável e impróprio atirar essa pedra para cima do debate"

Expressões retiradas do artigo do Expresso "Primeiro-ministro confessa-se "atónito" com "discussão pública" sobre segurança"

Só disparates, digo eu (e aqui refiro-me às reacções do Mentenegro).

E eu daqui lhe envio uma sugestão: Senhor Mentenegro acredite no que os outros dizem de si. Acredite. Se as pessoas que o ouvem pensam que o senhor é um incendiário, que está a executar a política do Chega, que o senhor é inconsistente, incoerente, pouco amigo da verdade e da honestidade intelectual, se calhar têm razão, se calhar é porque o senhor lhes dá motivos para isso. Ouça: e mesmo que, por vezes, não tenham 100% razão, é essa a percepção que têm. E, o senhor sabe (oh se sabe, não é...?), que o que está a dar são as percepções. É ou não é?

1 comentário:

Anónimo disse...

Montenegro é um político sem nível nenhum. Só neste país é possível um cepo destes ser primeiro-ministro. É verdade que só lá chegou com a mão de Marcelo.