sexta-feira, setembro 27, 2024

Amadeu Guerra: à beira dos 70 anos, já jubilado, oriundo do MP, ligado a vários mega-processos...
Será que foi escolhido para PGR para ser o novo Tiririka (pior que com a Lucília Gago não fica...?)
Pergunto

 

Não conheço o senhor senão do que, de vez em quando se falava, nem conheço nada dos meandros da Justiça. O que sei e penso resulta de informação que colho na comunicação social e do que a minha cabeça elabora.

Com esse prévio enquadramento, diria eu que, a ser eu a escolher o novo PGR, quereria:

  • alguém não oriundo do organismo que vai dirigir, em especial quando se trata de um organismo que está a cair de podre, quereria alguém sem vínculos pessoais e profissionais 
  • alguém de meia idade, ou seja nem muito novo e inexperiente nem já farto de ver muita coisa; não tendo eu nada contra pessoas já reformadas, a verdade é que sei, por experiência própria, que uma pessoa, às tantas, já está saturada, já não tem muita paciência para o que é o dia a dia, cheio de problemas, crises, trapalhadas e minudências, já não tem grande pachorra ou disponibilidade para grandes noitadas (que, quando se trabalha em cargos exigentes, muitas vezes são necessárias)
  • alguém muito familiarizado com novas tecnologias, com novas formas de ocultar ou forjar provas, novas formas de fazer falcatruas (quase) sem deixar rasto
  • alguém habituado a chefiar e gerir equipas e instituições, familiarizado com a gestão por objectivos
  • alguém não ligado a processos, muito menos a processos ainda em curso, muito menos mega processos que destroem vidas, consomem recursos e são ineficientes, ineficazes, inúteis.

Claro que a questão da inteligência, da competência, do bom carácter, da independência, da firmeza, da honestidade intelectual e moral seriam outros tantos atributos.

Não fazendo ideia de como é Amadeu Guerra no que às características referidas no parágrafo acima, diria que os requisitos acima assinados com bullets me desaconselhariam de o escolher.

Registo ainda que Montenegro, neste como em todos os outros processos, se portou de forma saloia/prepotente ao achar que lá por ser primeiro-ministro pode andar o tempo todo em bicos de pés e a dar biqueiradas nos outros. Poder, ele pode. Mas deve? Diria que não. Diria que, quando estão em causas cargos cuja duração transcende o tempo em falta da legislatura e que são críticos para o funcionamento do País, qualquer pessoa com dois dedos de testa, com cultura democrática, alguém sem o síndrome do 'sou que mando aqui' ou 'a bola é minha', trocaria impressões com os seus parceiros de Assembleia da República. 

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