segunda-feira, junho 15, 2020

Kefir in heaven



Depois de uns dias a comer bem e mais do que devia, já ontem à noite me apeteceu aligeirar. E hoje, já apenas nós dois, enquanto ele comeu uns restos de arroz e carne grelhada, eu fiquei-me pela fruta comida ao mesmo tempo que o queijo e por um daqueles petiscos pelos quais me pelo. Aliás, devo dizer que adivinhei logo que a minha menininha mais linda ia gostar dele tanto quanto eu. E alguns dos meninos também. O meu filho e a minha nora também. Não convenci nem o meu marido nem a minha filha. Não são dados a mistelas das minhas. Sinceramente não compreendo porquê porque são uma delícia.

Conto.

Gosto de kefir de qualquer maneira. Mas há uma maneira de que ainda gosto mais. Como base, gosto do kefir puro, sem sabores ou geleias misturadas, sem açúcar. Gosto daquele que é relativamente líquido. E faço assim: coloco numa tacinha um bocado de kefir, misturo ou amêndoas ou outra coisa de que gosto muito e que compro no lidl, caju com arando, depois polvilho generosamente com canela e ponho um fio de mel. Misturo. E como com o coração adoçado, a boca ainda mais. Experimentem.

Para além do mais presumo que seja saudável. Talvez o mel ou os frutos secos não ajudem a perder peso mas uma coisa eu posso assegurar: ajudam a sermos felizes.

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E, para condimentar, sai um dos meus poemas preferidos (oh céus, porque é que gosto tanto deste poema?), um que cheira a canela.


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NB: Hoje andámos a apanhar orégãos. Uma farturinha perfumada. Há-os por todo o lado, viçosos, cheirosos. Amanhã talvez vos mostre a instalação que ali está armada na mesa da sala de jantar. Mas agora quero apenas dizer que, quando estávamos na colheita, um dos meninos, o mais novo, veio chamar-me para me mostrar uma flor. Pensei que era uma flor banal -- banal no sentido em que já vi mil vezes. Mas, quando a vi, fiquei pasmada com a sua insólita beleza. Ao fim do dia, já eles se tinham ido embora, resolvi ir vê-la de novo e fui munida. Tinha que fotografá-la. Primeiro contra o fundo verde em que estava, outra contra o fundo da pedra junto da qual estava. Maravilhosa. Há coisas extraordinárias nesta vida.

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