quinta-feira, maio 31, 2018

O D de David
[Ou a eterna questão: o tamanho realmente importa?]



Ainda as pessoas não andavam afobadas com a mãe de todas as questões metafísicas -- a saber: quem é que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? -- e já o mundo discutia a mais dúbia e complexa de todas elas: does size matter?

Isto, claro, na era em que toda a humanidade ainda se expressava em inglês.


Local de grandes discussões esotéricas e quânticas, já o Um Jeito Manso albergou deambulações diversas sobre o tema. Provavelmente em certos momentos achei que sim, o mais possível, e, noutros, achei que não senhora, que o que mais importa é a arte. Tem a ver com o espírito de missão que encarne em mim no dia em que opino.

Ultimamente, por razões cá muito minhas, ando alheada do mundo da filosofia e, de passagem, também do da anatomia.

A problemática do sacrossanto RGPD, que cavalgou todos os outros magnos assuntos, tem-me assoberbado para além da conta pelo que tudo o que é dialéctico, retórico e atlético me tem passado ao lado.

Mas eis que abro o correio e, pimbas, um vídeo profundo e artístico me salta para o colo.

Sem delongas, ei-lo, ao vídeo. Pensem o quiserem e concluam o que, em consciência, vos parecer melhor mas vejam como, neste como em todos os outros assuntos, tudo é muito relativo.
Já lá dizia Einstein, o tal que inventou a receita do soufflé de relatividade, que o tempo comprime os corpos. Deve ser por isso que o D do David se comprimiu todo quando entrou no museu, um espaço vintage meio enregelado, e pareceu insuflado aos olhos das meninas do shopping, lugar moderninho e bem climatizado.