terça-feira, agosto 01, 2017

Scaramucci is out
- "No WH chaos!"
-- diz o pato Donald Trump.
Não... Jura...
Este só lá esteve 10 dias.
Trump continua igual a si próprio: subtrai e segue.
[Mas já não falta muito]



Aparentemente o absurdo director de comunicação, o espavoneado The Mooch, foi despedido por John Kelly, um que entrou justamente esta segunda-feira, depois de ter sido despedido Priebus, o anterior. Parece que Kelly achou que as tiradas do desbocado Scaramucci tinham ido para além da conta. Para além disso, o boquirroto andava a gabar-se que dependia do pato e não de Kelly o que, para Kelly foi a gota de água. Mais: os principais conselheiros do pato, a saber a Barbie Ivanka, filha com quem ele tem pena de não poder ter um caso, e Kushner, o genro com cara de bebé-santinho, depois de terem achado muito bem que o Scary the Mooch fosse suceder ao hiper-gozado Sean Spicer, quando aconteceram as impensáveis afirmações sobre as preferências orais da besta canibálica Banner, terão achado que o italianish era pouco fino, que com tão vulgar criatura não era bom ser visto à mesa. Out!


Bem pode o pato Trump tuitar: No WH chaos! que ninguém pensa noutra coisa. Aquilo, por aquelas bandas, é o caos. Nem num filme de verão -- daqueles em que toda a gente faz alta asneira a toda a hora, que se embebedam e destroem as casas, que soltam flatulências para gargalhada geral dos restantes -- acontecem cenas tão surreais e ajavardadas como as que os noticiários transmitem sobre a pangalhada geral que se vive por aquelas bandas.


É a Casa Branca, o lugar mais central do poder dos Estados Unidos da América e, no entanto, do que se vê, ninguém faz nada a não ser intriga, baderna, alto chavascal, traição de faca nas costas, rasteiradas, canalhices. Ninguém aquece o lugar. Quando se lê o que aqueles anormais dizem ou escrevem é de gritos: parece mentira, anedota, coisa dos apanhados.

Um dia destes acordamos e sabemos que a Casa Branca está às moscas, que foram todos presos por terem conspirado com os russos ou por movimentações suspeitas via Deutsch Bank. Mas, até lá, é o que se vê: um carnaval pegado todos os dias. Gente estranha a fazer coisas aberrantes, ordinárias, gente que fala como se todos fossem uns adolescentes retardados, gente que nem se lembra do lugar que ocupa.

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Entretanto, para disfarçar, usam a táctica de sempre: foram embicar com outro maluco. Já não sendo muito credível a cena do Iraque, ir para lá deitar umas bombas, desta vez é com o Maduro.
Não que o Maduro não esteja a pedir um urgente chega pr'a lá que aquilo ali já não é coisa que se aguente nos tempos que correm. Há coisas que já parecem ficção de tão inadmissíveis que são. Esta da Venezuela é outra. Só que a forma como os Estados Unidos reagiram parece mesmo uma manobra de diversão face ao fuzuê que vai pela casa deles.
Quando os meus filhos eram pequenos e desatavam a embirrar ou ao estalo um com o outro no banco de trás, o meu marido tentava distrai-los e dizia 'olha ali o avião a passar' ou 'eh pá, o que é aquilo ali...?'. Os americanos fazem o mesmo mas indo chatear outro a ver se o mundo não reparara na engalfinhamento que para ali vai entre eles. Uma maluqueira pegada, o que ali vai.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa terça-feira.

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