Só para dizer que se hoje já esteve um calorão, amanhã nem sei. Já estive a ver o que haveria de vestir que me deixasse arejada e já descobri. Este aqui abaixo parece-me bem. Ponho-me ao lado do ar condicionado e deixo que o ar flua.
Só isto. Com este calor nem consigo ter inspiração para mais nada.
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Bem. Melhor não, melhor juntar mais qualquer coisa para não correr o risco de me pedirem a devolução do dinheiro do bilhete de entrada aqui neste espectáculo.
Junto um poema de Maria Teresa Horta, justamente intitulado 'Fogo': E que ela me desculpe por trazer as palavras dela ao seio de um post tão prosaico e destituído.
Este é o meu labor
de fogo
nesta avidez insensata
de existir
entre a lírica
e o corpo
pela fundura do poço
a navalha da paixão
a rosa do alvoroço.
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E, já agora, a propósito de calor e paixão, mais uma coisita
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És de luz e também
rosto
de redondilha e paixão
imagética
do corpo
no prazer e no suposto
ou rasura e harmonia
de perdimento o oposto
Elegia e fogo posto
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E, depois do 'Fogo posto', termino como comecei: com um vestido. E com uma dúvida. Não sei se aquele vestido lá em cima não será um bocado arejado demais. Estou capaz de levar, antes, este aqui em baixo. É mais discreto, talvez mais adequado ao trabalho em ambiente de escritório. Tenho é que ainda ir fazer-lhe uma bainha que, assim comprido, é capaz de me fazer calor nas pernas.
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Então, até já.
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PS
É verdade. Sobre aquilo da Agência do Medicamento acho mal que seja em Lisboa, no Porto, em Coimbra, em Braga, em Faro, em Évora, em Beja, em Viana do Castelo e do Alentejo, etc, etc, etc.
Já volto para dizer para onde vai o meu voto. E atenção que o meu voto é quente. Só voto em hipóteses ganhadoras. Follow me.
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