Essa música aí acima, nada a ver. Beijinho no ombro dá quem quer e, a não ser ali para as bandas de Ílhavo -- acho eu, que não estou por dentro do sucedido -- nada a delatar.
Aliás, sobre esse tema quente da delação premiada, eu acho que já que a expert da desjustiça do PSD, a saudosa loura do governo do láparo, acha que sim, então, eu, que não dou uma para a caixa, fico a achar que quem sabe não é um bom ganha-pão.
Aliás, seguindo a atilada carreirinha do irraciocínio dela e mais dos senhores juízes que tão inquilibrados têm sido na distribuição de anos de choça entre quem pisou o risco, dando tantos anos a quem rouba cabeludos milhõezões ou little-little tostões, até estou capaz de achar que é bom que Marcelo dê a luz verde a alguma coisa dessas que apareça para ele dar o ok, a ver se ainda vai a tempo de ajudar o Rosarinho Teixeira e o Super-Judge Alex.
Por exemplo.
Deixem o João Miguel Tavares estrear a putativa lei, delatando premiadamente o Sócrates. Ele e mais o pândego Dâmaso. Há tantos anos que andam a cravejar o filósofo na praça pública que devem ter provas provadas de todos os crimes de que o acusam. É deixá-los ir delatar no sítio certo em vez de o andarem a fazer no sítio errado. E, só por isso, já mereceriam ser premiados. Talvez com um selinho.
Por exemplo.
Deixem o João Miguel Tavares estrear a putativa lei, delatando premiadamente o Sócrates. Ele e mais o pândego Dâmaso. Há tantos anos que andam a cravejar o filósofo na praça pública que devem ter provas provadas de todos os crimes de que o acusam. É deixá-los ir delatar no sítio certo em vez de o andarem a fazer no sítio errado. E, só por isso, já mereceriam ser premiados. Talvez com um selinho.
Ou deixem o Vai-estudar-ó-Relvas delatar uns segredinhos que consta que sabe do seu ex-pupilo, o tal láparo que, quando a coisa fedeu, pilaticamente lavou as mãos da deslicenciatura dele (dele, o ex-senhor-Doutor-Enfermeiro Relvas, quero eu desdizer).
Ou o Lima-do-Sótão a delatar ainda mais segredos de alcofa da múmia. Ou da alcova, vá. Não devem ser muitos, os segredos -- que aquele aí pouco bulia -- mas, enfim, os diálogos caseiros dele mai-la sua Maria devem ter sido hiláriozinhos qb para merecerem uma língua nos dentes, daquelas baita bem afiada.
Claro que, na revoada, certo e sabido que alguns aproveitariam a lei para, de carrinho, irem ajustar ainda mais contas na praça pública do que já o têm feito: a Bola a delatar a Vieira e a Vieira a delatar a Bola. Ou o Beauté a delatar o ex, o Borges que as comeu pela medida grossa ou o dito Luisinho a delatar o dito Beautêzinho. Ou a mãe e a irmã da Lucy Abreu a delatarem a dita com elevado retorno financeiro e esta a ganhar tamém uns trocos relatando os ex-cabrozos factos que trazem o país em suspenso.
Mas isto são os outros (que não eu), esse meio mundo que quer ver os outros bem entalados. Tudo à espera de ganhar a raspadinha se puser a boca no trombone.
Tudo -- mas not me, repito Estou aqui a pensar a ver quem eu é que eu podia delatar e não me ocorre ninguém. O meu coração anda amolecido. Não sei se é do calor se da idade ou se os santinhos ouviram as minhas preces e me tornaram tão santinha quanto eles. Inclino-me para a terceira. Mas, a sério, não ia delatar ninguém. Só se fossem os indianos ou nepaleses que, ultimamente, quando passo por lá, não têm abacates ou morangos. Esses bem que estão a precisar de valente punição. Também me apetece vingar-me de alguém, não sei ainda quem, pelo que me aconteceu há bocado. Ao retirar o colar, antes de me despir, aconteceu a desgraça: pérolas a rolarem all over, eu a andar (descalça) e as pérolas a espetarem-se-me nos pés. Um drama. Alguém devia pagar por isso. Ou, então, aquela gente que mora no prédio ali ao lado que não sei se estendem roupa encharcada a toda a hora ou se irregam as flores em contínuo mas em que do diabo da varanda está sempre a escorrer água, é um inritante facto. Apanho cada banho... Bem delatados é que eles eram. Também devia delatar o meu primo que trocou a amorosa mulher por uma marmanjona mal encarada; mas não sei bem se aceitam delações deste teor. Alguém devia interpelar nesse sentido o nosso querido Ubíquo a ver se desambigua tão espremida dúvida.
Mas pronto. Era isto que eu tinha para partilhar convoso. O tema é problenáutico demais para a minha limitada mente. Tenho que ir à procura de casos de sucesso que se tenham baseado nesta metologia. No Brasil, talvez. Parece que aquilo lá está a estalar, toda a gente está motivada para ir nessa.
É vê-los, todos a dedurarem todos, uma dinâmica em bom.
É vê-los, todos a dedurarem todos, uma dinâmica em bom.
(Em bom..., disse eu? Oh pah, sai outro selinho).
[Nome na Lista -- uma lição de vida terceiro a Porta dos Fundos]
{Não fui eu que fiz o vídeo mas, se faz favor, pardon my french}
As letras a mais ou a menos não são pura coincidência.
As letras a mais ou a menos não são pura coincidência.
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E adeus e até ao meu regresso. E um dia feliz, em bom.
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