Não posso aqui desfiar tudo o que me tem ocorrido desde que li que Schäuble disse que Centeno é “o Ronaldo do Ecofin”.
A minha veia metafórica borbulha com verdadeiras epifanias em torno do tema.
Vejo o Schäuble a seviciar, com esgares de sadismo, a sua dilecta pupila Pinókia Albuquerca, vejo o Schäuble a obrigar o servil Gaspar a praticar actos impuros (e abstenho-me de usar a partícula reflexa para não dizerem que estou a pisar a linha encarnada), vejo o Láparo pelas ruas da amargura, a correr com o rabo em chamas ou então a ganir de rua em rua e o mastim alemão a acelerar na cadeira de rodas atrás dele, a rosnar-lhe, de dente afiado... vejo coisas assim -- mas tudo em brejeiro, tudo recorrendo a um vocabulário vernacular, impróprio para consumo.
Ajoelhou... tem que rezar! [Ai não, não era isso, desculpem: era 'tem que pagar'] |
Ora, atendendo a que este é um salão onde se usa apenas o mais fino léxico e a mais requintada semântica e que eu própria cubro o meu púdico rosto quando alguma ideia menos piedosa se me ocorre, coibo-me de aqui verbalizar os meus pensamentos.
Limito-me a, caridosamente, recomendar ao nosso Láparo de estimação que, depois desta do Schäuble a comparar o Centeno ao CR7
-- e do Marcelo, esse ubíquo e fofo catavento, vir dizer que por uma vez o sinistro Rottweiler não tinha pensado mal --
tente ele (ele, Láparo) acalmar o ânus com água de malvas, quiçá aplicar também unguento para assaduras (vaselina não, que isso poderia dar más ideias a algum malandreco que tenha contas a ajustar). Ou, não tendo nada disso em casa, pois que encha o bidé de água, coloque lá uns cubos de gelo, e ponha o rabo de molho. Há-de passar. O tempo tudo cura.
Ok, ok, já sei que tenho um coração de manteiga, sempre com pena dos desvalidos. Mas, fazer o quê?, estou com uma peninha dele... cada vez numa saia mais justa, sem chão onde pôr o pé... Só falta mesmo a Teodora oferecer flores ao Costa e fazer um striptease para agradar ao Centeno. Sim, já só falta isso.
Portanto, com vossa licença não falo mais no assunto. Pena, pena do pobre coitado. Apenas transcrevo mais uma coisitinha que li:
“Há doze meses, era tudo tão diferente. Portugal estava à beira das sanções económicas da União Europeia e o sucesso do seu novo Governo de coligação de esquerda estava longe de ser assegurado. Hoje, já não viola as regras orçamentais da UE e espera entregar antecipadamente 10 mil milhões de euros ao FMI”, lê-se na newsletter do “Politico” (que acompanha as políticas e personalidades da União Europeia).
Ui... Coitado do láparo.
[E mais não digo. Não quero que pensem que gosto de pisar em quem já está mais do que no chão, e ainda por cima, agora, o pobre com o rabiosque a arder daquela boa maneira. Ainda vinham dizer que eu sou insensível ao sofrimento do coitado do láparo ou dizer-me que estou assim porque não é comigo, que pimenta no cu dos outros é refresco. Não, não. Calo-me já.]
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Mas, já agora, permitam que partilhe convosco a lembrancinha que o ex-amigo do coração, Schäuble de sua graça, (ex-amigo do láparo, atenção! -- não meu), lhe deixou aqui para o poor, poor coitado, ir ouvindo enquanto estiver a tentar apaziguar os calores da assadura anal.
[And pardon my french]
Uuuuhhh...
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As imagens que usei para enfeitar o misericordioso texto provêm da infindável arca do saudoso blog We Have Kaos in the Garden
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E, depois desta cena triste e meio escatológica, caso queiram purificar-se, desçam por favor para irem ao encontro do Pato Donald, da viúva em vida Perpétua Melania e de sua filha igualmente viúva, a Barbie Ivanka, e mais uns quantos deslassados que foram de visita ao Vaticano, moer a paciência ao pobre Francisco.
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1 comentário:
não sou muito de deitar baldes de água fria,até porque tenho grande apreço por tudo o que tem feito Centeno e a Geringonça, mas a mim parece-me que o senhor Schäuble estava a usar do mais cínico sarcasmo.
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