Vítor Gaspar é um astrólogo que temos em vez de ministro nas Finanças, diz Marcelo Rebelo de Sousa. Um astrólogo que falha sempre, diz o professor. Falha ele e falha o Governo, reforça Marcelo Rebelo de Sousa a uma Judite de Sousa que hoje ia de mini saia (ou calções?) e botinha curta de tacão alto (Louboutin?). E uma breve nota sobre o Chipre e sobre o papão da bancarrota em Portugal.

Estou fora, digamos que a banhos. Mas os meus filhos mantêm-me a par das últimas. Estávamos nós a jantar, toca-me o telemóvel. Mensagem de um deles. Vou ver e era uma fotografia estranha com uma legenda que dizia assim: 'muito mau'. Não percebi o que era. 

Revi mentalmente as mulheres da família tentando perceber se alguma poderia estar com alguma perturbação que a pudesse levar a andar nestes preparos; mas não me pareceu possível.

Judite de Sousa, na TVI

O esclarecimento afinal estava lá, eu é que não o tinha visto, 'este plano da Judite não é lindo?'. Percebi que era uma fotografia à televisão.

Não sei se aquele encarnado que ali vejo pertence ao tacão e, se assim for, se isso indiciará estarmos perante uns Louboutins. Mas whatever... Acho, de facto, 'lindo'... ou seja, 'muito mau'. E, se são Louboutins, se calhar são de saldo ou de contrafacção pois o que ali vejo são umas botinhas do além - o que conjugado com aquela altura de saia fica uma coisa extraordinária. A Judite, de facto, tem um gosto errático e cujas oscilações são, frequentemente, quase cómicas.

Fui agora ao Google e obtive esta referência: Judite de Sousa sempre revelou publicamente que o marido tinha por hábito oferecer-lhe mimos generosos, como por exemplo sapatos do conhecido designer Christian Louboutin. 

É, pois, bem capaz de ser obra do Seara. Só visto.

Adiante.

Agora que regressei onde há televisão vi um excerto da entrevista mas já não a apanhei de pé. estava, sim, sentada em frente a um Marcelo que mais parecia o fungagá, cheio de catarro, fungando a cada palavra que dizia - um Marcelo que já não arranja maneira de esconder o desconforto perante abéculas tão redondas como o Gaspar e o Passos, ou seja, como as alimárias deste governo. 

A Judite, por sua vez, também já se posiciona, às claras, na oposição. Quase parece a Ana Lourenço. As perguntas ou observações que fez eram constatações ferozes relativas às falhas grosseiras e graves deste bando de ignorantes.

Ou seja, já começa dar dó a crucificação pública que toda a gente de todos os quadrantes faz destes incompetentes que, apesar de tudo isto, não arredam pé.

O que eu acho bizarro é Marcelo, tal como outros comentadores, dizerem que seria preferível que Vítor Gaspar não fizesse previsões (já que, qual astrólogo falhado, não acerta uma). 

Vítor Gaspar com orelhas de burro: Agarra que é ladrão!
(na manifestação de 2 de março)

Parece que não percebem que isso é o mesmo que dizerem que ele vá para o ministério para dormir o tempo todo ou que se limite a fazer de morto. 

Já uma vez aqui o expliquei mas explico uma vez mais: aquilo não são previsões, aquilo são metas. São as metas que ele se propõe atingir através das medidas a que nos sujeita.

E, como é ignorante, incompetente e pouco inteligente, traça metas inexequíveis e, ainda por cima, determina medidas que produzem efeito contrário ao que ele quer. Ou seja, à partida, qualquer pessoa habituada a lidar com números percebe que nada daquilo faz sentido e que, obviamente, vai tudo falhar. Por isso, difícil é perceber o espanto quando em vez de uma coisa se tem o dobro, o triplo, ou metade: é que espantoso, milagre mesmo, seria ele acertar alguma coisa, de tal forma o homem é disfuncional.

Mas se ele não traçar metas nem determinar medidas, então faz o quê? Penteia macacos? Apascenta caracóis...? Se for isso, acho muito bem. Pelo menos, tem menos efeitos secundários do que toda a porcaria que anda a fazer e com a qual anda a desgraçar o país.

*

Nota 1: Aqui um pouco à distância, acho que as medias impostas ao Chipre são ultrajantes, preocupantes, devastadoras. Mas não nos alarmemos: o que foi proposto para o Chipre apenas revela que o sujeito que está à mrente do Chipre deve ser um daqueles que gostas de se abaixar, que gosta de se pôr a jeito. Só as fazem a quem as aceita.

E, há bocado, vi passar em rodapé, na televisão, que um dos habituais papagaios de serviço nacionais já veio com o papão da bancarrota em Portugal. Tretas. Claro que com o pasteleiro de Massamá e o Gaspar-Não-acerta-uma a levarem a dívida para valores estratosféricos, a dita cuja está cada vez mais impossível de pagar, mas daí até se decretar a bancarrota de um país vai um grande distância.

No dia em que alguém ameaçar Portugal com uma treta dessas, Portugal deve avisar que vai fazer um referendo para ver se os Portugueses estão dispostos a aturar muito mais porcarias destas. Só isso seria dissuasor. Não seria preciso nem sequer fazer o referendo.

A Europa está cheia de cobardes, de galinhas, de acéfalos. Esse é, de facto, o problema número 1. Quanto mais pastelões, incompetentes e parvalhões mais progridem, Bruxelas está cheio dessa tropa.

Nota 2: Por estes dias não vou poder estar muito tempo na internet pelo que leio os comentários e os mails, tentarei colocar um post por dia, mas não vou poder responder ao que escreverem. Não estranhem nem levem a mal, está bem?

A Serra ao fundo

Ou seja, peço, uma vez mais, a vossa compreensão. 

Peço também a vossa condescendência caso encontrem gralhas. Estou a escrever com pouquíssima luz, à pressa, e, como sempre... com muito sono. E amanhã quero estar em forma, e logo cedinho, pelo que não vou rever o que escrevi.

Um rio que canta, que dança, límpido, cheio de força

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Num formato um pouco diferente do habitual, está hoje o meu Ginjal e Lisboa. As palavras profundas, lentas, caladas sobre e de Florbela Espanca encontram-se com a voz de Eunice, de Falabela e de Mariza. E, por fim, um momento quase mágico: Nelson Freire leva-nos para o lugar da pureza absoluta.

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Desejo-vos, meus Caros leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda feira. Divirtam-se, sim?