terça-feira, novembro 27, 2012

Ashoka Mody, 'ex-FMI defende reestruturação das dívidas' e ' Economista Paul De Grauwe aconselha o "amigo Gaspar" a não exagerar'


Não fosse quase uma da manhã e seria sobre isto que eu iria aqui falar hoje. Assim, limito-me a transcrever alguns excertos do Expresso online e a recomendar-vos a leitura dos artigos completos.



O Sr. Ashoka Mody
(tão mal encarado, coitado,
o que ele deve ter andado a penar enquanto trabalhava para o FMI)


Austeridade para tudo continuar vulnerável 

Mody constata que "as projeções económicas apontam para rácios de dívida [pública] das cinco economias mais endividadas da zona euro - Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha - que permanecerão acima de 100% [do PIB] no futuro próximo, isto é, pelo menos até 2017". E acrescenta: "Depois de uma década de austeridade orçamental, estes países continuarão numa zona de alta vulnerabilidade".

*



Paul de Grauwe,
ao menos tem ar de quem dorme  melhor que o Sr. Ashoka



O economista belga Paul de Grauwe aconselhou hoje o ministro das Finanças português a "não exagerar" na austeridade, para evitar um "ciclo vicioso" de recessão e endividamento.

"Diria ao meu amigo [Vítor] Gaspar para não exagerar" na austeridade, disse De Grauwe, antigo deputado no Parlamento belga e professor na London School of Economics, durante a conferência "Portugal em Mudança", que assinala o 50.º aniversário do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

"O que temo é que o Governo português, no seu zelo de austeridade, vá longe demais, e crie o risco de a economia portuguesa ser empurrada para um ciclo vicioso e não conseguir reduzir a dívida", afirmou.

"Há uma definição de inteligência que é: quando se vê que uma coisa não funciona, não se insiste nela", acrescentou ainda Paul de Grauwe.

O economista já tinha acusado, entretanto, os países do Norte da Europa de se portarem como "vendedores de carros a crédito" antes da crise financeira no Sul da Europa, e de agora "não fazerem nada" para a contrariar.

"Os países do Norte acumularam grandes excedentes comerciais, o Sul tinha défices. Esses défices foram financiados por crédito dos bancos do Norte", acrescentou.

"Por cada devedor irresponsável, há um credor irresponsável. 



*

Resta-nos esperar que o Gaspar-não-acerta-uma leia estas notícias e perceba o que eles querem dizer. Quanto ao Passos Coelho já desisti. Não percebe nada, não vale a pena.

Quanto ao Paulo Portas também já desisti, está nisto para ter palco e do palco ninguém o tira.

Quanto a Cavaco Silva também já desisti, não percebo nada do que se passa com ele, de cada vez que fala ainda mais confusão lança.


8 comentários:

jrd disse...

Gente pouco recomendável, esta. Prefiro subir ao poste anterior.
Abraço

GL disse...

Depois de estar no "andar" de cima?...
Perdoar-me-à, mas não me apetece esta descida aos infernos.

Abraço

Anónimo disse...

Tenhamos esperança: com tempo, o Passos, o Portas, o Gaspar vai ficar com cara de Ashokas. Vão vão! Faço votos.
E com uma cara daquelas não ganham eleições!
P.Rufino

Maria Eduardo disse...

Olá,
Todos avisam, mas eles estão cegos e surdos, mudos não estão, porque se fartam de falar...Andam a remar contra a maré e a levar-nos a todos para sítio incerto.
Vamos ter esperança que a maré ainda retorne a tempo de nos levar a um bom porto.
Um beijinho e fé em Deus!

Um Jeito Manso disse...

jrd,

Rio-me sempre consigo. Não escreve muito mas, em poucas palavras diz muito e faz-me rir de gosto.

Um abraço.

Um Jeito Manso disse...

Olá GL,

Ora esta... Não tive sorte nenhuma com este post...

Mas, às tantas, o problema não está em mim, está é na tropa fandanga...

Um abraço!

Um Jeito Manso disse...

P. Rufino,

Já me fez também dar uma gargalhada. Coitado do Ashoka... Que olheirento que o pobre está... Parece que não dorme há mais de um ano...

Qualquer dia quem fica assim sou eu, tão pouco que ando a dormir.

Mas essa de o Passos e o Portas e o Gaspar ficarem assim também me parece boa ideia!

Um Jeito Manso disse...

Olá Maria Eduardo,

Nestes marinheiros de água doce é que eu não acredito.

Mas também sou optimista.

Não sei quando, não sei como... mas sei que um dia destes 'vão de asa' e, então, melhores dias hão-de vir. Tomara.

Um beijinho!