sexta-feira, maio 27, 2011

Pedro Passos Coelho e o aborto - ou quando a estupidez ultrapassa os limites da razoabilidade




Conheço uma mulher que hoje é professora do ensino secundário que, enquanto fazia a licenciatura à noite, trabalhava de dia como secretária. Vivia, na altura, em casa de uma irmã ligeiramente mais velha.

Era muito trabalhadora, muito prestável e, pela própria formação académica, destacava-se das colegas.

Toda a gente gostava muito dela.

Lá, conheceu um rapaz, que estava nas mesmas circunstâncias de trabalhador-estudante e, decorrido algum tempo, começaram a namorar. Eram um casal bonito, simpático, ambos muito prestáveis, muito eficientes.

Um dia aconteceu uma coisa inesperada. Sem mais nem menos, caiu no chão do escritório, esperneou, espumou, etc, e, percebendo o que estava a acontecer mas sem que ninguém soubesse de antecedentes, chamaram a emergência médica. Era, obviamente, um ataque epiléptico.

A seguir fez exames que confirmaram o diagnóstico e teve que começar a fazer tratamento preventivo.

Eis senão quando, algum tempo depois, soube que estava grávida.

Havendo probabilidades que o tratamento tivesse afectado o feto, a viver em casa da irmã, a estudar, a gravidez foi, pois, uma notícia indesejada.

Na altura ainda não havia os meios de diagnóstico que existem hoje, nem sequer ecografias. Depois de muita indecisão, muito sofrimento (ainda mais, sendo católica praticante), resolveu interromper a gravidez. Como é óbvio, toda a gente a apoiou.


Lembro-me bem dela nesse dia ao fim da tarde. Branca, olheirenta, cheia de frio, a tremer de frio ou de angústia, infeliz, lágrimas a quererem romper-lhe dos olhos. Contou como foi, o andar ao cimo de umas escadas, a marquesa num quarto inóspito, a parteira muito insensível, a sensação de que aquilo não devia estar a ser feito naquelas condições, e depois o pagamento, o vazio. Lembro-me de mim, muito novinha, muito cheia de pena, sem saber como consolá-la.

Durante muito tempo não conseguiu falar do assunto, foi um bocado dela que foi arrancado e nada preenchia esse buraco.

Mais tarde casaram, um casamento muito bonito, felizes, felizes. Algum tempo depois, no entanto, uma enorme desgraça abateu-se sobre eles mas isso não faz parte da história de hoje.


Uns anos mais tarde (mas ainda antes do referendo), um colega meu passou por uma situação também nefasta.

A mulher contraiu rubéola durante a gravidez e foi comprovado que o feto estava afectado de forma irreversível. Foi medicamente aconselhada a abortar e, havendo este motivo, foi aconselhada a fazê-lo no hospital. Contudo, para cumprir com todas as regulamentações, teve que fazer uma série de exames, esperar por resultados, ir a outras consultas, etc. O tempo ia passando, a barriga ia crescendo e o processo andando. A angústia dela e do marido eram indescritíveis. Só queriam que o pesadelo acabasse.

Salvo erro já ia no 5º mês, uma barriga bem redondadinha, quando finalmente foi admitida no hospital para abortar. Contudo, o processo acabou por ser duplamente insuportável. Induziram-lhe o parto. Ou seja, passou pelo período das contracções, dores, expulsão pela via normal, e agora não sei exactamente o que se passou mas lembro-me de ele ter dito que tinham cortado o feto dentro da barriga.


O processo foi de tal forma traumatizante que ela acabou por ficar com uma forte depressão, durante algum tempo teve pesadelos e ele ficou também bastante afectado.

Além disso, teve que tratar do enterro do feto e passado algum tempo recebeu um aviso de que tinha que registar, dar nome. Era uma menina. E eles não conseguiam escolher nome, registar um feto a quem tinha acontecido o que aconteceu. Mas foram obrigados a fazê-lo. (Ao escrever isto não sei precisar se a sequência foi esta ou o contrário)

Ele só dizia que mais valia que o tivessem feito clandestinamente.

São dois casos reais distintos mas ambos traumatizantes.

Poderia referir outros que, cada um à sua maneira, seria igualmente traumatizante.

Ninguém consciente interrompe uma gravidez de ânimo leve. É sempre um processo doloroso, interiormente doloroso, fisicamente dilacerante.

Não há maior benção para uma mulher do que ter um filho. Qualquer mulher, quando está grávida, o que mais deseja(ria) é ter o filho e que venha bem. Nenhuma mulher vai decidir abortar apenas porque a lei o permite. Se resolver interromper a gravidez é porque motivos imensos, incontornáveis, assim o obrigam. E decido-lo-á com infinita tristeza.

Da série dedicada ao Aborto: Paula Rego

Pode acontecer que em meios depauperados, de pobreza absoluta, ou em meios de droga ou de extrema carência, as mulheres percam a noção dos valores da vida e não lhes custe abortar. Mas são casos em que a intervenção deve ser no sentido de ajudar essas mulheres e não de as proibir do que quer que seja.

Agora, em condições mais ou menos normais, nenhuma mulher interrompe a gravidez por desporto. Se o decide fazer, é certamente por desespero, por infortúnio.

Levá-la a fazê-lo clandestinamente, à margem da lei, sem condições médicas, é um crime. Levar uma mulher traumatizada, infeliz, vazia, a enfrentar a justiça por ter feito um aborto clandestino, sentando-se no banco dos réus, é um crime.

Mulher de paula Rego

Eu nunca abortei e, se por algum motivo, alguma vez tivesse tido uma gravidez indesejada ou problemática, não sei se teria tido coragem para o fazer porque amo crianças, amo a vida, sou fanática pelo mistério e milagre que é a maternidade. Mas só quem está a viver as circunstâncias é que pode ajuizar das suas próprias razões pois, tal como eu amo a vida, também todas as mulheres que o fizeram a amam.

Demi Moore grávida fotografada por Annie Leibovtz

E é justamente pelo que eu sinto, pelo que eu sei, pelo que conheço, que afirmo aqui com toda a minha convicção que só alguém muito estúpido, mas mesmo muito estúpido, é que pode, numa campanha eleitoral, numa altura em que o país atravessa uma crise financeira e económica tão grave, vir levianamente relançar o tema da IGV, falar em voltar a fazer um referendo, como se isto pudesse ser tratado como um tema banal, como mais uma arma de arremesso na campanha.

Mas ainda pior: a minha impressão é que isto foi coisa do momento, resultou da pergunta que lhe fizeram, não de convicção interior dele (se é que ele tem alguma verdadeira convicção). A ideia com que fiquei é que,  sendo uma cabeça de vento, uma maria vai com as outras, foi o que lhe veio à cabeça quando lhe fizeram a pergunta numa entoação que o levou a inflectir nesta direcção.

Ora este é um tema sério, sensível e, sobre ele, a sociedade portuguesa já reflectiu, já se manifestou de forma inequívoca. O que decorreu do referendo, a despenalização dentro de determinadas circunstâncias, tem estado a ser executado sem sobressalto.

O que dizem os médicos é que o número de IGV's é inferior ao previsto, vai decrescendo de ano para ano e é inferior à média praticada em países congéneres. Claro que há casos, em número não significativo, em que ainda não se conseguiu educar as mulheres para a necessidade da contracepção: são casos marginais, associados a vidas in the border line. Mas estes casos não resultam da lei, resultam da desestruturação da vida destas muheres. Fá-lo-iam em qualquer circunstância. Há ainda um esforço de educação e sensibilização a fazer nesta área mas é um work in progress. Como em tudo na vida, há sempre aspectos a melhorar.

Por isso, acho imperdoável e miserável que, num momento em que Portugal enfrente uma crise política, social, económica e financeira grave, Passos Coelho tenha falado com ligeireza eleitoralista de um tema tão íntimo, tão sério. Seja qual o motivo que o levou a lançar para a rua, numa altura destas, o tema do aborto, revolta-me. É demais. É estupidez a mais.

Espero bem que as mulheres não lhe perdoem. Espero bem que, nas urnas, lhe dêem uma resposta inequívoca. A vida que as mulheres têm a capacidade de transportar dentro de si merece um tratamento mais digno. Não pode ser usada como um argumento eleitoral na boca de um palerma.

10 comentários:

Carlos Alberto disse...

Se amanhã a ministra da Saúde disser o mesmo que o PPC (o ministro da defesa já disse mas não tem a mesma piada) aposto que o seu blogue ignorará o assunto, visto que acabou de ignorar que um ministro do actual governo tenha dito que de facto tínhamos de rever a lei do aborto.

Caso não saiba a IGV tem nas suas normas junto do SNS aquilo a que a esquerda nunca aceitou: Possibilidade de escolha do hospital onde se quer ir se não houver oferta publica.

No seu post, magnificamente escrito fala de um caso concreto, eu conheço outro caso: Ainda estamos em Maio e conheço um mulher que já fez 2 abortos este ano.

IGV não pode ser método anti-contraceptivo.

packard em rodagem disse...

Muito, muito bem!

Um Jeito Manso disse...

Packard, muito obrigada. O tema da maternidade para mim é do domínio do sacrado e custa-me que o conspurquem à toa.

Um Jeito Manso disse...

Caro Carlos Alberto,

Provavelmente não me exprimi bem. Você percebeu que eu defendo que a IGV seja feita à toa? Como substituto da contracepção?

Claro que não.

Ilustrei todo o post com fotografias de crianças, alusivas à maternidade ou a mostrar o abandono e sofrimento em que ficam as mulheres quando abortam.

A maternidade é, para mim, qualquer coisa de intocável, tenho até hoje um imenso fascínio pelo acto de gerar vida, de a fazer desenvolver-se no interior do corpo.

Mas não posso ignorar que existem circunstâncias limites em que a decisão (pensada, sofrida) é a de não levar a gravidez até ao termo. Quando isso acontece, nada demove a mulher. Faziam-no num quarto escuro, faziam-no sem condições, faziam-no sabendo os riscos de vida que corriam, faziam-no sabendo o risco de irem parar a um tribunal.

E o que está em causa e que foi referendado é a possibilidade de o fazerem legalmente, em condições médicas adequadas.

Claro que quando a gravidez resulta de falta de formação, há que ensinar as mulheres a evitá-lo, apesar da vida desestruturada em que provavelmente vivem, das dificuldades, da falta de compreensão dos parceiros sexuais, das dificuldades económicas.

O que PPC disse é que é necessário avaliar se não se foi longe demais, que via como desejável o referendo e que desafiava os movimentos cívicos a proporem um novo referendo.

Ora, sabe certamente que o processo da IGV está já a ser monitorizado e que, no âmbito da avaliação que é sistematicamente produzida, alguns acertos há certamente a fazer.

Mas isso é diferente de voltar a questionar a questão no seu âmago.

Foi mais uma inoportunidade do PPC que sistematicamente age como os cãezinhos a que atiram um osso, vai atrás.

E isso é o que mais assusta. É a inconsistência dele. Uma pessoa que vai ao saber da conjuntura momentânea não dá o mínimo de garantias para poder ocupar um cargo de relevo.

packard em rodagem disse...

O debate em torno da IVG, aquando do referendo, centrou-se sobre a despenalização, a descriminalização de quem, por virtude das circunstâncias, se via forçada (uso o feminino, claro), a recorrer ao aborto. As mulheres das classes mais altas iam às clínicas a Espanha, as pobres recorriam ao vão de escada em Portugal, sujeitas a complicações de saúde inimagináveis e ao estigma de poderem vir a ser condenadas em tribunal. Fez-se o referendo, aprovou-se a lei da IVG e assunto foi integrado, muito tranquilamente, no património social e cultural dos portugueses. Eis senão quando, um político sem convicções e no oportunismo caça-votos do microfone da Rádio Renascença, entende - mal! - tomar posições sobre "reavaliação" e "novo referendo" sobre o assunto. Tudo isto seria curial, aceitável, se PPC tivesse dito "isto é o q eu penso mas a questão nem agora nem nos anos mais próximos se coloca". Mas não o fez e todos sabemos por que motivo o não fez. E é isso que é censurável, e é isso q lhe é censurado. Um pouco mais de respeito pelas mulheres e um pouco de juízo e coerência não lhe ficariam mal.

Um Jeito Manso disse...

Nesta altura ele já nem se deve lembrar do que disse pois diz tanto disparate que lhe deve ser difícil recordar-se de tudo o que vai dizendo ao longo dos dias.

Seja como for, toda a condenação pela leviandade é pouca. Pessoas assim são perigosas quando têm poder pois nem pensa no que diz e faz. E se lhe dá para o disparate, é uma chatice.

Carlos disse...

Leio muitas vezes os seus posts e até a acho uma pessoa com qualidades literárias, inteligente e sensata. E analítica e normalmente tolerante com o que deve tolerar. Só na política e nos políticos é que eu não a entendo. E o que é que não entendo? A sua tolerância com José Socrates: ele é mentiroso compulsivo, ele é piroso, ele é desonesto: sim, a honestidade dele foi tantas vezes posta em dúvida, com provas, que não parece coincidência nem ataque pessoal gratuito. Há indícios de vigarices demasiadas para ser coincidência. Nunca ninguém se lembrou de levantar freeports, nem faces ocultas, nem PTs, nem documentos falsificados de licenciatura, por exemplo, sobre o Mário Soares, ou sobre o Sampaio ou sobre o Cavaco e Silva e olhe que eles também têm muitos inimigos. Ao contrário, a senhora desanca no Pedro Passos Coelho por tudo e por nada, com uma violência... Até com o aspecto físico dele a senhora embirra. Não a vi ridicularizar o Socrates, nem sequer no momento em que ele nos ia transmitir que acabavamos de claudicar, de ajoelhar perante a europa e o mundo, e a única preocupação dele era se ficava melhor a olhar para a direita ou para a esquerda e sem sequer se lhe ver um olhar de tristeza ou preocupação. Isto não lhe mereceu qulquer reparo nem crítica, minha Senhora. O cabelo ridículo e amaricado do Paulo Portas, também não. Do Passos Coelho censura os olhos, a boca e sei lá mais o quê? Sabe o que parece? Parece aquela atitude despeitada de quem levou uma tampa, sabe? Neste panorama pobre de políticos que temos, apenas um se distingue - o Socrates - e fá-lo pela negativa: pelas mentiras contínuas, pela obsessão pelo poder à volta do qual estão instalados os brilhantes Ruis Pedros Soares e Varas deste pobre Portugal que ele deixou falir.
Cumprimentos
Carlos J. Costa

Carlos disse...

Em complemento do meu comentário anterior, deixo-lhe,(em duas partes) um artigo que hoje apareceu no meu e-mail.

Assunto: História da ASCENSÃO do Sócrates.É realmente dramático. LEIAM SFF
> como vai este país
> DEPRIMENTE mas .... tirem as vossas conclusões.
O PROFESSOR QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU NEM QUER OUVIR FALAR; A
> BEM DA NAÇÃO CHAMA-SE ANTÓNIO JOSÉ MORAIS E É ENGENHEIRO A SÉRIO; DAQUELES
> RECONHECIDOS PELA ORDEM.

> António José Morais é primo em
> primeiro grau da Dra. Edite Estrela.
> É um transmontano tal como a prima que
> também é uma grande amiga do Eng.
> Sócrates. Também é amigo de outro
> transmontano, também licenciado pela
> INDEPENDENTE o Dr. Armando Vara, antigo
> caixa da Caixa Geral de Depósitos e
> actualmente Administrador da Caixa
> Geral de Depósitos, grande amigo do
> Eng. Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.
>
> O Eng. Morais trabalhou no prestigiado
> LNEC (Laboratório Nacional de
> Engenharia Civil), só que devido ao seu
> elevado empreendedorismo canalizava
> trabalhos destinados ao LNEC, para uma
> empresa em que era parte interessada.
> Um dia foi convidado a sair pela
> infeliz conduta. Trabalhou para outras
> empresas entre as quais a
> HIDRO-PROJECTO e pelas mesmas razões
> foi convidado a sair.
>
> Nesta sua fase de consultor de
> reconhecido mérito trabalhou para a
> Câmara da Covilhã onde vendeu serviços
> requisitados pelo técnico Eng.
> Sócrates.
>
> Daí nasce uma amizade.
>
> É desta amizade entre o Eng. da Covilhã
> e o Eng. Consultor que se dá a
> apresentação do Eng. Sócrates à Dr.ª
> Edite Estrela, proeminente deputada e
> dirigente do Partido Socialista.
>>
> E assim começa a fulgurante ascensão do
> Eng. Sócrates no Partido Socialista de
> Lisboa apadrinhada pela famosa Dr.ª
> Edite Estrela, ainda hoje um vulto
> extremamente influente no núcleo duro
> do líder socialista.
>
>
> À ambição legítima do político Sócrates
> era importante acrescentar o grau de
> licenciatura.
>>
> Assim o Eng. Morais, já professor do
> prestigiado ISEL (Instituto Superior de
> Engenharia de Lisboa) passa a contar
> naquela Universidade com um prestigiado
> aluno - José Sócrates Pinto de Sousa,
> bacharel.
>
>
> O Eng. Morais demasiado envolvido
> noutros projectos faltava amiúde às
> aulas e, naturalmente, foi convidado a
> sair daquela docência.
>
> Homem de grande espírito de iniciativa,
> rapidamente, secolocou na Universidade
> Independente.
> Aí o seu amigo bacharel José Sócrates,
> imensamente absorvido na politica e na
> governação seguiu-o ......" porque era a
> escola, mais perto do ISEL que
> encontrou ".
>
>

Carlos disse...

continuação

> E assim se licenciou, tendo como
> professor da maioria das cadeiras (logo
> quatro) o desconhecido mas exigente
> Eng. Morais. E ultrapassando todas as
> dificuldades, conseguindo ser ao mesmo
> tempo Secretário de Estado e
> trabalhador estudante licencia-se, e
> passa a ser Engenheiro, à revelia da
> maçadora Ordem dos Engenheiros, que
> segundo consta é quem diz quem é
> Engenheiro ou não, sobrepondo-se
> completamento ao Ministério que tutela
> o ensino superior.
>
> (Essa também não é muito entendível; se
> é a Ordem que determina quem tem
> aptidão para ser Engenheiro devia ser a
> Ordem a aprovar os Cursos de
> Engenharia....La Palisse não diria
> melhor)
>
>
> Eis que licenciado o governante há que
> retribuir o esforço do HIPER-MEGA
> PROFESSOR, que com o sacrifício do seu
> próprio descanso deve ter dado aulas e
> orientado o aluno a horas fora de
> normal já que a ocupação de Secretário
> de Estado é normalmente absorvente.
>
>
> E ASSIM FOI:
>
>
> O amigo Vara, também secretário da
> Administração Interna coloca o Eng.
> Morais como Director Geral no GEPI, um
> organismo daquele Ministério.
>
>
> O Eng. Morais, um homem cheio de
> iniciativa, teve que ser demitido
> devido a adjudicações de obras não
> muito consonantes com a lei e outras
> trapalhadas na Fundação de Prevenção e
> Segurança fundada pelo Secretário de
> Estado Vara.
> (lembram - se que foi por causa dessa
> famigerada Fundação que o Eng. Guterres
> foi obrigado a demitir o já ministro
> Vara (pressões do Presidente Sampaio),
> o que levou ao corte de relações do Dr.
> Vara com o Dr. Sampaio - consta até que
> o Dr. Vara nutre pelo ex-Presidente um
> ódio de estimação.
>
>
> O Eng. Guterres farto que estava do
> Partido Socialista (porque é um homem
> de bem, acima de qualquer suspeita,
> íntegro e patriota) aproveita a derrota
> nas autárquicas e dá uma bofetada de
> luva branca no Partido Socialista e
> manda-os todos para o desemprego.
>
>
> Segue-se o Dr. Durão Barroso e o Dr.
> Santana Lopes que não se distinguem em
> praticamente nada de positivo e assim
> volta o Partido Socialista comandado
> pelo Eng. Sócrates..... Que GANHA AS
> ELEIÇÕES COM MAIORIA ABSOLUTA.
> Eis que, amigo do seu amigo é e vamos
> dar mais uma oportunidade ao Morais,
> que o tipo não é para brincadeiras.
>
> E o Eng. Morais é nomeado Presidente do
> Instituto de Gestão Financeira do
> Ministério da Justiça.
>
> O Eng. Morais homem sensível e de
> coração grande, tomba de amores por uma
> cidadã brasileira que era empregada num
> restaurante no Centro Comercial
> Colombo.
>
>
> E como a paixão obnubila a mente e trai
> a razão nomeia a "brasuca " Directora
> de Logística dum organismo por ele
> tutelado a ganhar 1600 ¤ por mês. Claro
> que ia dar chatice, porque as
> habilitações literárias (outra vez as
> malfadadas habilitações) da pequena
> começaram a ser questionadas pelo
> pessoal que por lá circulava.
> Daí a ser publicado no " 24 HORAS" foi
> um ápice.
>
>
> E ASSIM lá foi o apaixonado Eng. Morais
> despedido outra vez.
>
>
> TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES E NÃO SE ESQUEÇAM:
>
> EM 2011 CONTINUEM A VOTAR NELES!!!
>
> SERÁ POSSIVEL? AINDA FALAM DA CORRUPÇÃO EM ANGOLA.... QUE LATA!

Um Jeito Manso disse...

Caro Carlos,

Dado o adiantado da hora, vou deixar para amanhã o comentário ao seu comentário.

No entanto, há que ter presente a situação em concreto: ou nos abstemos, ou votamos em branco ou assumimos que devemos exercer o direito de escolha. Eu voto e votando tenho que escolher de entre os que vão a votos. Em abstracto, nenhum me agrada.

Terei que escolher o que, apesar dos milhares de defeitos, me pareça o menos mau. Mas estou muito hesitante porque todos têm grande probabilidade de não fazer o que tem que ser feito.

Já aqui critiquei muitas vezes Sócrates e Paulo Portas. Mas o Passos Coelho é de um amadorismo assustador.

Mas amanhã responderei com mais tempo, ok?

Cumprimentos. Volte sempre.

JM