Todos nós temos um sósia? Dizem que sim. E é provável que haja alguma celebridade que seja nosso sósia? A julgar pelo vídeo abaixo, até parece que sim.
Em relação a mim já me disseram -- mas isso nos idos da minha vida em que quer eu quer elas ainda estávamos na flor da idade -- que era muito parecida com a JC, que havia em mim um lado muito MM ou que fazia muito lembrar a KB.
No outro dia, disseram-me que havia em mim qualquer coisa de uma outra, a SS.
Ponho assim, cifrado e não por extenso e com fotografias, para que não se pense que quero que pensem que sou assim ou assado.
Sobre essas parecenças que já me atribuíram, não faço ideia se sim, se não, mas confesso que, a meus olhos, foi generosidade dos olhos de quem o disse. Mas, confesso também, é-me totalmente irrelevante ser assim ou o contrário pois sou o que sou e, a cada dia que passa, deixo de ser essa e passo a ser outra. O tempo passa e deixa marcas e o que éramos vai ficando soterrado sob a capa que o tempo vai desenhando em nós. Mas deixa em nós e em toda a gente. Quem sobrevive envelhece.
E o que quero dizer é que acho extraordinário que, juntando-se um espermatozoide e um óvulo, a coisa se misture, se conjugue, se ajeite, e, qual milagre, pela multiplicação celular, desse misterioso processo acabe saindo uma pessoa. No caso, eu. E, numa outra qualquer parte do mundo, um espermatozoide de um outro homem e um óvulo de uma qualquer outra mulher se misturem, se chocalhem, se entrelacem, se conjuguem e, milagre dos milagres, saia outra pessoa que, não se percebendo como, seja muito parecida connosco, comigo.
Já aqui contei e repito. Uma vez, na Gulbenkian, duas senhoras estavam sentadas numa daquelas mesas corridas do restaurante em que também estava eu e o meu marido. Olhavam para mim, olhavam uma para a outra, falavam baixo, olhavam para mim. Até que falaram: estavam estupefactas pois eu era igual a uma amiga delas. Diziam que éramos iguais. O rosto, o cabelo e até a voz. E até como me vestia.
Não foi a primeira vez: em Espanha, uma funcionária do El Corte Inglês veio ter comigo para me abraçar. Eu e a tia dela éramos iguais. Disse-o em espanhol. Quando eu falei e disse que não, que eu era portuguesa, ela dizia que sim, que já tinha viso que não. Mas quase se atirava para o chão, dizia que até a minha voz era igual à da tia, que não acreditava em coisa assim.
Ora como é que é possível uma coisa destas?
Não sei. Alguém me explique.
Sem comentários:
Enviar um comentário