Entre assuntos burocráticos em que, como é costume alguém me liga e dá o assunto por acabado dizendo que falta ainda um outro papel (juro: hoje aconteceu outra vez!), e telefonemas exacerbados envolvendo um senhor das obras e as limitações existentes e tudo uma confusão pegada, eu só a querer paz e descanso e a falarem-me no tubo das águas pluviais e na prumada e em mais não sei o quê e o esgoto do outro lado e uma infiltração ou entupimento não sei onde, vá lá a gente entender alguma coisa, e, ainda, entre acabar um trabalho e deitar um olho ao que por aí se diz, pego no computador já perto da uma da manhã e sem cabeça para grandes divagações.
Apelo, pois, à vossa habitual condescendência.
Por entre votos perdidos, estragados, envelopados. desenvelopados e o diabo a quatro, continuamos sem saber como é que o sarilho arranjado pelo Marcelo vai acabar. Pelos vistos, ele também não e, por via das dúvidas, parece que também não se rala muito se não cumprir a Constituição. Eu, que não sou letrada em leis, só tenho para mim que, no meio da confusão, é prudente a gente agarrar-se a algumas bóias de salvação, a saber: a Constituição, as boas maneiras e o respeito pela inteligência dos outros.
Mas parece que, no meio da enxurrada populista, a malta já está toda numa de caguar para essas minudências.
Claro que também não consigo instruir-me com a chusma de comentadores que andam a dar à costa: raia miúda, carapauzinho pingão, de tudo aparece. É vê-los, com ar entendido, a dar lições de tudo o que calha. Política, Constituição, Fait-Divers a fazerem de conta que são História. Tudo. Ainda há pouco.
Mas, ao fazer zapping para ver se fugia, à pressa, eis que, sem aviso prévio, me aparece a diva Castelo-Branco a arrastar a sua Senhora Dona Lady, depois os convidados a dizerem o que levavam vestido e que presentes iam dar à menina Constança, neta do avô que estava aperaltado na versão gaja produzida para baptizados. E no estúdio, como comentador, o Bruno de Carvalho, esgargalado e sem meias, a falar na qualidade de músico, compositor, letrista, produtor, cantor, ou seja, ecléctico artista do mundo do espectáculo. Portanto, I rest my case. Ou seja, santa paciência: aos costumes digo nada.
E, assim sendo, com a vossa licença que, desde já, agradeço, passo a palavra a Takis S. Pappas que até usa bonequinhos para a gente perceber melhor. Útil. Dá para pôr legendas em português.
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