Foram hoje conhecidas as medidas de coação estabelecidas no processo "Influencer".
A única acusação que se manteve foi a de tráfico de influências e os arguidos saíram em liberdade (felizmente que não foi o Carlos Alexandre pois era capaz de, mesmo com pseudo provas tão pífias, decretar prisão preventiva).
Assim, parece não ter qualquer sentido manter o inquérito sobre o PM e fica demostrada a loucura dos comentadores e dos jornalistas que baseados numa mão cheia de nada conseguiram provocar alarme social internamente e denegrir no exterior a imagem de Portugal, contribuindo para desmotivar potenciais investidores estrangeiros.
Quanto a grande parte dos jornalistas e comentadores já sabemos há muito tempo o que a casa gasta. Não valem nada! São acríticos, não têm noção do mundo real, não contextualizam os problemas, são correias de transmissão dos interesses a que estão ligados. São completamente dispensáveis! Julgo que ninguém terá dificuldade em considerar, por exemplo, o José Gomes Ferreira completamente dispensável. Um tipo que só diz barbaridades e até lê tweets falsos em direto não faz falta, é um ativo tóxico, e deve ser dispensado. Obviamente, existem alguns jornalistas e comentadores de grande qualidade que me merecem o melhor apreço e cujas posições respeito (Pedro Sousa Carvalho ou Anabela Neves, por exemplo, são dois dos que considero bons jornalistas, tal como Luís Paixão Martins é um comentador que ouço sempre com bastante interesse).
Existem outros dois intervenientes neste processo que têm ainda mais responsabilidades que os jornalistas: são o MP e o PR.
O MP indicia cinco cidadãos de crimes de corrupção, prevaricação e tráfico de influências. Prendem as pessoas durante quase uma semana antes de serem ouvidas. Trocam nomes (propositadamente?) nas escutas e num caso desta gravidade apontam erradamente para o PM, referem Portarias que não têm a ver com o processo em curso, invadem a casa das pessoas pela manhã e devassam a privacidade de cada um e ainda por cima aparecem nos jornais as situações que mais podem denegrir os visados. Depois de tudo isto, os crimes de corrupção e prevaricação caem.
Que mal terá feito, por exemplo, o autarca de Sines para merecer tudo isto? É demais! É uma falta de respeito para com os portugueses!
Alguém tem que acabar com este estado de coisas.
Hoje também veio a público uma notícia em que, numa investigação a vários autarcas, o MP não fez as inquirições devidas e o processo voltou à estaca a zero. Depois de tudo isto não há sanções para estes senhores?
Em minha opinião, o principal culpado da situação atual é o PR.
Na aparente ânsia de correr com António Costa e com o PS, não teve o devido discernimento para avaliar a situação. Não ponderou a melhor solução face ao empate verificado no Conselho de Estado, não esperou o tempo suficiente para ter mais dados sobre a situação e decidiu sem o devido suporte. E que não venham os amigos do PR dizer que ele se preocupa muito com os Portugueses e com Portugal.
Objetivamente, e tendo em conta a atuação do PR, o que ele fez, mais uma vez, foi desencadear uma situação que em nada contribui para o bem estar dos portugueses e para o desenvolvimento de Portugal. Dissolver a AR na qual existia uma maioria sólida eleita há menos de dois anos com base num 'golpe de estado de três procuradores' (a expressão não é minha) e mergulhar o País num novo período eleitoral é tudo o que não devia acontecer. E aconteceu pela mão do PR.
Respondendo a PGR perante o PR, o mínimo dos mínimos é que o PR, após o que aconteceu, tivesse a atitude de demitir a PGR.
Com tudo o que tem feito, se, ainda por cima, permitir a continuação em funções da actual Srª PGR, o Sr. Presidente, que já vai ficar tão mal no julgamento da história, ficará ainda pior.
Como notas finais:
1 - Será que, no que se refere ao "Influencer", em vez da montanha parir um rato, como se antevia, afinal ainda é menos que isso, menos ainda que a formiga de que se fala: a montanha não vai parir coisa alguma?
2 - Será que o PR teve uma premonição e, quando foi visitar o Beco do Chão Salgado, estava a pensar no MP atual?
3 - Segundo Luís Paixão Martins, Costa sugeriu ao PR quatro nomes para eventual PM, tendo Marcelo recusado dois, sendo que um dos dois admitidos como viáveis era o de Centeno. Aliás, LPM chamou a atenção para que, quando Costa, no sábado, disse que tinha a aquiescência do PR para sondar Centeno (nota: sondar e não 'convidar' como, talvez por lapsus linguae Centeno tenha referido), Marcelo não desmentiu. O diabo está nos pormenores.
5 comentários:
👍🏻👍🏻👍🏻👍🏻
Aprovado. Eu não diria melhor!...
Claro como a água.
Gostei.
UJM, começo a gostar muito dos textos do seu marido. Sugeria-lhe a criação dum blog próprio para expor as suas ideias com assiduidade.
UJM, estou de acordo com Artur Pereira. Os textos do seu marido, são bastante assertivos, bem pensados, e muito bem escritos. Discordo a necessidade de novo blog, acho esta dupla muito interessante e agradável de seguir neste espaço.
Já agora UJM, é sempre um prazer a sua prosa.
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