terça-feira, maio 21, 2019

Desenterraram o Passos Coelho para mostrar que não aprendeu nada e, cá para mim, para enterrar ainda mais o Rangel.
Coisa esperta.
O PSD está a especializar-se em dar tiros nos pés.


  • Se um País tiver muitos desempregados, que não descontam para o fisco e não contribuem para a Segurança Social, e, pelo contrário, recebem subsídio de desemprego, 
  • se, além disso, houver muita gente a emigrar e, portanto, sem fazer descontos no seu próprio país, 
são os que ficam e trabalham que descontam por todos. Ou seja, havendo menos gente a descontar, são os poucos que descontam que terão que suportar taxas de impostos e contribuiçãoes mais elevadas. Foi o que aconteceu na era do Láparo. Em especial a classe média foi esmifrada até ao tutano. Com  cortes de ordenados, agravamento de taxas e com taxas suplementares, penaram a bom penar. 

Em contrapartida, em era de maior desafogo, há menos desempregados, há menos subsídios a pagar e há mais gente a trabalhar e, logo, a descontar. E, se muitos emigrados voltarem, mais gente ainda haverá a fazer descontos. Mesmo que cada um pague menos impostos, e, portanto, sofra menos, quando tudo é somado, o 'bolo' total é superior. E é isto que se pretende, que mais gente pague e que cada pessoa pague menos. É o que acontece agora.

E é isto, caraças, que o Láparo (o campeão dos orçamentos rectificativos, o campeão do não-acerta-uma, o campeão dos insultos aos portugueses) não consegue perceber.  Apareceu agora na campanha eleitoral, ao lado do Rangel, a atacar o actual governo pela maior carga fiscal de sempre, sem perceber que houve um alívio a nível individual. 

E o PSD, um partido de gente doida varrida, parece também não conseguir perceber que, desenterrando o Láparo para ele exibir o que tem, ou seja, a sua proverbial ignorância e o seu deselegante e desagradável ressabiamento, só consegue uma coisa: enterrar ainda mais o incapaz Rangel. 

Andavam a cantar de galo, e nunca percebi porquê, dizendo que a campanha do PS estava a correr mal. Nunca percebi em que é que se baseavam. 

No fundo, apregoavam o que desejavam como se fosse uma verdade -- e os jornalistas-papagaios e os comentadores-papagaios, que nunca validam nada, repetiram a boutade como se fosse um facto. Mais: em cima da pueril parvoíce, construiram uma narrativa. Ficção, claro. E, claro!, enganaram-se em toda a linha.

E o que tudo isto revela é a triste falta de tino desta descomandada tropa fandanga laranja. 

O Rio, como sempre, pouco aparece. Deve andar a processar a informação -- sempre com um delay de dois dias. Como todos os dias há novas cenas, todos os dias precisa de mais dois dias. Ou seja, não consegue sair da fase de reflexão. O partido perde relevância de dia para dia e ele népias, tem mais que fazer.

Não vão longe, claro. Mas no dia 26 à noite logo falamos.


----------------------------------------------------------------
----------------------------------------

Os cartoons do Kaos são do Kaos e eu, para não me repetir, só digo que muito gostaria se o dito We Have Kaos in the Garden regressasse. Faz tanta falta.

Onde andas, Kaos? Volta...

9 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Nem eu esperaria outra coisa do Prof. D'Araque.
Que se enterrem bem, para que o progresso siga o seu caminho.

Uma rica noite.

Um Jeito Manso disse...

Ui, Francisco, que me faz sentir fora de moda. Prof. D'Araque...? Toda a gente sabe quem é menos eu...? Se for, faça a caridade de não me dizer, está bem...?

Mas alinho nessa de deixar que se enterrem. E ainda mais, muito mais, nisso de deixar que o progresso siga o seu caminho.

e um belo dia para si, Francisco!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Normalmente quando se diz que qualquer coisa é de "araque", quer dizer que é uma coisa fajuta, sem qualidade...hehhehe

Estamos alinhados!

Um belo dia também!

Unknown disse...

Daqui: https://ivanluismarques2.jusbrasil.com.br/artigos/121816114/penalistas-de-araque

"A expressão "de araque" está ligada aos mentirosos e surgiu a partir de uma bebida árabe, chamada “arak”. Trata-se de uma bebida destilada árabe, fabricada a partir da seiva da palmeira ou do arroz e dotada de um altíssimo teor alcoólico. Trazida ao Brasil pelos imigrantes árabes, essa bebida ganhou fama pelo seu potencial em causar grande sensação de embriaguez. O bêbado, além de dizer verdades antes não ditas, confessa o seu estado lastimável quando começa a mentir, o que ganhou associação com o termo - histórias “de araque”. Dessa forma, a partir do aportuguesamento do termo “arak”, a expressão incorporou-se à linguagem usual."

Anónimo disse...

Portugal é um país engraçado!
Tem a Srª de Fátima, o Benfica, o Passos Coelho, o Irmão do nosso 1º, o Santana Lopes e não digo mais porque já estou cansado...

Um Jeito Manso disse...

Francisco e Unknown,

Agora já aprendi o significado e qualquer dia já vou usar. O Marques Mendes não tem também uma conversa de araque aos domingos à noite? Aplica-se-lhe também bem, não é?

E agora também estou a pensar num colega que tenho... um dia destes terei que lhe dizer que ele que se cuide se não quer que um dia destes alguém lhe diga que parece um tretas de araque.

Thanks pela explicação.

Abraço!

Um Jeito Manso disse...

Olá Anónimo do País engraçado,

Só esses? Acho pouco. E então os Pastorinhos? E o Bispo Marto? E o Ronaldo e a D. Dolores? E a Maria Luís e o Relvas? E o Vice Paulo Portas e a Madame Cristas da Coxa Grossa? E o Cavaco, a Cavaca e mais o Genro e, ainda, a Enfermeira Cavaco? E o Sto António e as noivas? E o Luís Filipe Vieira e a águia Vitória? E o Bruno Carvalho e o Mustafá? E o Marquês de Pombal e o Duque de Loulé e mais o de Saldanha? E a Manuela Moura Guedes e a Santa Mana Joana?

Quer que eu vá por aí adiante...? Posso estar a noite toda sem me cansar. Por isso, vá lá ver que cansaço é esse.

Treine lá um bocado e depois volte cá para ver se consegue bater-me. Combinado?

Anónimo disse...

Treine lá um bocado e depois volte cá para ver se consegue bater-me. Combinado?

Mas eu não quero bater em ninguém...

Um Jeito Manso disse...

Olá Anónimo,

Pronto, está bem. Podia, ao menos, nesse caso, ter aqui deixado uma rosa para reforçar a vontade de que nem com uma flor. Mas fazer o quê? Já não há cavalheiros neste país. Uma dor de alma, é o que é.