quinta-feira, abril 04, 2019

O problema do Cavaco não é o que ele diz. O problema é a comunicação social dar-lhe palco.
Já não há caridade, caneco.
Porque é que têm que envergonhar o senhor?
Deixem-no pensar que ainda diz coisa com coisa, façam de conta que o filmam mas depois façam a gentileza de esconder as imagens (e o som).

Pela parte que me toca, aproveito a ocasião para o homenagear com uma selecção de obras do ilustre Kaos.



Ou, Senhores Jornalistas, façam uma reportagem muda: filmem a Dona Cavaca a olhar para as cenas, a Drª Beleza a ajeitar o mega penteado, o Sr. Mangas de Alpaca Rio a sorrir, com ar entre o envergonhado e o apatetado, o Púbico Catroga com ar de pinguim corado e gordo, também já sem grande compreensão para o que se passa à sua volta e que não diga respeito a algum que lhe toque, ou filmem os quantos mais que fizeram o frete de ir ouvir o senhor a mostrar que continua igual a si próprio mas em pior: ressabiado, má pessoa, a trocar a volta às conclusões para as usar a despropósito, recozido em mau feitio, em maus fígados.

E, sobretudo, façam a caridade de não chamar comentadeiros para opinarem sobre as baboseiras de um cavalheiro que nunca fez ou disse nada de jeito quando teve oportunidade de mostrar serviço e que não era agora, retirado, os neurónios sobrantes já em repouso, que nos ia surpreender.

Popupem o senhor. E poupem-nos.

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E, nada mais tendo a dizer, presto aqui homenagem à arte e bom humor do fantástico autor de We Have Kaos in the Garden a quem o Cavaco, El-Rei das Cagarras e das Vacas que Riem tanto inspirou.








E toma lá

(assim o Kaos designou a imagem seguinte)



9 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Como diria o meu avô materno, Cavacos só para a fogueira.
O homem não se envergonha, está convencido que é mesmo um iluminado e terá sempre o beija-mão da cacicagem e da direita trauliteira.

Uma rica noite.

Um Jeito Manso disse...

Olá Francisco,

Aquele Cavaco, sempre com aquela cara de ressabiado, parece que sempre pronto a espumar, sempre a destilar fel é uma coisa difícil de suportar. Porque é que as televisões o passam? Não têm piedade da criatura?

Abraço, Francisco. Um dia feliz.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Passam porque os seus indefetíveis acham que ele faz um grande figura.
A escola cavaquista deu muitos frutos azedos, mas eles acham que dão sumo de primeira.

Um dia feliz, também.

Anónimo disse...

Cavaco Silva é uma pústula política. Autocrático e incapaz de aceitar que alguém possa ter uma opinião diferente da sua, o ex-PR é hoje uma figura patética, distante do País e das suas gentes, que nunca verdadeiramente percebeu. Nasceu na época errada, pois, tivesse sido um pouco antes e teria feito parte, com toda a naturalidade, de um governo de Oliveira Salazar. Mas, faça-se alguma justiça ao Botas de Santa Comba e, nesse sentido, compare-se a criatura com esta “figura de estilo”, CS, que gosta de pregar a moral que nunca praticou. Preparou a sua candidatura a PR na vivenda de Ricardo Espírito Santo Salgado, daí, mais tarde, já PR, ter defendido a “solidez” do BES (que ele sabia bem não ser verdade, induzindo em erro quem nele acreditou). Em Política, não há almoços grátis. Meteu-se em “trapalhadas notariais” por ocasião da permuta da sua vivenda Marani, no Algarve; mais tarde comprou acções da SLN, não cotadas em Bolsa, para posteriormente as vender com elevadas mais-valias, um favor que ficou a dever ao seu amigo e ex-membro do seu governo, Oliveira e Costa. Queixou-se do seu “mísero” salário como PR (tendo a seu lado, a apoiá-lo, a sua prótese conjugal – D.Maria), mas não se absteve de apoiar, sem qualquer pudor, o que essa figura sinistra que poluiu o seu Gabinete Presidencial, Joaquim Sarmento, bolsou no livro que publicou e que Cavaco apadrinhou. Cavaco Silva, além de pífio, não tem princípios, nem moralidade de qualquer espécie. Mas, há mais. Como o ter preenchido uma ficha da Pide, conscientemente, e, mais tarde, após o 25 de Abril, já PM, ter concedido a dois ex-inspectores da Pide pensões excepcionais, idênticas à que foi obrigado a dar a Salgueiro Maia, após um Parecer da PGR (que ele não homologou durante 3 anos!). Há uma palavra que CS desconhece o significado: Carácter. Para cúmulo, ainda tem dificuldades de articulação do seu português, basta que nos lembremos daquela célebre frase sua “nunca fiz, não faço, nem façarei!” Vem esta caricatura de pessoa, depois de tudo isto, pregar sobre os valores da Democracia e “Jobs for the Boys”, esquecendo-se que patrocinou indivíduos de inenarrável ausência de princípios, como Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Duarte Lima, Ricardo Salgado, para além de outros comportamentos, como o de seus Ministros saltarem das cadeiras governamentais para as administrações das empresas que tutelavam, como Joaquim Ferreira do Amaral (Lusoponte) e outros. Convém ainda sublinhar que Cavaco Silva é um Católico assumido, mas, ao contrário do Nazareno, que dizia que “era mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”, CS prefere sentar-se com os Salgados e Oliveiras e Costas desta vida, do que defender os mais desfavorecidos. O ódio de Cavaco à actual solução governamental leva-o a, de quando em vez, vir a terreiro clamar contra as suas “maldades”, em vez de se remeter ao silêncio, como fazem os seus antecessores ainda vivos (Eanes e Sampaio). O que só o coloca mal. Que, todavia, tem o condão de desvalorizar o que vocifera. Revelador e que convém registar e sublinhar, é ver Rui Rio, “essa indómita e incorruptível” figura do PSD, ao lado de Cavaco Silva e a patrocinar as ideias económico-financeiras, inqualificáveis, de Joaquim Sarmento. É bom saber o que nos espera se Rio ganha as eleições. O trio Cavaco, Rio e Sarmento não se chocam, porém, com o que os contribuintes já pagaram para salvar Bancos corruptos, com as rendas elevadas pagas pelo Estado à EDP, com o apoio do Estado aos colégios privados, com a isenção fiscal de que gozam as universidades católicas (a par das subvenções que ainda recebem, do Estado), da precariedade laboral, dos baixos salários praticados, etc. São, os três, figuras de estilo, que um certa Direita designa de “politicamente correctas”. Pois bem, pegando no que um aluno universitário aqui há tempos disse e que respingo, “Politicamente Correcto é uma doutrina que sustenta a ideia de que é inteiramente possível apanhar um pedaço de merda pelo lado limpo”.
P.Rufino

microondas disse...

Não há sossego. Liga-se a televisão e o "defunto" aparece, que susto!

Rui Vinagre disse...

É o Cavaco dos " cidadões".

RV

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Ao ler o seu post até senti uma certa nostalgia dos tempos em que a criatura por aí andava mais assiduamente para nos dar aquela velha 'pica' contra ele. Era (e é) tão mau, tão, tão mau, que não nos pode deixar indiferente. Assim, ressuscitando apenas de vez em quando, só de vez em quando é que a gente se diverte desta forma, quase rindo por termos tido um presidente destes, que envergonha qualquer um.

A sua verve é notável, P. Rufino! Coitados dos que não estão nas suas boas graças... Veja lá é se a D. Cavaca não lê isto e não resolve vingar-se que aquilo ali diz que não perdia a quem ataca o maridinho...

Uma boa semana, P.Rufino.

Um Jeito Manso disse...

Olá Microondas,

E o pior é que o defunto vem sempre acompanhado das almas penadas do costume. Uma assombração. Foge!

Bora mas é fazer figas.

Um Jeito Manso disse...

Olá Rui Vinagre,

Dos cidadões, das cagarras, das vacas que riem, das marquises, dos assessores enviados para o sótão. Quase chegamos a sentir saudades, não é?

Quando é que voltaremos a ver alguém de boca cheia de bolo-rei a falar aos jornalistas...?

Que nostalgia, não é?

Uma boa semana, Rui.