No post a seguir a este, podemos ver o verdadeiro casal-maravilha, Cristiano Ronaldo e a namorada Irina, posando para a revista Vogue Espanha sob a especialíssima lente de Mario Testino. Sedução e beleza, intimidade e ousadia. O vídeo com o making of mostra a sessão, as sombras, as luzes. Junto ainda um vídeo com as proezas futebolísticas do Imperador Ronaldo (conforme me foi enviado por um Leitor a quem agradeço).
Mais abaixo ainda mostro um vídeo com um menino prodigioso. Não sei o seu nome, mas o que é um nome perante a grandeza da pessoa? Vale a pena ver.
Aqui, agora, a conversa é outra. Livros. Uma vez mais, livros.
Alguns dos meus Leitores escrevem-me e contam-me as suas vidas difíceis. Mas não precisariam de o fazer para que eu saiba bem o que é a vida difícil de quem vive contando os euros e tendo que abdicar de pequenos prazeres para que o dinheiro chegue para as necessidades. Sei bem disso, sinto-me solidária e, na minha vida pessoal, profissional e social, luto contra as políticas cegas que ignoram as pessoas. Luto contra as políticas que causam recessão porque a solução para o que quer que seja nunca pode nascer da desgraça de parte da população. Luto a favor de uma política de desenvolvimento porque sei que é daí que nasce o crescimento da economia e o florescimento de condições de vida melhores para todos, em especial para os sectores mais desfavorecidos. Luto na medida do que posso e sei.
O meu conhecimento e a minha experiência profissional têm-me mostrado ao longo de anos que uma empresa vinga se apostar no crescimento (vendendo mais, produzindo mais, dando mais formação às pessoas, zelando por melhores condições de trabalho, procurando ter produtos e serviços melhores) e não apenas no corte de custos (já que, por essa via, apenas se conseguirá atrofiar a empresa, conduzindo-a à morte). É assim nas empresas, é assim na sociedade. O mundo avança no sentido da expansão e não do declínio. Todas as políticas que contrariem esta tendência são contra-natura, malévolas.
Mas eu quando luto, não luto por mim porque, já aqui o confessei tantas vezes, eu não me posso queixar. Bem mais de metade do que ganho é-me sonegado à partida. Sendo trabalhadora por conta de outrem, quando recebo o meu ordenado, tento nem olhar para o recibo para não ficar estarrecida. Grande parte vai-se sem que eu lhe ponha os olhos em cima. Acresce, claro, o IMI, o IVA e todos os outros impostos. Trabalho para mim talvez uns quatro meses por ano, nem sei. O resto é-me levado pelo Estado. E tudo estaria bem se fosse para ser bem usado e não para pagar a financeiros agiotas.
Mas, ainda assim, sou uma privilegiada.
Aqui tento ser cuidadosa quando falo de mim, tento ser sempre parcimoniosa na descrição dos meus hábitos de vida para não incomodar os que me lêem e que fazem uma tremenda ginástica com o pouco que ganham.
Aqui tento ser cuidadosa quando falo de mim, tento ser sempre parcimoniosa na descrição dos meus hábitos de vida para não incomodar os que me lêem e que fazem uma tremenda ginástica com o pouco que ganham.
No entanto, não vou ser mentirosa ou hipócrita. O que ganho permite-me, ainda assim, viver bem e manter algumas extravagâncias. E a maior delas, já todos aqui o sabem, são os livros. Viciada, viciada em livros. Vejo a conta e penso: estou a gastar em livros que talvez nem chegue a ler o que algumas pessoas tanto precisam para viver. Penso isto com pesar. Mas são pensamentos inconsequentes. A vida é o que é e há mesmo diferenças e o importante é que os que têm mais sintam que serão mais felizes se os outros também puderem vir a tê-lo em vez de centrarem a sua vida em terem mais e mais, esquecendo os outros.
Vem isto a propósito dos meus últimos livros. Fotografei-os para vos mostrar mas depois pus-me a pensar: querem lá as pessoas saber dos meus livros? Aqueles que andam às voltas a ver se os cem euros que têm até ao fim do mês lhes chegam, até devem ficar chocados com a facilidade com que eu gasto cem euros em livros.
Por isso, estou a escrever isto e ainda sem saber se vou levar este post até ao fim ou se, como às vezes faço, desisto, apago e escrevo sobre outra coisa qualquer.
A favor de falar de livros tenho o argumento de que, quem não tem possibilidade de ter, nem por isso deixará de gostar de saber ou de ver. Eu não posso viver num palácio veneziano e, no entanto, adoro ver fotografias deles. Ou coisas assim. Ou não tenho onde ir aperaltada com belos vestidos Armani e, no entanto, o que eu gosto de ver esses vestidos. Não sinto qualquer inveja do que vejo, sinto apenas curiosidade. E gosto de ver.
Bem, isto vai longo e eu, quando comecei vinha era com ideia de falar de um dos livros em particular e, com estes meus pruridos todos, já é tão tarde que estou a ver que já não vou conseguir.
Vou mostrar. Já me decidi.
Não sei se alguns já tinha mostrado antes. Creio que não, mas não ponho as mãos no fogo.
Destes, há livros que são uma beleza só ao toque como o último, Desenhar Nuvens. Que livro maravilhoso! Tirei algumas fotografias também ao interior porque é uma preciosidade mas não mostro já porque quero saboreá-lo com tempo e depois logo vos conto e mostro. E há um, de que ouvi falar faz tempo ao querido Leitor dbo e que só hoje descobri, o Às terças com Morrie, de que até já tinha aqui o post idealizado na minha cabeça. E há outros que folheei e que me parecem apelativos. E há as palavras de Júlio Pomar e eu adoro ler conversas ou ideias de pintores. Estava a pensar transcrever aqui um bocadinho mas alonguei-me tanto com as minhas hesitações que agora daria para muito tarde. Fica para outro dia. E o do Viriato que deve ser muito bom porque dali nunca nada desilude mas que o meu marido já daqui mo surripiou e já o começou a ler. Depois a ver se vos consigo falar dele. (Peço ao meu marido para fazer um resumo...)
E, com isto, fico com a sensação que mais valia ter estado calada e falar logo dos livros em si em vez de me pôr sem saber se havia de falar ou não. Agora tenho que me ir deitar e vocês devem ficar a achar que sou mas é maluca e que as minhas hesitações não interessam para nada, o que interessava mesmo era o que estava dentro dos livros e de que nem falei.
Ai.
Relembro: Cenas escaldantes entre o Cristiano e a menina Irina e cenas de bradar aos céus da autoria do Imperador CR7 são já a seguir. E um puto que dança que dá gosto é ainda um bocado mais abaixo.
Vem isto a propósito dos meus últimos livros. Fotografei-os para vos mostrar mas depois pus-me a pensar: querem lá as pessoas saber dos meus livros? Aqueles que andam às voltas a ver se os cem euros que têm até ao fim do mês lhes chegam, até devem ficar chocados com a facilidade com que eu gasto cem euros em livros.
Por isso, estou a escrever isto e ainda sem saber se vou levar este post até ao fim ou se, como às vezes faço, desisto, apago e escrevo sobre outra coisa qualquer.
A favor de falar de livros tenho o argumento de que, quem não tem possibilidade de ter, nem por isso deixará de gostar de saber ou de ver. Eu não posso viver num palácio veneziano e, no entanto, adoro ver fotografias deles. Ou coisas assim. Ou não tenho onde ir aperaltada com belos vestidos Armani e, no entanto, o que eu gosto de ver esses vestidos. Não sinto qualquer inveja do que vejo, sinto apenas curiosidade. E gosto de ver.
Bem, isto vai longo e eu, quando comecei vinha era com ideia de falar de um dos livros em particular e, com estes meus pruridos todos, já é tão tarde que estou a ver que já não vou conseguir.
Vou mostrar. Já me decidi.
Não sei se alguns já tinha mostrado antes. Creio que não, mas não ponho as mãos no fogo.
Destes, há livros que são uma beleza só ao toque como o último, Desenhar Nuvens. Que livro maravilhoso! Tirei algumas fotografias também ao interior porque é uma preciosidade mas não mostro já porque quero saboreá-lo com tempo e depois logo vos conto e mostro. E há um, de que ouvi falar faz tempo ao querido Leitor dbo e que só hoje descobri, o Às terças com Morrie, de que até já tinha aqui o post idealizado na minha cabeça. E há outros que folheei e que me parecem apelativos. E há as palavras de Júlio Pomar e eu adoro ler conversas ou ideias de pintores. Estava a pensar transcrever aqui um bocadinho mas alonguei-me tanto com as minhas hesitações que agora daria para muito tarde. Fica para outro dia. E o do Viriato que deve ser muito bom porque dali nunca nada desilude mas que o meu marido já daqui mo surripiou e já o começou a ler. Depois a ver se vos consigo falar dele. (Peço ao meu marido para fazer um resumo...)
E, com isto, fico com a sensação que mais valia ter estado calada e falar logo dos livros em si em vez de me pôr sem saber se havia de falar ou não. Agora tenho que me ir deitar e vocês devem ficar a achar que sou mas é maluca e que as minhas hesitações não interessam para nada, o que interessava mesmo era o que estava dentro dos livros e de que nem falei.
Ai.
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A música é Possibility por Lyke Li
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A música é Possibility por Lyke Li
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Relembro: Cenas escaldantes entre o Cristiano e a menina Irina e cenas de bradar aos céus da autoria do Imperador CR7 são já a seguir. E um puto que dança que dá gosto é ainda um bocado mais abaixo.
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E eu, por agora, por aqui me fico. Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa terça feira.
5 comentários:
ou votar no partido dos animais.
sou ateu, e por isso só acredito que tenho esta vida, mas mesmo assim não quero que se usem e façam sofrer outros seres vivos para eu ter mais uns anos, ou porque perdi o tesão ou porque não quero rugas ou o caralho - http://www.beaglefreedomproject.org/beagles_rescued_from_lab_testing_see_sunshine_for_the_first_time
a imaginação não tem limites - https://www.youtube.com/watch?v=AK18bdUEWSs
"Viciada em livros. Viciada", ora aí está um bom vício que não traz mal nenhum, antes pelo contrário. quando muito, aos bolsos. Ontem também me deu para comprar uns 3, na Fnac. Embora cada um tenha as suas preferências, o que importa é ler. Ontem, quando comentava sobre os 90 anos, deu-me para pensar: e quando bater a bota o que sucederá aos livros que para aqui tenho, uma quantidade deles? Quem se interessará por eles? qual será o seu destino? Oferece-los?
P.Rufino
QUERIDO UM JEITO MANSO: Ontem tive um fim de dia maravilhoso. Fui coma minha fiel colaboradora Ália do Céu à fundação Mário Soares, para "ouver" a ENORME MARIA DE SOUSA. apresentada por MS, seguiu-se o EDITOR DO LIVRO A GRADIVA,Seguiu-se a autora, ex+plicando a RAZÃO QUE A LEVOU A ESCREVER ESTE LIVRO. Estavamos nestes entretantos, quando surgiu a - LUZ, MARIANO GAGO O INESQUECÍVEL MINISTRO DA CIÊNCIA DO GOVERNO SÓCRATES. Pegou no tema do Einstein e de cor e salteado deu uma lição de fisica. quimica espaço e tudo o que possa imaginar. UIM VERDADEIRO SHOW MAN, Nunca esperei que MG fosse assim, pois levou a plateia ao rubro. Estava láo Xico Balsemão, a quem sugeri um programa de Ciência a brincar ou a rir, ou da maneira que se possa desejar. Disse-lhe que a SIC está uma desgraça, e eu como fundadora nem sequer passo por lá. Deu-me razão, disse que infelizmente o futebol é que está a dar, mas que ele próprio ao ouvir o MG LHE VEIO À CABEÇA, um programa de ciência a brincar. Perguntou-me se eu não queria retornar ao passado, eu disse-lhe que nunca voltava aos sitios onde fui feliz. Vou começar a ler o livro e depois conto.
Desculpe qualquer coisinha pois mudei para um computador mais potente, pois o XP vai desaparecer e estou um bocado ás aranha pois o técnico não me ligou a impressora, o skyper e outras porcarias e volta amanhã.
Cara UJM,
Também sou um viciado em livros. Bibliómano maluco, com plena consciência que jamais terei tempo de os ler, na sua maioria. Mas adoro manuseá-los, ler excertos e mirá-los nas sua quase geométrica postura ao longo das estantes abarrotadas e muitas vezes desorganizadas… e a esposa ajuda, com a sua mania das frequentes mudanças contra a monotonia paisagística dos interiores. Sei onde reside cada volume, mesmo que abafado por detrás de outra fila. Também procuro comprá-los a baixos preços e sou sócio do Círculo de Leitores há mais de 40 anos, com aquisições variadas e frequentes. Tal como a UJM, ainda consigo viver algo desafogado, mas também com descontos e cortes inimagináveis! Todavia, sem ser um S. Francisco de Assis, procuro lutar pelos que pouco ou nada têm, ajudando-os como posso.
Vejo que não esqueceu a minha sugestão, graças às terças-feiras que representam o dia que mais vezes interajo com o seu recanto – UJM. Recordo a sua leitura há já alguns anos. Confesso que gostei. Sou um sentimental e a história e seus ensinamentos mexeram comigo. Sei que os catorze encontros do mestre (Morrie Schwartz) e discípulo (Mitch Albom), mesmo afastados por longa distância, foram semanais, sempre às terças-feiras na casa do velho mestre (acometido de esclerose lateral amiotrófica). Nesses encontros falaram de temas cruciais para a felicidade e realização humana: o mundo, a morte, autocomiseração, remorso, envelhecimento, emoções, dinheiro, cultura…etc. Creio que vale a pena ler, pois não pertence à classe da lamechice.
Cumprimentos e muita saúde.
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