terça-feira, janeiro 29, 2013

Carla Bruni e Kate Moss andam como gatas mostrando o sentido de humor e a irreverência de Vivienne Westwood. E, para que não vos falte nada, os modelitos para a Primavera/Verão 2013


Carla Bruni e Kate Moss desfilam para Vivienne Westwood, alguns anos atrás. Delicioso o sentido de humor delas três. E a ver se as meninas minhas Leitoras se inspiram nelas para surpreenderem os namorados ou os maridos (a menos que eles sejam uns chatarrões e não mereçam). As que não tenham companhia nem de uma espécie nem de outra, podem inspirar-se na mesma para estarem preparadas para quando algum aparecer no vosso pedaço. 

A seguir, o desfile Primavera/Verão 2013 - para que as meninas escolham o que querem vestir (e para os meninos escolherem uma pecinha para surpreenderem as namoradas ou as mulheres, que nada como uns pormenores de imprevisibilidade para aumentarem a vossa graça).

NB 1: Os chatarrões que não apreciem estes meus conselhos podem ir já direitinhos ao Relvas, pode ser que lhe achem graça, está bem?

NB 2: E caso não achem graça a nada disto, olhem, não me levem a mal. Hoje estou com uma certa dificuldade em portar-me bem.









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No post abaixo deste as últimas do Relvas. 
A ver se não nos distraímos demais com isto do PS porque convém que alguém esteja de olho no Relvas.

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E, em princípio, ainda cá voltarei.


4 comentários:

dbo disse...

Cara UJM,
Após semanas de ausência e silêncios, sem mácula de doença física ou turbulência psíquica, eis-me regressado. Sempre disse que sou um defensor de pausas e silêncios, todavia, desta feita, ultrapassei a linha habitual.
Embora não seja desculpa, acredito na influência de alguns eventos nefastos correlacionados com o desaparecimento, sequencial e relativamente breve, de minha mãe e meu irmão mais jovem, no curto espaço de cinco meses, deste desaguar de 2012. No primeiro nada me causou estranhamento; do segundo resultou estilhaçamento, uma vez que de inexplicável suicídio se tratou. Acho-me fisicamente resiliente, pelo não pretendo clamar tristezas, nem lamuriar-me dos incidentes.

Fui lendo quase todos os seus escritos que, como sempre, me deleitaram, desde as suas belas e verrinosas prosas políticas às mais poéticas e artísticas apresentações, aqui e no Ginjal (Ah! Votei no seu blogue, com convicção, mas, perdoe-me, sem crença…).

Vi a imagem das suas árvores caídas. Assim como lacrimejaram a sua seiva, também me apeteceu soltar algumas lágrimas de tristeza e dor. Cada uma das suas esquírolas e galhos eram farpas no meu coração. Não tombaram voluntariamente, nem por desejo dos que as amavam, mas pela violência da intempérie que não escolhe momentos nem vítimas.
Quando garoto, adorava trepar as árvores, em simbiótica cumplicidade, cheirando o aroma das suas folhas e cascas, competindo poiso com os pássaros, mirando e remexendo seus ninhos, doce tentação. Dançava de galho em galho e, no tempo dos frutos maduros, lambuzava-me de suco e polpa. Delirava, num autêntico bailado, nas alturas
Por isso, hoje dói-me ver as árvores tombadas em lenta agonia e logo serem talhadas a dolorosos golpes de machados e serras, rumo ao seu último destino. Obviamente serão úteis nesse seu epílogo vital, mas deixarão de ser revisitadas, sentidas e acariciadas pelos seus amantes.

Um Jeito Manso disse...

Olá dbo,

Estava eu hoje a espantar tristezas, escrevendo e parodiando, quando li este seu comentário. A primeira reacção, quando vi o seu nome, foi de alegria pois andava apreensiva com a sua ausência. Às terças feiras esperava sempre que aparecesse com as suas belas palavras, sempre tão finamente entretecidas mas não vinha e eu estranhava, tal como estranhava que tivesse deixado de escrever no seu espaço. Claro que a gente teme sempre que alguma coisa não esteja bem. E vai esperando que afinal seja apenas preguiça, outros interesses, coisa simples e inofensiva.

Afinal hoje traz-me notícias tão tristes. Fiquei sem palavras. Se tenho sabido isso de viva voz acho que ficava a olhar para si sem saber o que dizer.

Pensei para logo com o que estava a escrever e vir aqui falar consigo mas não consegui. Por isso acabei de escrever aquilo do António Costa mas já não consegui continuar em tom de brincadeira como tinha estado até aí. E depois estive a responder a todos os outros para adiar o momento em que ia estar aqui a falar consigo. felizmente ainda tenho a minha mãe viva pelo que nem quero pensar na tristeza que deve ser a perda de uma mãe. Mas se isso é muito triste, imagino também a dor, a revolta, a incompreensão impotente perante a morte de um irmão e, ainda por cima, nas circunstâncias em que isso aconteceu. Imagino a sua dor imensa e imagino a devastação que duas mortes de pessoas tão queridas e num espaço tão curto devem causar. Estou a escrever que imagino mas acho que não imagino. Imagino, sim, a coragem que é necessária para seguir em frente apesar do coração dilacerado.

Estava eu a chorar pelas minhas árvores, pelo meu pinheiro ajoelhado, sem forças, e, afinal, agora, ao saber destas tristes notícias, sinto que a dor tem muitas gradações e a minha, comparada com a sua, é insignificante. Eu posso plantar novas árvores, eu posso arranjar utilizações dignas para os despojos das minhas árvores que, tal como as pessoas passam a 'corpos' quando morrem, se tornaram lenha. Mas uma mãe e um irmão que partem, partem para sempre. Ou talvez não. talvez não partam. Talvez fiquem a viver dentro do seu coração.

Gostaria de descobrir as palavras certas para o ajudarem a perceber como foi possível isso ter acontecido, terem partido os dois tão próximo um do outro e ele ter querido partir quando não era ainda a sua hora, mas não descubro. Talvez nem haja palavras para isso.

Por isso apenas lhe deixo o meu sentido abraço.

E volte sempre pois, como sabe, gosto muito de sentir a sua presença aí desse lado.

Isabel disse...

Gostei de ver o desfile.

Chegada aqui vi o comentário do seu leitor.
Um abraço amigo para ele. O tempo ajuda atenuar a dor.

Um beijinho para si UJM

Maria Eduardo disse...

Olá UJM,
Estive a ver os desfiles e acho sempre uma pena desperdiçar-se tanto material inutilmente, para mostrar peças inúteis, quase todas não são vestíveis. Tenho uma familiar que abraçou a profissão "estilista", e sei a quantidade de material que era exigida para os desfiles...digo era, porque os exageros também cansam. Mas tudo tem o seu lugar, é preciso inventar e mostrar as tendências, para que todos sobrevivam e a economia mexa!
Li o comentário do seu Leitor "dbo", e fiquei muito comovida pelo que contou. Venho deixar-lhe através do seu Blogue uma palavrinha de solidariedade. Já perdi os Meus Queridos Pais e uma irmã na flor da vida, e sei o quanto custa vermos partir aqueles que amamos e que fazem parte de nós, mas a nossa existência na vida passa-se como se fossemos numa longa viagem, no comboio da vida, todos juntos, lado a lado, com partidas e chegadas desencontradas, uns saem a meio da viagem pois não conseguem chegar ao seu destino. Um dia também chegaremos ao nosso apeadeiro e teremos que descer, e o comboio da vida prosseguirá a sua viagem para que uns o apanhem e outros descem. É a Lei da vida.
Deixo-lhe um abraço amigo.
Maria Eduardo