quarta-feira, outubro 02, 2024

A solidão (e a força) de uma mulher madura

 

O mundo inteiro deita-se a adivinhar se o Irão vai conseguir atirar algum foguete que consiga furar o chapéu de chuva de ferro que cobre Israel ou quem vai agora fazer o próximo movimento. Num artigo do NYT especulava-se sobre que mistério é este de o Irão estar tão sossegado a ver Israel dar cabo, um por um, dos líderes dos movimentos que são a sua força avançada fora de portas. Afinal hoje retaliou mas ainda não percebi se foi para ser a sério ou só um aviso.

Estas coisas são multi-facetadas e não vou nem ousar comentar o que quer que seja. Posso apenas dizer coisas vulgares como que repudio em absoluto movimentos terroristas, radicais, terroristas, retrógrados, cavernícolas, que atentam contra os direitos humanos, em particular os das mulheres. Em abstracto e em geral sou a favor da paz (desde que seja uma paz livremente aceite, não a que resulte da rendição de um povo injustamente agredido). Em absoluto condeno a invasão de um país que não respeite os limites territoriais internacionalmente aceites de outros países. Em geral e em abstracto parece-me uma aberração haver países que têm a sua base matricial não na história, não na língua, mas na religião, não aceitando pacificamente a convivência e a coabitação com pessoas de outras religiões. Em geral e em abstracto condeno em absoluto que se marginalizem ou ataquem pessoas só porque são de outra raça ou professam outra religião. Identicamente condeno em absoluto que se usem crianças como alvos ou meios de guerra. Generalidades.

No caso vertente, e mesmo à laia de aparte, espanta-me a capacidade de Israel a nível de serviços secretos e a nível militar e espanta-me o extraordinário domínio da ciência e da tecnologia que revelam. Os avanços tecnológicos e científicos que daí advêm para todo o mundo são sempre notáveis.

Claro que não confundo Netanyahu, a sua má índole e o seu condenável comportamento, os seus inclementes e brutais excessos, a sua atitude perante a política, a sua insana cruzada que parece ter como principal móbil o salvar a própria pele, com o direito de Israel a defender-se que esse creio ser inquestionável. 

Mas sinto que falar sobre estes temas requer um recuo para o qual não estou agora motivada e um arcaboiço que não tenho. Além disso, estou outonal, suave, toda eu serenidade, contemplativa -- ou seja, incapaz de escalar o discurso para os níveis que o momento provavelmente requer.

Também não me apetece falar da disparatada encenação promovida por Montenegro e pelos seus desclassificados ajudantes apadrinhada pelo desestabilizador-mor. Mas, para falar verdade, também não percebo porque é que, face a esta cambada e à estúpida maneira como se comportam, não percebo porque é que Pedro Nuno Santos para aí anda a expor-se a falatórios e não diz simplesmente: apresentem o raio do orçamento que o analisaremos e depois logo nos pronunciamos.

Mas, portanto, enquanto vou acompanhando (um pouco à vol d'oiseau) o que por aí anda voando em nossa volta, vou vendo alguns vídeos que me parecem interessantes.

Este aqui abaixo, com a Marília Gabriela, é muito interessante. Dá que pensar. Não sei se ela ainda vive em Lisboa. Mas, independentemente disso, até porque nada tem a ver, faz-me um pouco impressão que uma mulher como ela diga que o telemóvel está silencioso, que está sempre sozinha. Mas compreendo muito bem o que ela diz. Quando se tem uma vida profissional muito activa, tendo que conviver diariamente com muita gente, é natural que se chegue ao fim do dia com vontade de ir para casa descansar e não de sair para ir para os copos...

Uma entrevista a ver.

Marília Gabriela e o sexo, a idade e a solidão! | Admiráveis Conselheiras | GNT


Dias felizes

Sem comentários: