terça-feira, outubro 26, 2021

Se o PCP e o BE chumbarem o Orçamento poderão estar a ajudar a colocar a direita mais trauliteira no Governo.
Antes de o fazerem, daqui vai o meu alerta:
será o seu fim pois Portugal segue o velho princípio de que Roma não paga a traidores

 

Foi o PCP e o Bloco de Esquerda que, há uns anos, em conjunto com a direita, puseram o Passos Coelho e o Portas no poder. Foi Passos Coelho com o Portas a reboque que quiseram ir além da troika, enxotando os jovens mais válidos do país, vendendo as empresas portuguesas a preço de uva mijona a outros países, empobrecendo e quase aniquilando o país. Na génese da ascensão da direita ao poder esteve o espúrio e infame conluio com o PCP e com o BE -- e isso o País não vai esquecer, nunca.

Aparentemente, o quadro vai repetir-se. Parece que, uma vez mais, os dois partidos à esquerda do PS vão fazer o que está ao seu alcance para colocarem a direita no poder. A acontecer, temos sérios riscos de virmos a ter a direita trauliteira no poder, uma direita mesclada de estupidez, populismo e arruaça. Se calhar, teremos a galinha cacarejante como primeiro-ministro, o puto Chicão como vice-primeiro ministro e o Ventura quiçá como ministro da Administração Interna. Se isto acontecer, se esta miséria acontecer, acontecerá pela mão do PCP e do BE que, uma vez mais, de forma imperdoável, abrirão as portas à direita mais canalha.

Intriga-me porque o fazem. E só encontro uma explicação. 

Com um Governo competente e que tem obtido resultados louváveis -- antes e depois da brutal crise causada pela pandemia --, um Governo que tem sabido governar de forma equilibrada, humana, inteligente e com o coração à esquerda, o PCP e o BE não conseguem mobilizar o eleitorado para vir para a rua. Protestar contra quê, se as pessoas estão globalmente satisfeitas e confiantes? Podem andar inquietas com receio de nova vaga de covid, com receio da crise energética internacional, podem recear a incerteza que desde que o corona apareceu paira no ar -- mas estão confiantes no sentido de responsabilidade do Governo.

Esvaziados, com votações cada vez mais insignificantes, o PCP e o BE, para subsistirem, acham que têm que ter um inimigo no Governo. Com um Governo de direita, incompetente, que atente contra os direitos dos trabalhadores, o PCP e o BE estão na sua praia, com pretexto para fazerem oposição, baderna nas ruas.

E é assim -- cagando para o Povo que dizem defender, cagando para o bem estar das pessoas, cagando para o equilíbrio das contas e para a dinamização económica, cagando para a estabilidade necessária ao crescimento do País -- o PCP e o BE não se importam de vender a alma ao diabo para ver se conseguem subir uns pontozecos nas próximas eleições.

Mas estão muito enganados. Muito. O País não lhes perdoará mais uma traição. 

Se forem adiante com o voto contra o Orçamento, o PCP e o BE receberão a paga que Roma guarda para os traidores. Roma traditoribus non premiae.

7 comentários:

aamgvieira disse...

Já se esqueceu do que o Manhoso fez ao António José Seguro ?

A.Vieira

Anónimo disse...

Lido por aqui :
"Ou seja, os poucos por cento que o PCP representa já não têm muito a ver com nada da vida real."
Apesar de velhos caquéticos sempre serviam para alguma coisa nem que fosse para levar bengaladas de quem tinham servido durante anos sem receberem nada em troca.

Smiley Lion disse...

Afinal, e se bem entendo, a avaliação que faz da governação do PS é bem negativa, dado que já é assumido que a direita é que vai ganhar as futuras eleições. Não julgava que fosse tão critica do governo do Costa.

Por outro lado dizer que o PCP e o BE influenciam o povo a votar (2011 e em 2022 ?) nos partidos da direita em detrimento de si próprios, digamos que é um bocado estranho!! Parece-me mais uma sacudidela da água no capote das falacias do governo PS.

Manuel Torres disse...

Concordo em absoluto com tudo o que escreveu.
Parabéns!!!
Já não se deve lembrar de mim com um outro comentário aqui há anos, de crítica.
É assim a vida!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Não tenha dúvida que essa possibilidade é muito forte. Espero que não, mas...

Um bom serão

Corvo Negro disse...

Cara UJM, racionalmente seria de facto assim. Mas.... o Povo tem memória curta e o que ainda resta dela é proporcional à literacia do dito Povo, que é pouca.
Assim, esticada que foi a corda até partir (o Governo aguentou enquanto pôde) irá haver eleições e, no ato, as "palas de burro" irão continuar a ser usadas, quer à esquerda quer à direita.
Gostava mas, neste contexto, não acredito que o PS venha a ter maioria absoluta porque a esquerda, toda ela, vai ser "castigada" pelos tansos do costume com a mui prestimosa ajuda da Comunicação Social toda opada pela direita à qual veneranda se confessa todos os dias.
Quando virem as 40 horas de trabalho de volta, o SNS desmantelado (quem quiser saúde que a pague), os salários e pensões congeladas ou reduzidas, e, no lombo, mais uma qualquer Taxa de Salvação Nacional (justificada por um qualquer fantasma que na oportunidade inventarão), então os burros com palas irão perceber o logro em que, mais uma vez, se deixaram enrolar.

Um Jeito Manso disse...

Caros Todos,

Creio que, mais ou menos, vos terei respondido no post de hoje. Se não, por favor disponham.

E vamos esperar que impere o bom senso no panorama político português.

Dias felizes.