Só isso.
Nem orçamentos rectificativos, nem o diabo em pessoa e em pelota a abrir a gabardina à frente da bancada parlamentar do PSD, nem nada do que os laranjotas previram. Nunca acertam. Bem chamam o capeta, bem prevêem desgraceiras, bem rogam pragas. Nada.
E agora, nisto, também não. Quando vejo um autocarro, olho lá para dentro a ver se foi desta. Mas qual quê? Tudo tranquilo. Nem as notícias nos dão conta de tragédias relacionadas com enchentes, tareias na disputa por um lugar. Nada.
Longe vão os tempos em que eu, para me enfiar dentro do 15, penetrava à força, tentando adelgaçar-me para caber em interstícios invisíveis, indo todo o percurso a respirar o ar expirado pelos outros e sempre em risco de não conseguir sair na paragem devida. Longe.
Tirando isso, nada mais a dizer. A vida continua sem dramas no mundo dos transportes públicos.
Entretanto, milhares de pessoas podem viver uma vida mais folgada. Se a ideia brilhante foi do Medina, do Costa, da Catarina, do Jerónimo ou dos autarcas laranjotas que aderiram tanto se me dá. Foi uma ideia brilhante a todos os títulos e isso chega-me. E ainda quero esperar mais uns dias antes de me pronunciar sobre o trânsito em Lisboa pois estes 3 dias podem ter sido abençoados por algum outro motivo não identificado. Mas espero ter também boas notícias.
3 comentários:
Longe vão os tempos em que eu, para me enfiar dentro do 15, penetrava à força, tentando adelgaçar-me para caber em interstícios invisíveis
Longe vão os tempos ?
Devia tentar apanhar o 15 ontem às 10:30 h. Eléctricos (zero), People + de 300...
O meu 15 era um autocarro. Na volta as 300 people estavam à espera de ver um eléctrico que nunca mais passava e não apanharam o autocarro que estava a passar quase vazio.
:)
e estou a brincar mas agora a sério: tenho olhado para as paragens e para os autocarros e eléctricos e não nota qualquer diferença.
Foi uma excelente medida, que só por cegueira política enviesada, a oposição de Direita critica. Mas, aquelas críticas têm uma razão de ser, ou uma explicação: é que, deste modo, a ideia que a Direita tinha de privatizar os transportes públicos, ou alguns desses, como a Carris, serviços de autocarros vários, a linha férrea que serve Cascais-Lisboa, um dia que voltasse ao Poder, esboroa-se, pois quem vai comprar tendo de manter estes passes?
A hipocrisia das críticas a esta medida é no mínimo miserável. Há pessoas que irão beneficiar entre 250 a 500 euros, ou mais por ano! Este Governo pode ter algumas razões de queixa e eu próprio aqui já as referi, em minha humilde opinião, mas é patético criticar medidas que vão beneficiar quem mais delas precisa. Ainda outro dia, um comentador/advogado, o Júdice, com aquele sorriso cínico que o caracteriza, criticava esta decisão, mas, naquela sua pose fingida de sapiência. Só ao "estalo"!
P.Rufino
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