quinta-feira, janeiro 17, 2019

Uma casa decorada com muito bom gosto



Tenho conhecido casas muito bem decoradas. Tenho também experimentado a sensação desagradável de estar em casas em que tudo é depressivo ou de péssimo mau gosto.

Conheço pessoas que não gostam nem sabem decorar as suas próprias casas e contratam decoradores. Dois deles (que nada têm a ver um com o outro -- e digo isto pois poderia tratar-se de um casal), por exemplo, quando mudaram de casa, contrataram a decoração integral da casa, desde móveis, iluminação e, até, bibelots e quadros. Ouço isto com um arrepio interior. Eu, que sou toda de casa, escolho tudo, cada peça, cada pormenor. Seria do além ter alguém aqui a decidir por mim o que pôr em cima do mõvel ou aparecer-me aqui um sofá, uma mesa e cadeiras ou um candeeiro que não escolhi -- coisa mais grave do que ter aqui em casa uma mulher a fazer de conta que era mulher do meu marido.


Uma pessoa tem a ideia que os homens homossexuais têm, em regra, muito bom gosto. Conheço um (não assumido) que, pela descrição que me faz da sua casa e das peças que lá tem, deve ser um tremendo wannabe, coisas caríssimas, armadas em coisas altamente estilosas mas que, para meu gosto, devem ser de susto. Mas talvez seja a excepção. Ou, na volta, é por ser não assumido.

Mas acredito que tenham uma sensabilidade mais apurada do que os hetero. E acredito sobretudo desde um episódio de que aqui já falei. Havia uma loja de móveis muito grande que tinha mõveis muito bonitos. Não é aquela loja cujo dono fornecia embaixadas e que também era antiquário. Não, esta era o oposto. Ali não havia móveis de estilo inglês nem coisa que se lhe parecesse. Eram móveis de grande porta, móveis todos eles design, madeiras geralmente claras, madeiras exóticas. Aparadores compridos e largos, bibliotecas imensas, mesas de sala de jantar enormes, sofás de quatro ou cinco lugares, tecidos luxuosos. Comprei lá o quarto dos meus filhos, o aparador da copa e mais um ou outro móvel solto. E comprei pois tinham uma linha de produtos de boa qualidade mas 'normais'. Eu via as montras, outras vezes entrava, e ficava pasmada com aquelas mobílias tão extraordinárias (e caras!) e com a rotação que indiciava que arranjavam compradores para aquilo. Uma vez perguntei: Mas quem é que compra estes móveis? Tem que ser gente com grandes casas pois isto não cabe em casas com divisões normais. E gente com muito dinheiro.


A senhora da móvel explicou-me: Temos uma clientela predominantemente gay. Têm muito bom gosto e um grande poder de compra.  Como não têm o quarto dos filhos, deitam paredes abaixo e ficam com grandes divisões que aguentam muito bem este tipo de mobílias. São os nossos melhores clientes. E disse que muitas vezes compram andares com uma grande vista. 

A loja acabou por fechar. Penso que o Ikea acabou com muitas destas lojas. Era como a Conceição Vaz Costa. Comprei a minha cristaleira lá. É um dos móveis da minha casa de que mais gosto. Muito sóbrio, muito elegante. Ainda a loja era na Artilharia Um. Depois abriu aquela loja enorme ali ao pé do IADE, perto de onde oje é o enorme escritório Vieira de Almeida. Era uma loja espectacular. E um dia fechou. 

No Colombo também havia uma boa loja. Desapareceu. Agora, no Colombo, há apenas a Area 8 que não tem nada de clássico mas que tem coisas de muito bom gosto, design e estilo a valer (e preços a condizer)


[As fotografias que aqui usei para 'enfeitar' o texto são de uma casa de campo muito bonita em França e, ao vê-la, lembrei-me da casa de um casal francês que uma vez visitámos numa zona de campo perto de Versailles.  O meu marido conhecia o francês e, uma vez que fomos a Pars, ele fez questão de nos receber para um almoço delicioso e muito atípico. A casa era uma luminosa moradia de dois pisos aberta para um terreno relvado com uma grande árvore de tipo chorão]

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Mas vem isto a propósito de um vídeo de que o algoritmo do YouTube achou que eu ia gostar. E gostei. Um casal mostra a sua casa. Que casa fantástica. Vejam, por favor, pois vale a pena.




PS: Não me apetece falar do Brexit, essa galinha pelada e sem cabeça que por uma daquelas coincidências do destino foi parar às mãos da desengonçada May que parece outra galinha que tal. Também não me apetece falar do PSD, esse saco de gatos que mais parecem ratos, onde não há quem tenha estilo ou ponta de graça. E ainda estou a perceber se completo a minha reportagem de Lisboa ou se me deixe disso.

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Talvez até já.

19 comentários:

Anónimo disse...

Há gostos e gostos! Essa decoração que nos é mostrada nas fotos do Post não gosto.É péssima! E as cores, quer do sofá rosa e o outro, etc, tudo aquilo é de meter medo!
Concordo consigo quanto às observações subsequentes que faz.
Quanto a alguém contratar outrem (uma dessas decoradoras da treta! Mas, carérrimas!) para lhes decorar a casas é de novo rico/a - ou pior.
Alguém, no seu bom senso, com gosto (e estima) pela sua casa, vai solicitar a um/a terceiro/a para lhe fazer esse serviço?
Infelizmente, conheço algumas pessoas que assim agem. Curiosamente – e só podia ser – gente com dinheiro. Que, por prosápia, por atitude de novo-riquismo, por imbecilidade, e outros motivos, se coloca nas mãos de uns/umas tantos/as “artistas” desse tipo para lhe “enfeitarem” a casa. É patético!
Quanto ao filmito dos dois, devo dizer-lhe que, simplesmente, não tenho pachorra para gays! Não tenho! Um raio que os parta! E estou-me nas tintas que me chamem homofóbico. Quero lá saber! Para o Diabo que os carregue!
P.Rufino

Isabel Pires disse...

UJM, recentemente fiz uma mudança significativa, o que incluiu a opção de deixar um duplex grande para habitar um T1 antigo (totalmente remodelado), de um bairro tradicional.
A decoração foi um desafio valente, dadas as diferenças de escala a que estava habituada (e a consequente selecção de coisas para dar, deitar fora e ficar), o ter de lidar com medidas não standard e as opções de gosto/funcionalidade/orçamento que me convinham, e também ao facto de querer manter traços tradicionais da casa e ao mesmo tempo não comprometer a sensação de "arejamento" que uma casa deve ter, daí a opção por branco, linhas direitas e transparências (vidro e "acrílico", espelhos).
Estudei ao pormenor cada divisão, canto... (ainda sei as medidas de cor, para além de ter guardado os meus desenhos, e fiz imensas pesquisas de mobiliário e peças de decoração de acordo com aqueles meus critérios.

Na minha opinião, a decoração de uma cada deve estar de acordo com a identidade de quem a habita, com a sua história pessoal e com o seu posicionamento no mundo. O que me encanta na decoração - sim, a decoração encanta-me - é a possibilidade e a forma de contar histórias que lhe está associada. Também por isso a minha casa tem algumas peças / opções ao lado ou improváveis para o espaço em questão, mas que para mim fazem sentido.

A minha casa tanto tem peças do Ikea (o grosso do mobiliário; alerto para o facto de existirem vários níveis de qualidade / preço), como peças de autor.

Ao longo do tempo em que estive muito dedicada ao trabalho de erguer o meu espaço, troquei impressões com pessoas da área (também da Área 8 :)), incluindo decoradores.
Também, já depois do desafio grande, participei gratuitamente numa masterclass com a Gracinha Viterbo.
Friso estes aspectos para fazer notar que um decorador, um decorador digno desse nome, não se substitui à escolha e ao gosto de quem lhe requisita os serviços. Um bom decorador arranja soluções adaptadas ao perfil de quem recorre aos seus serviços, incluindo o gosto, a história de vida, as ambições, o dia-a- dia... dos clientes.
Quero também com isto dizer que reconheço que ambas as opções - fazer a sua própria decoração ou encomendá-la - são igualmente válidas porque ambas podem e devem estar de acordo com o respeito pela identidade de quem as habita. E há quem não consiga fazê-lo sozinho, como outras coisas da vida em que se tem de recorrer a terceiros.

Não gosto de nenhuma das casas que mostras e não me sentiria bem a viver nelas. Coisas a mais, paredes coloridas e preenchidas, excessiva parafernália de objectos em salada de frutas... Mas estão bem do ponto de vista estético.
O gosto pessoal não tem de afinar com todas as opções esteticamente equilibradas.


Não posso deixar de notar o "detalhe" do homossexual não assumido.
Qual é a diferença entre um homossexual não assumido e um homossexual assumido? Qual é a diferença entre o heterossexual assumido e um heterossexual não assumido?
Eu não assumo coisa alguma e não deixo de assumir coisa alguma, perante o mundo, no que à minha vida pessoal/íntima diz respeito. Viver chega-me, e é isso que quero para mim e para os outros.
O que os outros vêem e interpretam da minha vida pessoal não me interessa nem uma lasca de unha. O contrário também é verdadeiro: não tenho um fio de interesse por esse "departamento" dos outros, a ponto de abandonar conversas em que "se trata" desses assuntos.

Para além disso, considero que este tipo de expressões contém discriminação que não é para acontecer.

bea disse...

Bom. Já percebi que não tenho ponta de bom gosto, mas na verdade é assunto que pouco me interessa. Habito sem muita prerrogativa e pouco exijo. O ambiente da casa não tem que ser a minha cara porque nem sei qual seja ela. Gosto de conforto. Detesto cores muito garridas e paredes pintadas de cor forte porque me cansam os olhos. Não tenho paciência nem para decoradores nem para decorar. Vi o vídeo e as fotos e não tenho nada contra. Apenas que se gasta muito dinheiro mal gasto e há preocupações para mim absurdas, são outro mundo, coisa que não me ocupa o pensamento. Portanto termino aqui, esgotou o tempo de antena da decoração:)

Isabel disse...

Eu gostei da casa. Há lá muitas coisas que não me importava de ter . Gosto de casas com misturas e com muitas coisas. Não gosto de minimalismos.
Mas mais uma vez é tudo uma questão de gosto.

Beijinhos e que tenha a continuação de boa semana:))

Anónimo disse...

UJM,
Essa do "homossexual não assumido" fez-me lembrar...Paulo Portas. Porque terá sido?
P.Rufino

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Hoje tenho que lhe dizer que, nos dois temas, estamos em campos opostos.

oGsto de decorações que refletem a alma de quem lá vive e que fazem com que as pessoas se identifiquem com o espírito do lugar -- e isto quer através da conjugação de objectos pessoais, cores que transmitem uma boa onda, equilíbrio de proporções e alguns apontamentos inesperados. E, por isso, sou ecléctica nos gostos. Não gosto de casas rígidas, depressivas, excessivamente convencionais ou monótonas.

Quanto aos homossexuais não é tema que me cause repulsa, rejeição ou o oposto. É um tema relativamente ao qual sou neutra. Aceito tudo o que vem da natureza. Não simpatizo nem mais nem menos consigo por ser hetero pois, estou em crer, não é sua opção nem algo que resulte de esforço da sua parte. Nasceu assim. Se tivesse nascido homo seria coisa que também seria independente da sua vontade e que não influenciaria a estima que sinto por si.

Uma noite tranquila, P. Rufino.

Um Jeito Manso disse...

Olá Isabel Pires,

Sabe como fiquei ao ler este seu comentário? Desejando ver a sua casa... Eu que adoro casas fiquei doidinha da vida com o que contou. Por um lado porque é uma corajosa como eu gostava de ser. Não sei se essa mudança foi por vontade ou necessidade mas, seja como for, foi preciso coragem.

Padeço do mal de pensar que, um dia que gostasse de ir para uma casa mais pequena, sofreria imenso por ter que me desfazer de tanta coisa. Como conseguiu?

Mas, ao mesmo tempo, que leveza a de começar uma vida nova numa casa nova, com muito menos tralha.

Mas fiquei também em pulgas por pensar como deve estar agradável a sua casa nova. Bolas, Isabel, agora como vai fazer? Fotografar tudo, tudo, tudo e fazer um big post no seu blog para me mostrar? Pense lá nisso, ouviu?

E sim, sei que os decoradores trabalham em conjunto com os donos das casas. Excepto quando eles delegam completamente.

Mas deve ser uma profissão boa, boa, boa. Não me importava nada. Adoro arranjar casas, decorar, olhar para um espaço e pensar: aqui ponho isto, ali aquilo. E parece que vejo como vai ficar.

Isso do homossexual não assumido: digo isto porque ele gosta de contar anedotas de bichas, gosta de duvidar da macheza dos outros. E é todo casado e faz-se de machão. Mas cá para mim tudo aquilo é para disfarçar. Acho eu. Mas, claro, sabemos lá nós? E o que temos a ver com isso, de facto? Nada. Era o que me faltava que alguém viesse duvidar do que sou ou deixo de ser. E é isso mesmo: não tenho satisfação a dar sobre uma coisa destas.

Mas é o peso das convenções e a influência da sociedade que, nesse como noutros aspectos, ainda não descolou dos velhos tempos (sem ofensa para o P. Rufino).

E agora, Isabel, pense lá em como vai descalçar a bota.

Abraço!

Um Jeito Manso disse...

Olá Bea,

A sério? Não liga pitada à casa. Na volta é como uma das minhas primas.

Morava num andar e fio morar para uma bela moradia, em área bem maior que o andar. Mudou e comprou o que faltava. levou o principal para a casa nova. Depois era para ir buscar as cortinas e outras coisas que ia aproveitar na casa nova. Mas nunca mais ia tratar disso. A casa nova continuava sem cortinas, sem alguns candeeiros, com peças omissas. E não punha o andar à venda, à espera de lá ir buscar as coisas.

Mas não sabia se as coisas da casa velha ficavam bem na casa nova. E o tempo ia passando e ela neste dilema e nesta inércia. Um dia disse: ainda te peço é a ti que me resolvas isso e digas o que é que se aproveita e para onde é que se aproveita e me dês uma reviravolta na casa.

Fiz-me desentendida pois tenho lá eu tempo para uma empreitada daquelas. Mas, confesso, seria tarefa que, noutras circunstâncias eu agarraria.

E repare como me entusiasmo a falar nisto... Contrasta com a sua impaciência...

Abraço, Bea!

Anónimo disse...

Olá Isabel, bela professora,

Fico contente que goste. Eu também gosto de casas com vida, com objectos, com memórias, com cores.

Gosto sempre de ver imagens da sua casa com as suas flores, os seus recantos e objectos queridos.

Beijinhos!

Um Jeito Manso disse...

Pois, P. Rufino, isso não sei. Não sei se ele é não assumido, seja do que for pois o meu conhecimento dele não me permite chegar até aí. O que sei dele é que é um animal de palco, um artista, tem um jeito e uma habilidade para ser uma coisa e o seu contrário, para dizer uma coisa e o oposto do que defendeu até instantes antes. É um vivaço. Agora uma coisa eu sei: a ele eu não compraria um carro usado. Ná.

Um Jeito Manso disse...

olá Isabel de novo,

Mas então não é que o meu comentário saíu anónimo...? Não me pergunte porquê. É certo que já estou a ficar perdida de sono... Troquei as mãos mas não sei como.

Mas pronto, sou eu.

bea disse...

é verdade UJM, contrasta mesmo. Mas jamais eu pediria a alguém para me decorar a casa ou decidir por mim o como dos objectos que me rodeiam. É verdade que tenho coisas penduradas para nunca e são relacionadas com o assunto. Que até me prejudicam porque quando as preciso não as encontro. Mas não as deixo para outros, salvo se a morte me surpreender pelo caminho, terei de ser eu a dar-lhes lugar. E não sou impaciente, apenas esse não é o meu assunto. Não terei muita propensão. Por uma quantidade de razões que não são para aqui chamadas, o bom gosto não fez parte da minha educação senão quanto à formação do carácter que o resto nem sequer me foi apresentado.
Melhorinhas do bom humor que acredito há-de voltar bem como a fluência das palavras que tanto lhe pertencem

Isabel Pires disse...

UJM, mudei por vontade e não por necessidade externa. Quis sair da zona de conforto para abraçar uma nova geografia, que está mais alinhada com a minha geografia interior.
Tinha uma casa grande, boa e pela qual pagava pouco, com uma localização que me levava a fazer apenas 20 Km diários de carro. Mudei para um T1 de cidade grande, o que implica fazer 220 Km (duzentos e vinte, sim) por dia, com outros custos de deslocação e tempo associado, de comboio e carro.

Ao longo do processo, até porque não havia imperativos externos que me obrigassem a alterar o quadro, tive essa sensação de ser necessária coragem. Coragem é a capacidade de seguir apesar dos medos, e houve medos, dúvidas e riscos, que tive de ponderar e gerir.

Não sou de juntar muitas coisas físicas, porque não gosto e porque considero um bem para mim; uma sensação de despojamento e leveza, até de melhor controle sobre mim.
Mesmo sem ser por razões de mudança de lugar, acontece com alguma regularidade desfazer-me de roupas e livros, e às vezes outros objectos. Não uso, não tem utilidade para mim, não gosto, quero substituir... mas está em bom estado, então dou. Roupas e sapatos vão para os respectivos contentores (não dou a conhecidos, amigos... é a forma impessoal que utilizo); livros vão para bibliotecas.
Portanto, não houve sofrimento pelo facto de ter de me desfazer de mais que a conta.

A casa está muito agradável, funcional e bonita, de um bonito elegante e sóbrio como eu gosto.
Mas não vai ser mostrada. Na minha perspectiva, o espaço em que habitamos é um espaço íntimo, e a intimidade não é para ser mostrada em coisa pública.
No blogue já falei duas ou três vezes de questões relacionadas com a casa, e mostrei um lustre e um manequim de costura, mas apenas como ponte para o que queria dizer e como exemplos.
Com o propósito de mostrar algo meu, que é do foro privado, não vai acontecer.

Anónimo disse...

UJM,
Há casas com uma decoração interessante e agradável, onde pode conviver alguma sobriedade com algo mais moderno, desde que sem excessos. Agora as do Post são, na minha opinião e de minha mulher, de susto. Há ali uma tendência, um tipo de gosto, que não joga bem. Por cá, ambos damos opiniões, embora, numa boa parte das vezes acabo por concordar com ela e dar-lhe espaço decorativo. Traço algumas linhas vermelhas como por exemplo os tais excessos de modernismos. Mas, enfim, o importante é sentirmo-nos confortáveis nas nossas casas. E nós gostamos de casas grandes, para receber malta amiga e família. Mas, lá está, cada um é como é.
Quanto aos gays, quero que eles se lixem!
Bom fim de semana!
P.Rufino

Um Jeito Manso disse...

Bea, olá,

E, no entanto, apesar do que diz e de, por vezes, as suas palavras serem um pouco secas, talvez austeras, talvez como talvez seja também a decoração da sua casa, sente-se em si a amabilidade sem floreios e um sentido de observação quase acutilante.

Seremos muito diferentes, sim, mas simpatizo consigo.

Um sábado feliz, Bea.

Um Jeito Manso disse...

Olá Isabel Pires,

Também em relação a si digo: somos muito diferentes. E, no entanto, acho o que diz e o que paree ser a sua maneira de ser muito interessantes. É muito directa, muito clara no que diz e eu gosto de ler e, provavelmente, gostaria de ouvi-la se a conversa fosse ao vivo.

Tudo o que diz me parece extraordinário, corajoso, curioso. Se agora se sente mais leve, deve ser bom. Foram, certamente, decisões acertadas e, se calhar, agora sente-se mais livre, mais disponível e isso é do melhor que há.

Fico muito curiosa em relação a tudo o que diz. Parece-me tudo muito apelativo, meio misterioso e muito inspirador.

E percebo que não queira mostrar a sua casa, claro que percebo. (Mas fico com pena, sou um bocado cusca...)

Um sábado muito bom, Isabel.

Um Jeito Manso disse...

P. Rufino,

Reveja lá esses seus conceitos. Decoração, cores, 'modernismos', orientações sexuais... etc. A vida é diversa, é bela na sua diversidade. E todas as pessoas têm direito à inclusão e ao respeito alheio. Revela lá esse conservadorismo que isso já não está com nada, ouviu...? :)

Um bom sábado, P. Rufino.

Um Jeito Manso disse...

P. Rufino,

Queria dizer: 'reveja' e não 'revela'

É do sono...

Anónimo disse...

UJM,
Não são apenas os "meus" conceitos, mas os nossos, meus e, sobretudo, de minha mulher, no que eu concordo - inteiramente. Essa decoração é simplesmente...horrenda! Mas, lá está, gostos não se discutem! Assim dizia uma velha Tia-Avó minha.
Quanto à rapaziada gay, ambos cá em casa, filhos incluídos, temos muita pouca pachorra para os aturar. Mas, novamente, cada um olha para o fenómeno como quer. Repito, que se lixem!
Bom Domingo!
P.Rufino
(PS: parabéns pela reportagem sobre Lisboa e os seus "cantinhos". Outro dia, parei, à hora do almoço, numa ruazinha, cujo nome não me recordo, ali perto da "catedral da Democracia", a A.R, a fim de petiscar qualquer coisa e descobri que vendiam uns queijinhos do Alentejo, absolutamente soberbos! Uma tentação! Lá dei cabo do meu colestrol, antes do jantar, como aperitivo (eu e minha mulher). Com um vinho branco. Isto, antes do jantar! Felizmente, cá por casa, sabe-se lá porquê, ninguém é gordo, bem pelo contrário.)