segunda-feira, outubro 08, 2018

Clara de Sousa: eis a verdadeira chefe da oposição a António Costa.
Mais assanhada e tendenciosa do que a Cristas, o Rio, o Negrão, o ex-Passos, o ex-Portas, os Jotas mais fanáticos.


Confesso: não tenho paciência para ouvir dominicalmente o Garganta Funda de todos os regimes, essa pequena criatura que obtém informações não sei como e as processa para, de forma manipuladora, fazer de conta que está a ser isento. Não tenho. Há peditórios para os quais já mais do que dei. 

Mas este domingo estava distraída a pintar as unhas, não estava a prestar atenção e, às tantas, quando dei por ela, não me apeteceu ir à procura do comando e, sem querer, para meu espanto, prestei atenção foi a ela, à Clara de Sousa.

Não tinha ideia formada a propósito dela, tenho ideia que nunca se destaca muito. Se tivesse, assim de repente, de dizer alguma coisa acerca dela, lembrar-me-ia que publicou um livro de culinária e que tem aparecido a falar nisso. 

Mas hoje ouvi-a e fiquei petrificada: a senhora esquece-se que é jornalista. 

Tendenciosa, fútil na forma como faz oposição, o sectarismo a toldar-lhe as ideias. Notoriamente não gosta de António Costa, odeia o Mário Centeno, abomina o PS. Se vem à baila que o défice vai situar-se na vizinhança do zero, a senhora diz que é o Mário Centeno a trabalhar para a imagem. Se o orçamento de 2019 vai ter um alívio sensível, ela diz 'mas não tem nada para distribuir'. Teve que ser o Marques Mentes a corrigi-la: é bom um orçamento com o défice perto do zero e tem, tem muito para distribuir. 

Para meu espanto, o agente do PSD de serviço aos domingos à noite foi ali o moderado. A jornalista foi a fundamentalista, a agente da direita mais trauliteira.

Numa televisão séria, alguém lhe chamaria a atenção e a avisaria: se a menina Clara de Sousa quer fazer campanha política, inscreva-se num partido, desenvolva trabalho partidário -- agora não, mas não mesmo, enquanto estiver no seu exercício profissional de jornalista. Enquanto estiver a trabalhar, abstenha-se de fazer campanha. Seja objectiva, isenta, séria. E, se não for capaz, pois que desande e vá apresentar um programa de culinária.

Em resumo: se antes não via o Marques Mentes por ele ser como é, agora é que não vejo mesmo porque se há coisa que não suporto é ver péssimo jornalismo, ainda por cima em horário nobre. A SIC fede. Já chega. 

1 comentário:

Janita disse...

Gosto da Clara de Sousa, mas não tenho um único livro seu de culinária. Disso se encarrega a minha filha, que os tem, por ela e por mim.

Garganta Funda? Mas...o senhor é tão baixo como pode ter uma garganta assim tão pro)funda?

Vai desculpar-me, mas estou a ver que a UJM já anda a treinar-se para a política, começanco pela maledicência ?!?!

Vim só dizer-lhe isto, agora tenho de ir pregar para a minha freguesia.

Votos de noite tranquila e de um sono bom.