quarta-feira, agosto 13, 2025

Se não demitem a Ministra Ana Paula Martins, pelo menos transfiram-na para a Secretaria de Estado dos Inquéritos (a criar)
-- De novo, a palavra ao meu marido --

 

O que aconteceu ontem é mais uma vez inacreditável e põe Portugal no mesmo patamar que os países mais pobres que não se preocupam ou não têm condições para se preocupar com a saúde dos cidadãos. Uma mãe ter um bebe à porta do supermercado no centro de uma cidade, sendo o parto assistido pelo avô, porque ninguém atendeu no SNS24, é motivo mais do que suficiente para a ministra se demitir e o primeiro-ministro, no mínimo, pedir desculpa pelo estado a que deixou chegar a saúde em Portugal e deixar de tratar os portugueses com a arrogância habitual. 

Mas o ridículo é tão grande que hoje ouvi na SIC a secretária geral da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia referir, à laia de desculpa, que a parturiente teria tido um parto muito rápido e isso também tinha contribuído para que o nascimento tivesse sido na rua. Fiquei a ouvir expectante, julgando que teria sido uma coisa de minutos. Não, segundo esta senhora foi um parto que terá demorado duas horas! Então, em duas horas não conseguiram fazer chegar uma ambulância ao local...? E agora alguém desvaloriza o problema com um parto rápido...! Haja dó que não há pachorra para tanta falta de honestidade intelectual. 

Ontem o presidente do sindicato do INEM referiu que 20 por cento das chamadas são perdidas. Como é possível isto acontecer? A saúde tem piorado de dia para dia. Os resultados dramáticos da greve no INEM, os problemas com os helicópteros, o aumento dos custos sem quaisquer melhorias no sistema, as urgências fechadas, as parturientes a terem os bebés nas ambulâncias (e agora até no meio da rua!), a falta de controlo dos gastos, os valores milionários que os médicos recebem quando trabalharam como tarefeiros ou fazem cirurgias fora do horário de trabalho, o regabofe das nomeações para as administrações das ULS... são o estado a que isto chegou como resultado da política deste governo. Já passou o período dos 60 dias que prometiam, já passaram os seis meses que , a seguir, prometiam -- só o que não passa é a ministra nem a falta de vergonha do PM.

De cada vez que acontece um escândalo e já se está a perder a conta aos que já aconteceram (e, por muito, muito, menos que isto já uma ministra da Saúde se demitiu), o que faz a incompetente ministra? Um inquérito. Não sei quantos inquéritos já ela mandou instaurar. Uma acumulação de inquéritos. Depois, ou não se sabe quais as conclusões desses inquéritos ou, quando se sabem, são desvalorizadas. De uma maneira ou de outra, a ministra chuta para canto. E o Luís, como sempre, assobia para o lado.

E hoje veio o Marcelo dizer que não se pronuncia porque a ministra prometeu que tudo ia fazer para resolver os problemas. Vá gozar com a prima. Então quando se pronunciava sobre tudo e todos em questões de muito menos gravidade era porque os ministros prometiam que não iam resolver os problemas...? Vá mas é dar uma volta ao bilhar grande porque já não se consegue tolerar tanta hipocrisia.

Mudando de assunto, a questão dos incêndios também revela a incapacidade do governo para planear e resolver os problemas. Os incêndios este ano têm sido uma calamidade, a área ardida aumentou 8 vezes,  e agora soubemos que os Canadair estão inoperacionais, o que tornará o combate aos fogos mais difícil. O PM partiu a banhos para o Algarve e demonstra estar-se nas tintas para o assunto (será que vai haver um clamor de indignação semelhante ao que aconteceu com o Antonio Costa quando alguém, maldosamente, lançou a notícia falsa de que ele estava de férias quando ocorreram os incêndios?). Curiosamente os bombeiros têm estado pouco reinvindicativos e o próprio presidente da liga, tão crítico em anos anteriores, agora anda manso como um cordeirinho. Será porque o governo fez com os bombeiros o que fez com outras corporações, isto é, atirou dinheiro para cima dos problemas...? 

O que aconteceu com os professores e os colocou num patamar de privilégio relativamente ao resto da populaça, o que parece estar a acontecer nas FA, o que se passou com as polícias, os aumentos na saúde e etc... são bem exemplo do que é torrar dinheiro sem qualquer efeito positivo para a maioria da população e tendo apenas como objetivo garantir votos. 

Quando não houver dinheiro para distribuir o que irá fazer a rapaziada do governo?

4 comentários:

Anónimo disse...

Esqueça lá isso dos professores que lhe faz mal. A carreira dos professores tinha sido espoliada como não foram as outras e mesmo assim ainda não se compensou a discriminação a que fomos sujeitos. Em nenhuma outra carreira o tempo de serviço deixou de ser contado. Nao estou a dizer não permitir temporariamente a subida de escaloes. Estou a dizer contado, considerado. Foi como se não tivéssemos dado aulas durante mais de dez anos. A trabalhar pelo país fora durante vinte e tal anos, ora a norte ora a sul. As pessoas gostam muito de comparar o incomparável. Enquanto outros como médicos, enfermeiros, polícias tiveram AUMENTOS, a nós não nos queriam sequer contar o tempo de serviço - e mesmo hoje só foi contado em parte. E diz V.Exa que fomos beneficiados?? Haja paciência para a ignorância.

Anónimo disse...

Concordo com tudo que escreveu. E, a carreira dos professores não obedeceu aos critérios de contagem de tempo de serviço, igual aos demais trabalhadores da função pública. Mas respeito e compreendo a especificidade e argumentos.

Anónimo disse...

DE RERUM NATURA entre as brumas da memória, que o povo não tem ou de que não faz uso, porque a estratégia da distração nunca foi tão eficaz.
--- E hoje veio o Marcelo dizer que não se pronuncia porque a ministra prometeu que tudo ia fazer para resolver os problemas.---
A ministra tem as costas quentinhas.
Pelo parágrafo que lhe garantiu imunidade e cargo vitalício

“Eu nunca encontrei a mínima evidência de qualquer interferência, contacto, carta o que fosse nem da parte do senhor Presidente da República, nem da Presidência da República, nem do senhor Secretário de Estado António Sales, nem da Secretaria de Estado. nem de ninguém”, sublinhou Ana Paula Martins.

https://sicnoticias.pt/pais/2025-01-17-video-caso-gemeas-ministra-da-saude-diz-que-nunca-detetou-interferencias-politicas-bc691304

Anónimo disse...

Os viúvos do PS que nada viram quando desgovernaram o país. A esquerda não preza pela verdade mas sim pela sua verdade.Ė por estas e por outras que a esquerda teve os votos que teve nas eleições, são ideologicamente cegos, vão até à sua própria extinção.