quinta-feira, dezembro 23, 2021

Sugestão de presentes natalícios para homem.
E, a propósito (ou talvez não), a evolução da lingerie feminina ao longo dos tempos



 


Para quem ainda tenha presentes por resolver, caso se trate de presentes para homens, aqui vão algumas dicas: que sejam coisas úteis, bonitas, de preferência com qualquer coisa de não banal. Desejavelmente que não sejam muito dispendiosas, que não sejam pretensiosas, desejavelmente que façam sorrir quem as recebe.

Em tempos, quando se fumava, poderia oferecer-se um belo isqueiro ou uma cigarreira. Uma vez ofereci ao meu marido uma cigarreira em prata na qual mandei gravar duas das iniciais do seu nome. Também se poderia oferecer uma bela caneta. Gostava de oferecer canetas. Numa escrivaninha há uma pequena gavetinha com canetas lindas (creio que por estrear). Agora já só se escreve no computador, canetas só para uma emergência e, de preferência, que sejam bic. 

Claro, há os livros. Para quem gosta de ler, é sempre presente seguro. E, de resto, se não gosta de ler, não merece presente. Aliás, não merece é nada. Homem que não goste de ler é homem sem h, é omem sem qualquer préstimo. Portanto, nos presentes para homem (homem com h, como é evidente) livro é âncora, é um must. 

Mas também pode ser uma guloseima, doce ou salgada. Requer alguma criatividade ou pesquisa atenta mas, em havendo, é garantido. Claro que comporta algum risco. Imagine se a gente vai dar ovo de perdiz a quem tem horror a bicho e a qualquer seu subproduto...? Mas, em conhecendo bem a criatura, é de arriscar. Acho que não há quem não goste de uns comes. Só se for um biquinho de rosa, uma mariazinha. Mas dessas também não reza a história, esta história.

E há as camisas, claro. Há as que são feitas à medida, com monograma. Para mim isso é muito betinho mas conheço muito bom menino que é do que papa e que diz que não é betinho. Mas está bem, abelha.

Contudo, reconheço, camisas é coisa muito pessoal. Dantes oferecia ao meu marido. Agora está como eu: diz que não precisa de mais. O meu filho, sim. Mas o meu filho é bem mais exigente que o pai. Sabe qual o porte, sabe qual o corte. Não é fácil agradar-lhe. Tem que se ter cuidado ao oferecer uma camisa a um homem. Quando escolhia camisas para o meu marido também sentia alguma dificuldade pois eram sempre brancas ou, excepcionalmente, em azul muito claro. Para conseguir que não fossem exactamente iguais, tinha que me esforçar. Mas eu é que queria que não fossem sempre exactamente iguais pois, por ele, não havia qualquer problema nisso.

Ou alguma coisa que a gente ache que faz falta. Dou um exemplo. O meu marido recusa-se a usar calças que pareçam mesmo que remotamente de fato de treino. Usa jeans. Em casa é o que usa, verão ou inverno. Mas agora, de chuva e com o urso felpudo a pôr-lha as patas nas calças, andam sempre sujas. E custam a secar. Passo a vida a dizer-lhe que, para estar em casa, seria mais prático umas calças mais confortáveis. Nem queria ver os modelos que eu lhe escolhia online. Mas eis que um dia o apanhei de feição e lhe mostrei umas que pareciam macias, elegantes, quentinhas por dentro (quentinhas mas não muito, claro). Não disse redondamente que não. Aproveitei o esboço de receptividade e encomendei dois pares para o Natal. Já as viu e experimentou umas pois ainda estava naquela de que, se não gostasse, se mandava de volta. Gostou, sentiu-se bem com elas. E começou a usar um par. Até o cão, quando ele as vestiu pela primeira vez, ficou parado, admirado. Cheirou-lhe as pernas e ficou  pensativo, intrigado com o volte face.  

Uma outra hipótese para pessoas do sexo masculino que tenham algum sentido de humor são cuecas ou boxers. Não sei se os homens, quando escolhem a sua roupa interior, privilegiam o seu gosto e conforto ou se também têm em conta o gosto das mulheres que o veem. Do meu marido eu sei: acho que nem faz ideia do que eu prefiro, apenas pensa no seu próprio conforto. Claro que o conforto é essencial mas não sei se tem que ser o único critério. Mas, enfim, já se sabe que os homens são mesmo algo limitados no que à empatia diz respeito. 

Podia aqui dizer qual a marca de cuecas ou boxers de melhor qualidade, que se ajustam melhor ao corpo, que não alargam nem desfalecem e que, por sinal, até têm um preço muito acessível. Mas não digo não vá as janitas e as antonietas desta vida ainda me aparecerem por aí a sugerirem que sou accionista da marca. Quem me dera. Não sou. Mas não digo. Quem quiser que adivinhe.

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Já agora. Quem queira saber como evoluiu a moda no que ao underwear masculino diz respeito, pode ver o vídeo abaixo. Tem graça.

Eu o que tenho a dizer em relação a ele (ele = vídeo) é que tenho pena de não ter sido eu a estar ali, a filmar. Tirando disso, por mim está tudo bem.


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Como não sou tendenciosa, aqui vai o vídeo fêmea do outro.

A evolução da lingerie feminina


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Desejo-vos um dia muito bom
Saúde. Janelas abertas. Boa disposição. Máscara. Cuidado. Boa sorte.

2 comentários:

Monteiro disse...

Depois de ter andado a espalhar que tinha partido o saca rolhas estou mesmo à espera de um.

Anónimo disse...

Estou contente com a prenda que vou receber. Há anos que emprestei o "Nome da Rosa " e nunca mais voltou. É com grande alegria que o vou reler com a mesma gula de há n anos.