Está frio e, nesta season, acendemos pela primeira vez a lareira. De manhã fomos comprar lenha. Temos muita, muita mesma, nossa, mas essencialmente pinheiro. Ora o meu marido queixa-se da lenha de pinheiro, que faz muito fumo, que suja muito e mais não sei o quê. Por isso, trouxemos uma carga de azinho e sobro e, creio, alguns ramos de oliveira.
Gosto dos cheiros destes grandes armazéns de lenha. São intensos, telúricos.
E, portanto, jantámos na mesa junto à lareira. Um quentinho mesmo bom.
A lareira dá para esse lado e dá para o lado oposto, onde estão os sofás. O cão que de desinteligente não tem nada, hoje em vez de dormir no poiso habitual no piso de cima, hoje foi repimpar-se no sofá em frente à lareira.
Provavelmente os mais puristas dirão que os cães não devem escolher o sítio onde querem dormir mas nós somos assim, liberais. Só não o deixamos ir para a parte da casa onde está o quarto. E quando cá dorme o pessoal também não o deixamos ir para a zona dos quartos que lhes estão destinados. Tirando isso, ele é gente como nós. Claro que temos a certeza que o seu instinto de sobrevivência o manterá afastado o qb para não se queimar ou aquecer de mais.
No verão estende-se no chão do corredor, que é de pedra, ou, lá em cima, no chão que, embora seja de madeira, é fresco. Quando vem o fresco, sobre para uma almofada de tipo colchão que está num banco entre pilares. Quando vem o frio, procura o conforto dos sofás. Mas isola-se, ou seja, não vem deitar-se ao nosso lado nem tão pouco na sala em que estejamos. É discreto.
Entretanto, imagine-se, não sei se será por ver enfeites de natal, bombons, presentes, bolos, camisolas e pijamas e luzes e luzinhas natalícias por tudo o que é sítio, já começámos a pensar no que poderá ser a ementa de natal. Ando com vontade de, uns dias destes, experimentar fazer duas receitas de bacalhau, que nunca fiz, para avaliar se os esquisitinhos que torcem o nariz ao bacalhau (em especial, os miúdos) aprovarão. Também vi um arroz de forno com borrego ou cabrito desfiado que também me pareceu bem. E devia prendar-me e começar a experimentar fazer sobremesas mas, mal penso nisso, recuo logo. A nível de doces quilo de que eu mais gosto não é consensual e não me apetece fazer coisas que não acho graça e que, ainda por cima, que podem não ficar bem ou não agradar.
Ah, e tenho ainda mais uma coisa a dizer. Quando viemos para esta casa, dei roupa e deitei fora muita coisa (deitei for, não, coloquei naqueles contentores da roupa) e, contra a opinião do meu marido, guardei algumas que já não me serviam mas de que eu gostava. Por ele, tudo isso, devia ir de asa sem dó nem compaixão. Eu, como tinha a esperança de voltar a caber dentro dela, guardei. E tive razão: agora que já peso menos de 60 kg, muita coisa voltou a servir-me que é um mimo. Uma alegria para mim. Se ainda conseguir reduzir mais um ou dois quilos, então, seria ouro sobre azul. Mas não sei se consigo. É precisa uma disciplina do caraças. Lambona como sou, sempre com fome, tenho que manter-me determinada em permanência... e isso não é fácil. Mas, então, descobri uma camisola que tricotei e de que gostava bastante. Inventava modelos, dava-me imenso gozo. Deveriam os meus filhos ainda ser pequenos, presumo que pré-Zara ou quando só a havia no Porto e, portanto, não tão à mão. Portanto, há quanto tempo isso foi... Pois está-me praticamente boa. Lá está... se perdesse os tais dois quilitos melhor ainda ficaria. Mas, enfim, já não está mal. Lavei-a, pu-la ao sol, e está quase como nova... Fiquei mesmo contente.
E é isto.
A despropósito, mas a propósito daquilo que escrevi lá em cima, demasiado perto do fogo para sobreviver, partilho um vídeo bastante interessante. Em tempos próximo de Trump, Anthony Scaramucci cedo percebeu que o melhor que tinha a fazer era pôr-se ao fresco e, desde então, não se cansa de alertar para os riscos de estar próximo do doido mais varrido de que há memória (o agora estar completamente in love pelo Mandani é de uma pessoa bater dez vezes com a cabeça na parede a ver se está acordada ou a ter sonhos fantasiosos)
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| daqui |
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Trump Is Too Close To The Fire To Survive | The Daily Beast Podcast Clips
@therealanthonyscaramucci conversa com Joanna Coles sobre o que pode estar nos arquivos de Epstein e o que lhes acontecerá a seguir, incluindo a probabilidade de censuras graves. Além disso, os dois falam sobre as perspetivas para o futuro de Trump e do movimento MAGA, e se JD Vance teria a capacidade de manter o MAGA vivo após a saída de Trump.





