sábado, outubro 04, 2025

Erros processuais e outras anormalidades
-- A palavra ao meu marido --

 

Consta que houve uns F35 que pousaram na base das Lajes devido a um pequeno equívoco. O Rangel, provavelmente meio histérico, achou por bem dizer que, obviamente, o ministério dos negócios estrangeiros nunca se equivoca e que só poderia ter sido o ministério do Melo. O nosso Peter Hegseth (idêntico, salvo a diferença de escala; no sentido de estado, é idêntico) deve ter-se chateado e foi fazer queixa ao padrinho Luís que mandou o Rangel dar o dito por não dito: afinal, o incidentezinho deveu-se a um erro processual. 

E, acto contínuo, mandaram abrir um inquérito que é o procedimento número um do governo: em caso de chatice, abre-se um inquérito, deixa-se o inquérito a marinar e, acima tudo, nunca se assume a responsabilidade pela ocorrência, mesmo que ela seja uma tragédia. 

Esta do erro processual até pode pegar e dar para tudo, desde as tragédias na saúde, aos problemas na educação, na habitação, aos incêndios,... Esperemos é que um novo erro processual,  e errar é humano, não permita que drones do Putin aterrem na Costa da Caparica. 

Sabe-se lá o que pode resultar de um erro processual... 

Por exemplo, será que a investigação do MP ao Ivo Rosa também foi um erro processual? Ou terá sido, antes, um aviso aos juízes e, nomeadamente, a quem julga o Sócrates, que ou andam na linha ou podem ter a vida devassada durante anos por uma investigação resultante de uma denúncia anónima sem fundamento? 

Em tese, um procurador como qualquer cidadão, pode fazer a denúncia anónima só para dar cabo da vida a um juiz que não serve os seus interesses. O estranho não é isso. O estranho é ser possível que um ou vários juízes sancionem esta investigação. Tão estranho como isso é que, no meio de um escândalo destes, a SIC abra o jornal das 13 horas com a notícia que a Joana Marques foi absolvida

Estamos conversados. Viva o populismo e que se lixe a democracia. Uma coisa parece ser certa: alguém tem que controlar o MP enquanto é tempo. Caso contrário, corremos o risco do MP nos controlar a todos. 

1 comentário:

Anónimo disse...

No caso dos aviões até temos um precedente: os voos da CIA, do tempo de Luís Amado. Ficou tudo em águas de bacalhau. Como agora . Nada de novo por aí.