Tinha eu ouvido que o vice-irrevogável Portas tinha anunciado investimentos que iam criar 401 empregos.
Dei uma gargalhada, claro. Só pela cabeça de alguém que não faz a mínima, mas ó senhores, a mínima!, é que pode dizer uma parvoíce destas. 401...?
Não anunciou nada de concreto, é leviano em tudo o que faz e diz, leviano e fútil, mas depois acrescenta estas pitadas que na cabeça histriónica dele devem acrescentar precisão - ou então acha que fica no ouvido (sei lá o que vai naquela cabeça) - e diz estas coisas que arrasam tudo. Para ser mais engraçado podia era ter dito que o investimento de que falava ia criar 401 dálmatas. Ficava ainda mais no ouvido - isso é que seria mesmo um bom sound bite.
Eu explico porque é que dizer aquilo, da forma como ele disse, só revela exibicionismo e nada mais.
Haverá alguém, em seu pleno juízo que faça previsões com esse grau de precisão? Um investimento que vai ocorrer (se for) daqui por algum tempo e num ambiente que evolui a cada dia que passa, consegue estimar-se com este rigor? Não, claro que não. Quem esteja habituado a gerir o que quer que seja (nem que seja apenas a sua própria casa) consegue dizer coisas com esta precisão? Por exemplo, pode alguém afirmar em tom categórico que vai gastar 401 euros em supermercado? Quatrocentos... e um...? Balelas.
Haverá alguém, em seu pleno juízo que faça previsões com esse grau de precisão? Um investimento que vai ocorrer (se for) daqui por algum tempo e num ambiente que evolui a cada dia que passa, consegue estimar-se com este rigor? Não, claro que não. Quem esteja habituado a gerir o que quer que seja (nem que seja apenas a sua própria casa) consegue dizer coisas com esta precisão? Por exemplo, pode alguém afirmar em tom categórico que vai gastar 401 euros em supermercado? Quatrocentos... e um...? Balelas.
E, estando aquela luminária a reportar-se a projectos de empresas, o que haverá serão projecções em que se aponta para valores que são aqueles mais coisa menos coisa. Há sempre um coeficiente de aleatoriedade e toda a gente sabe disso.
Ou seja, o que qualquer pessoa intelectualmente honesta dirá é que são 400 postos de trabalho mais coisa menos coisa. Não serão 40 nem 4.000: serão qualquer coisa à volta dos 400.
Pois bem, acabo de assistir a Manuela Ferreira Leite a falar com o Paulo Magalhães na TVI 24 e ouvi-a a dizer isto mesmo. Alguém que sabe o que é gerir, diria 'à volta dos 400', disse ela. Um sujeito que tem a mania que é artista resolve acrescentar um berloque e mata a conversa dizendo 400 e 1, digo eu.
Não vejo a hora de deixar de ver a criatura a aparecer-me naquela pose de estadista a dizer balelas atrás de balelas. Porque será que não se dedica à escrita, por exemplo? Ó senhores.
Já de Manuela Ferreira Leite acho que está casa vez mais sensata e franca. Tem aquela pecha pelo seu amigo Aníbal mas, enfim, ninguém é perfeito. Gosto de a ouvir.
Mas, claro, não morro de paixão por ela nem sinto um frémito de emoção a percorrer-me o corpo quando a vejo. Já de Daniel Carriço e Ivan Rakitic não se poderá dizer o mesmo. Emoção pura, exteriorização de um arrebatamento, o efeito afrodisíaco das vitórias, talvez. Um beijo apaixonado, disse depois Daniel Carriço - mas talvez estivesse a brincar. O certo é que as fotografias e o vídeo do beijo na boca com que selaram a alegria pela vitória têm corrido mundo.
Por mim, não vejo mal nenhum nisso. Um beijo é um beijo é um beijo.
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Gostaria de vos sugerir que não percam os comentários dos últimos posts. Dá gosto lê-los. É isto que tem de bom a política. É estimulante defendermos os nossos pontos de vista. Aprende-se sempre.
A todos os que têm escrito, muito agradeço e, a todos, recomendo a sua leitura.
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3 comentários:
MANUELA FERREIRA LEITE, quando Ministra das Finanças, para enganar a UE, arrebanhou o fundo de pensões dos CTT, no qual estavam inseridos 2 prédios - 1 na Av. da Republica em Lisboa e outro em Coimbra - foi intermediário dela um fulano chamado Ruy Oliveira? entretanto desaparecido. O PRÉDIO de Coimbra foi vendido de manhã por um valor reduzido e revendido no mesmo dia pelo triplo do valor. Vários acusados, entre eles o honorável Horta e Costa. levaram mais de 5 anos a ser julgado e ficaram todos inocentados.
Nova tropelia da Senhora para o PIB ser de 3%
Vendeu as dividas do Fisco e da Segurança Social ao CITY GROUP. recebendo 1 Euro por cada 5 - e além dos juros elevados ainda ficámos com a obrigação de fazer a cobrança dos incobráveis. Esta divida foi herdada por Sócrates, quando o CITY GROUP estava quase a falir e exigiu o pagamento em 2010. e a UE exigiu que todas as dividas fossem reunidas numa só
Quando saiu do Governo. não cumpriu o período de Nojo e foi logo para Administradora do SANTANDER, a quem, tinha perdoado a divida respeitante à aquisição do Totta. Se juntar esta divida à herdada do Guterres que mandou 2 barco carregados de dinheiro para pagar os salários a todos os Timorenses, que não votavam se não lhes pagassem ( a Indonésia deixou de pagar). Tudo muito bem. os AUSTRALIANOS FICARAM A EXPLORAR O PETRÓLEO. Assim a divida atingiu os 94 mil milhões de Euros. Estava a Senhora muito bem da vida, com o alto salário a juntar as 2 reformas e uma pensão vitalicia por ter trabalhado 5 anos no Banco de Portugal, quando o Cavaco lhe exigiu que se candidatasse a Presidente do PSD por pensar que ela ganharia as eleições em 3 tempos. Ainda levou como candidato o HOMEM DA MALA ANTÓNIO PRETO que estava a ser julgado por peculato e outras coisas do género. Eleito deputado o Preto viu o seu julgamento adiado SINE DIE.porque o braço armado do PSD na Justiça é inexorável.
Lídia Santos Almeida Sousa tem razão. Ainda me lembro destes casos. E, ao que parece, um determinado magistrado, hoje deputado do PSD, também terá "
"facilitado" a vida do então PSD cavaquista, no plano judicional. Nada como ter uma boa memória. Como Lídia. Um dia destes ainda vou pôr a boca no trombone, também...
Uma boa e cálida noite!
P.Rufino
todos junto não são muitos para denunciar como a divida atingiu os 94 mIL milhões em 2010 POIS A UE MODIFOVOU A CONTABILIDADE E TEMIA DE DEFLAÇÃO QUE ESTÁ AGORA EM NOVA AMEAÇA forte
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