Como já contei, tenho andado muito ocupada. Só me sento em frente da televisão à hora de jantar ou depois disso ou, às vezes, enquanto almoçamos.
Hoje, no ginásio, já foi mais a doer. Já ponho a passadeira com uma certa velocidade (hoje há a pus a 5,5 km/h), já a inclino (hoje fui a 8), e até já consigo manter-me a andar em cima sem me apoiar, só com equilíbrio. O pior é quando saio de lá, parece que venho do alto mar. Tenho que me agarrar. Almareada, almareada...
E, nas máquinas de braços e pernas, já ponho mais pesos, mais resistência. É bom, tenho-me sentido bem. Mas hoje não conseguia destravar uma máquina que é de abrir e fechar as pernas. É suposto estar sentada, encostada, e depois abrir as pernas em tesoura. Mas é preciso fazer força. Mas primeiro é preciso destravar aquilo e eu não estava a conseguir. Então desmontei-me e puxei a patilha para aquilo abrir. A minha ideia era montar-me nela, já com as pernas abertas. Está bem, está. Estava ao lado dela a ver como era aquilo, puxei por uma patilha, aquilo soltou-se e apanhei com um dos suportes a toda a velocidade na minha perna. Doeu-me a valer. A ver se não vou ficar dorida. Depois também não consegui subir para a cadeira com os dois suportes abertos. Umas figurinhas... O que vale é que o instrutor veio em meu socorro.
Depois, quando chegámos, fomos fazer a caminhada com o dog de guarda. Venho de lá com a pica toda, só me apetece caminhar a toda a velocidade.
Mas depois, à chegada, aconteceu uma coisa: à hora de almoço tomo um suplemento para manter as articulações em bom estado, sobretudo as dos joelhos (sulfato de glucosamina, receitado pelo médico, claro). A dose daquilo são 2 comprimidos por dia (2 x 750 mg), depois da refeição. Tomo-os ao almoço. Claro que é frequente esquecer-me. Então, para ver se não me escapam, passei a levar o frasco para a mesa. Mas como estamos geralmente a conversar ou a ver televisão, acontece que os tome mecanicamente sem dar por isso e depois, passado um bocado, já não sei se já os tomei ou não e, por via das dúvidas, não os tomo.
Passei, então, a ter a disciplina de tirar os dois comprimidos da embalagem e, portanto, enquanto ali estiverem é porque ainda não os tomei.
Muito bem. Assim funciona.
Claro que o meu marido se passa pois não percebe porque não sou mais disciplinada e porque não presto mais atenção. Isto é o género de coisa que com ele nunca aconteceria.
Só que hoje me distraí e deixei lá ficar o frasco. E estava ali a almoçar, na boa, conversando, e então peguei nos comprimidos fora da embalagem e tomei-os. Mas, no instante em que os engoli, reparei que o copo estava quase vazio e que o frasco estava mesmo ao lado do prato e tive a nítida sensação que já os tinha tomado. Ou seja,, em vez, dos 1500 mg máximo por tia, tinha tomado, o dobro, 4 compridos, 3000 mg. Mas já estava.
Ainda pensei ficar bem caladinha para não ouvir o meu marido. Mas depois receei que aquilo tivesse consequências e era melhor avisá-lo. E li a bula. Diz que em caso de se tomar mais do que a dose máxima, se deve contactar o médico ou o farmacêutico com urgência. Claro que o meu marido queria logo que eu ligasse para a Saúde 24. Só que eu não sabia (e não sei) se fiz disparate ou não.
Fui então ao ChatGPT, where else?
Disse-me que o sulfato de glucosamina é razoavelmente seguro mas que devia hidratar-me bem e ficar atenta a dores de cabeça, náuseas, vómitos, sonolência excessiva. Se isso acontecesse deveria ir às Urgências. Portanto, por causa das coisas, bebei logo, de penalti, uns dois ou três copos de água.
Felizmente não tive nada de mal mas tive que ir a correr algumas vezes para a casa de banho, aflita para fazer chichi. E, pelo meio, adormeci. Mas estou bem.
A partir de agora já não levo a embalagem para a mesa. Tiro os comprimidos e levo-os, só a eles, para a mesa.
Isto para que se veja: entre paginar documentos, editar livros, alimentar a conta do instagram e perceber como por lá se navega e mais as ginásticas e o resto, não me sobram neurónios para atinar com os comprimidos...
E é isto.
Ia falar do Musk com o filho às cavalitas a fazer o Trump de parvo mas agora já não vem a propósito. Já não são horas para me pôr a falar de distopias.
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