sexta-feira, dezembro 13, 2019

Corbyn, a lástima que abriu caminho a Boris.
O número máximo de dias que se deve usar um soutien sem o lavar.
E o SNS: um caso em Espanha e outro com a minha mãe.
[E, se isto parece que não liga a bota com a perdigota, a culpa não é dos cogumelos]





Só posso concluir aquilo que já concluí há muito tempo: o Corbyn é uma nulidade. Bem podem dizer-me que são as circunstâncias ou que sei lá o quê. Não vou nesse. Nunca fui e agora está à vista no que deu. Não há conjunturas que expliquem que, perante políticas tão erradas, estratégias tão desastrosas e atitudes tão inaceitáveis como são as dos Conservadores e, mais recentemente, potenciadas pelo descaminho que é o trafulha do Boris Johnson, o principal partido da oposição não tenha via verde para o tirar de lá. Devia ter sido piece of cake, canjinha de galinha. Já dizia o outro: até o rato Mickey teria conseguido melhor.

Jeremy Corbyn sempre se mostrou um frouxo, pouco claro, nunca conseguiu traçar um rumo claro e pòr-se em cima dos carris, nunca explicou, de forma inequívoca, o que se propunha fazer caso ganhasse. E veio agora com propostas que lançaram a confusão na classe média, ameaçando-a com medidas que poderiam fazer sentido se fossem para classe alta, altíssima e não para a grande maioria da população contribuinte; e isso e mais um banho de nacionalizações e mais um punhado de medidas desfasadas do tempo. Os eleitores votam não em princípios abstractos mas em pessoas que inspiram confiança e relativamente às quais se sabe o que farão quando se virem com o poder nas mãos. Portanto, o resultado dos Trabalhistas não terem resolvido o problema da sua liderança deu no que deu: um desastre para o Reino Unido. E uma machadada na União Europeia. Mas, se ganhasse o totó do Corbyn, a coisa não seria melhor. Portanto, vou ali e já venho.

E eu, perante esta fatalidade anunciada, não consigo dizer mais nada. Só que tenho pena.

E, se não for sobre isso, nem sei de que fale. Não estou em minha casa. A febre dos jantares e almoços de Natal alastra imparavelmente. Hoje estou a fazer baby sitting pois temos que ser uns para os outros. 
E isto porque me baldei a mais um. Melhor: a dois. Pode parecer mentira mas é verdade. De manhã, quando disse a um que hoje não ia, franziu o nariz, fez-se de desconfortável. Limitei-me a dizer: 'Pois. Mas é assim mesmo. Não vou. Ia ser a tarde em viagem, amanhã a manhã em viagem. Dois meios dias perdidos. Não dá. Ao outro, tinha dito logo de início que comigo não, violão. E ainda não fica por aqui. Isto são modas que vão alastrando. Não tenho ideia nenhuma de há uns anos haver esta moda dos almoços e jantares de natal em tão grande número. Ou, então, era eu que estava mais circunscrita. Não faço ideia. 
Os meus meninos já dormem. Foram cedo para a cama. Contei-lhes uma história e, estafados como estavam, foi tiro e queda. Por isso, nem é que me estejam a distrair. Não, não é isso. A questão é que, quando estou desenquadrada e fora do meu sofá, escrevo mas é o que se vê, a coisa parece que não flui. É como quando cozinho sem ser na minha casa. 

Parece que a intuição se me esvai, parece que a coisa perde a espontaneidade. 

E, assim sendo, uma vez mais fora do meu habitat, sem tema que puxe por mim, só me ocorre referir um artigo que li sobre a lavagem dos soutiens. Ao que parece, é frequente algumas mulheres usarem tempos a fio o soutien sem o lavarem. Sendo de cor não se notará a falta de limpeza. Li o artigo com aquela minha perplexidade de quando percebo que vivo num mundo paralelo. Então alguns especialistas pronunciaram-se: um soutien não precisa de ser lavado de cada vez que se usa mas não deve ser usado mais do que três vezes sem ser lavado. Exceptua-se, claro, a situação em que a dona pratica desporto, transpira, etc. Nesse caso, obviamente, deve ser lavado de cada vez.

Isto há com cada uma.

Ah, lembrei-me agora de um tema sobre o qual ando para falar há algum tempo. Serviço Nacional de Saúde.

Há pouco tempo almocei com uma espanhola que tinha vindo há umas semanas da Tailândia onde tinha estado a passar férias com a família. Uma das filhas contraíu uma bactéria esquisita e ela teve que a levar às urgências de um hospital público em Madrid. A miúda fez uma série de exames, foi medicada e foi para casa onde deveria ficar praticamente em isolamento a tratar-se. Disseram-lhe que em princípio ficaria bem e que telefonariam a vigiar. E assim foi. A miúda não voltou nem ao hospital nem foi a outro médico. Telefonavam, perguntavam pelos sintomas, pela temperatura, etc. Até que a miúda ficou livre de cuidados e teve ordem para voltar à escola. Uma semana depois, quando ela já nem se lembrava, recebeu novo telefonema do hospital a fazer um ponto de situação sobre o estado de saúde da filha. Estava óptima. Ela ficou muito bem impressionada pela eficiência e cuidado. Disse que na saúde, em Espanha, não há crise, não há tempos de espera, não há descontentamento, não há tema. 

Fiquei a pensar que, de facto, vai-se a tanta consulta, entopem-se hospitais e centros de saúde, quando, na volta, uma vez diagnosticada a maleita e medicado o paciente já não haverá mais a fazer a não ser vigiar o bom andamento da recuperação.

E, que nem de propósito, a semana passada constatei que esse bom método não vigora só em Espanha, já também por cá está em uso. No outro dia a minha mãe contou-me que estava com um sintoma bizarro. Vi no google e pareceu-me que não seria nada de grave mas que, pelo sim, pelo não, deveria se acompanhado. Sugeri que ligasse para a Saúde 24. Assim fez. E em boa hora. A senhora que a atendeu foi atenciosa, fez recomendações, validou algumas situações. E ficou de voltar a ligar por volta da hora de jantar. E ligou. E voltou a validar alguns aspectos, a aconselhar. E, para surpresa da minha mãe, no dia seguinte, voltou a ligar. Está tudo bem, os conselhos foram úteis, não foi não teve que ir ao médico, ficámos mais descansadas. E surpreendidas.

Portugal o que tem é um problema de organização, não é de dinheiro. 

Infelizmente, não é só no SNS, é em todo o lado. Se há área em que Portugal tem um longo caminho pela frente é o da organização. E a organização só se consegue com uma boa liderança e com inteligência. Tenho esperança que estejamos a começar a trilhar esse caminho.

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Entretanto, já estou em minha casa e, como sempre, perdida de sono. Estou com a leve sensação que o tema da lavagem do soutien está aqui a despropósito. Mas também não é agora que vou fazer purgas no texto. Vocês relevem, está bem? Façam de conta que isto é apenas uma conversa sem guião, em que vamos falando das coisas que nos vão ocorrendo. Quantas vezes, quando estamos a conversar, na maior informalidade, os temas vão surgindo em mão e em contramão. Por isso, se estou aqui na conversa convosco, não vou rasurar o que saíu, vou é contar com a vossa tolerância.

Também me apeteceu juntar ao texto as belíssimas fotografias de Alison Pollack que vê de perto, como ninguém, a hipnótica beleza destes seres misteriosos, irreais. Não têm nada a ver com nada mas a beleza não precisa de ter a ver com nada.

E também me apeteceu ter aqui a voz tranquila de Sissel. Gosto muito de ouvi-la. Espero que também gostem.


E, por ora, é isto.

Uma boa sexta-feira para si que aí está a aturar esta conversa desconexada.

9 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei sem saber: o bizarro é lavar o soutien sempre que se usa ou só muito de vez em quando? ;)

Tenho esperança que o UK sair da UE poderá ser o melhor que lhe aconteceu (à UE, bem entendido). Que sirva para nos unir, na desunião, é o meu desejo.

Já aqui contei a minha mais recente experiência com o SNS. Ao Hospital de Santa Maria, só se me arrastarem pelos cabelos. Ao centro de saúde, já não ponho lá os pés 'ós anos. A minha irmã levou tampa da médica de família em duas consultas de seguida. Não tenho vida para isso. Mas não é só o SNS. O dentista é outro disparate. Depois do trauma provocado por aquilo que eu tenho 99% de certeza que foi uma dentista a esburacar-me um dente em perfeito estado para cobrar uma consulta extra, ficando eu cheia de dores durante uns dois anos de sensibilidade extrema, o trauma teve-me afastada durante anos. Voltei há uns meses. O raio-x revelou uma chatice de um ciso a querer rebentar as raízes dos outros dentes. Prometeu que me ligava para marcar consulta com o dentista-cirugião. Não ligou. Fui lá uma segunda vez. Disse que, agora sim, prometia que não se esquecia. Já lá vão uns quatro meses. Se ela não quer saber, também eu não quero. Tenho mais que fazer. Uma pessoa já não gosta de pensar nestas coisa, ainda vai andar atrás dos profissionais?? 'Tá-se mesmo a ver.

Abraço,
JV

Paulo B disse...

UJM,

É muito injusto considerar o Corbyn o frouxo quando foi o homem que herdou um partido em pedaços depois do grande Tony Blair da 3a via que desembocou no longo período de governação dos conservadores (a malta entre ter uma cópia barata ou um original, prefere naturalmente o original). O Corbyn que teve de enfrentar oposição do próprio partido e uma campanha pouco digna do que resta da imprensa dita de centro esquerda (o Guardian fez uma campanha horrível).

Mas, as primeiras análises não parecem sugerir que o programa do Corbyn tenha afugentado as classes médias. Bem pelo contrário. O labour perdeu terreno nas classes baixas, perdeu ainda mais terreno nos territórios onde predomina fortemente o suporte ao leave e perdeu nos territórios onde predomina o remain (essencialmente na Escócia, que se compreende, pois os escoceses naturalmente preferiram reforçar o seu próprio nacionalismo face ao pântano que a Inglaterra lhes promete trazer). Mais, se tivermos em conta o perverso sistema eleitoral inglês, o labour ainda teve de enfrentar um libdem que concorreu especialmente nos círculos onde o labour tinha hipótese, dividindo os votos dos apoiantes do remain. https://www.bbc.com/news/election-2019-50770798

Por muito que custe, mais do que uma derrota do Corbyn, é uma derrota do centro esquerda e dos Europeus no geral.
Estas eleições não foram a escolha de um programa político para o UK, foram um referendo à UE e ao Brexit.

Quanto ao SNS, pessoalmente tenho tido experiências muito muito boas em vários tipos de serviços. Mas se o serviço já é de excelência em muitas áreas, se reconheço problemas e desafios gritantes de organização / gestão, também consigo apontar várias áreas o de é necessário investimento. Muito e urgente. Desde logo, como é consensual, os orçamentos são completamente irrealistas. E toda gente sabe. Isso é usado como instrumento de gestão pelo próprio governo. Mais, são várias as áreas de desinvestimento público exatamente para abrir espaço a privados.

sonia disse...

Você escreve de um jeito irresistível. Tive que ler até o fim seu texto, que está excelente. E a música escolhida foi perfeita!
Um abraço do Brasil.
Sônia

AV disse...

Concordo em relação a Corbyn. A ambiguidade do Labour em relação ao Brexit escondia muito do cepticismo de Corbyn em relação à Europa. Reconheço o que diz Paulo B em relação ao seu mérito em desviar o partido da terceira via, mas fê-lo voltando a um passado que não é sustentável. É uma ironia que os círculos eleitorais conquistados pelos Conservadores ao Labour fiquem em áreas empobrecidas pelas políticas dos Conservadores, em que verdadeiramente o que contou foi a ladainha de BJ em fazer o Brexit acontecer. É ainda mais uma ironia que o acordo de BJ é pior para o RU do que o de Theresa May e cede na linha vermelha mais importante dela. E o povo comprou, numa viragem à direita populista e nacionalista que em mais do que uma ocasião me tem feito lembrar os anos 30 do século passado.

Paulo B disse...

Olá AV,´

Parece-me que a ambiguidade do Labour é a ambiguidade na base de apoio tradicional do Labour - as classes mais baixas. Aliás, não há ambiguidade nenhuma nessa base de apoio: domina claramente o apoio ao Brexit (como se viu no padrão territorial por alturas do referendo; como se manteve nestas eleições...).
A terceira via - especialmente a britânica - foi pródiga em arranjar bodes expiatórios para aplicar o seu programa liberalizante e que em muito pouco se distinguia das propostas de liberais e conservadores. Usaram e abusaram da UE como bode expiatório para impor a agenda liberal e de "ajustamento no tamanho do estado".

Esta ideia de que o centro esquerda está proibido de falar em renacionalização, porque este é um regresso a um passado tenebroso e insustentável é incompreensível. Afinal o que sobra à esquerda é aceitar a inevitabilidade de um fim da história: o sistema socio-económico terá de ter uma natureza totalmente privada, sendo as diferenças entre centro esquerda e centro direita é a "intensidade" da regulação dessas mesmas atividades? Mas isto não era o programa teórico da terceira via? (sim, é verdade que na prática foram longe de mais e portanto a correção a fazer é só meter mais regulação que o que eles fizeram, mas nunca assumir a prestação direta de determinados serviços)

Mas vejamos, o RU já fez esse suposto caminho para uma sociedade altamente liberalizada, com um estado supostamente forte na regulação. Um caso paradigmático é o dos emblemáticos caminhos de ferro: totalmente privatizados e implementado um pesado sistema regulatório, continuam a ter custos brutais para o erário público, custos cada vez mais proibitivos para os utilizadores e uma infraestrutura cada vez mais obsoleta e em degradação. Na europa, a esmagadora maioria dos caminhos de ferro resistem nas mãos dos governos (veja-se a maior corporação do ramo - a alemã DB). O Labour sugere uma renacionalização dos caminhos de ferro e eis que sofre um brutal ataque: por um lado, aqueles (da esquerda à direita) que o acusam de um suposto regresso a um passado tenebroso e insustentável; por outro, aqueles que aproveitam o tema para voltar à questão fraturante do Brexit - referindo exatamente que independentemente das preferências de solução por parte dos cidadãos a UE já lhes impôs uma solução!
E qual é? Exatamente a de que a situação dos caminhos de ferro do RU é aquela que a UE se prepara para adoptar e obrigar a esmagadora maioria dos estados membros a adoptar (ainda que, na verdade, seja para abrir essas áreas estratégicas a determinadas companhias estatais, transformando-as em colossos europeus - é a estratégia óbvia da alemã DB).

Agora imaginemo-nos como um eleitor do Labour; até concorda com o principio da renacionalização dos caminhos de ferro mas surge uma UE que diz que "nã nã nã"... Que faz um eleitor neste contexto? O voto útil e urgente é a saída da UE!
Pessoalmente, arrisco até a dizer que o Labour não teria um resultado tão negativo se tivesse tido a coragem de se afirmar como apoiante do Brexit.

Termino com uma nota final sobre aquilo que me foi possível ir lendo: o trabalho da comunicação social em denegrir a agenda do Labour foi brilhante. Curiosamente, foi num jornal de centro direita onde encontrei algumas das peças mais equilibradas sobre as propostas do Labour e o seu enquadramento no contexto da discussão do Brexit; veja-se esta, sobre a discussão em torno dos caminhos de ferro: http://tiny.cc/q1gphz

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com o comentário e análise que Paulo B faz, na sua resposta a AV.
Ainda bem que há gente lúcida quando olha para o resultado das eleições britânicas e razões para os seus resultados.
Corbyn é um tipo decente.
Com B.J o Reino Unido deverá vir a sofrer consequências profundamente danosas para os interesesses da sua população, a médio prazo. E ser igualmente uma preza dos interesses do pior do capitalismo dos EUA de Trump e por outro lado, da China.
P.Rufino

AV disse...

Olá Paulo B,

Agradeço o seu comentário e a sua análise, que gostei de ler.

A ambiguidade do Labour em relação ao Brexit tem a ver com o facto de que o seu eleitorado está dividido. Tem uma base tradicional, a que refere no seu comentário, em muitas zonas desfavorecidas das Midlands e do Norte, que quer uma mudança nas suas condições de vida e para a qual essa mudança é saír da Europa. Essa base apoia fortemente o Brexit e foi nessas zonas que os Conservadores foram buscar votos ao Labour. Mas também tem outras bases de apoio, em Londres, junto a Universidades noutras cidades do País, onde grande maioria da população jovem apoia o Labour (e é Corbynista), e junto de uma classe média profissional. Essas são maioritariamente pró- Europeias. Essa divisão levantou um sério dilema ao Labour a que o meu comentário anterior, na sua brevidade, não fez justiça. O Labour tinha uma situação muito mais difícil do que o Partido Conservador porque, ao contrário deste, tinha um eleitorado dividido em relação ao Brexit. Era uma posição muito difícil porque não podia agradar a ambas as posições. Falou, um pouco tarde, num segundo referendo, mas o eleitorado inglês não é sensível a repetições de votos e na verdade estas eleições acabaram por ser o segundo referendo. A nível pessoal, Jeremy Corbyn sempre foi um eurocéptico., diga-se em abono da verdade.

Curiosamente, os Conservadores receberam só mais 1% do total de votos que em 2017, em que Theresa May perdeu a maioria - mas jogaram tacticamente nos círculos eleitorais da base tradicional Labour que apoia o Brexit. A grande transferência de votos deu-se aí e o sistema eleitoral britânico, baseado no princípio de ‘first past the post’ encarregou-se do resto, de forma ficaram com uma maioria significativa de deputados embora só com 1% a mais da totalidade de votos. Outra ironia.

Não discordo de si em relação à nacionalização dos caminhos de ferro. Há muitos anos que digo que se há sectores que não vale a pena nacionalizar, o dos os caminhos de ferro é um deles. Mas o Manifesto do Labour não era só isso e por mérito social que tivesse, foi justamente o seu eleitorado mais desfavorecido socialmente que não o comprou.

Cumprimentos.

Paulo B disse...

Obrigado pela resposta AV!

Subscrevo inteiramente. Aliás, é exatamente o que pretendo escrever ali acima, mas não tão bem conseguido / escrito como o fez.
Confesso que simpatizo com o Corbyn e apreciei o seu programa. Esta agenda, vinda do porta estandarte do neoliberalismo (o Reino Unido) era muito importante... até para restaurar (pessoalmente) alguma fé Europa. Porque, em nome da verdade, não negando as muitas coisas boas e apesar de ainda achar que os benefícios são ligeiramente maiores que os malefícios...


Abraço,

Paulo B. disse...

Olá P. Rufino,

Apesar de tudo, tenho algumas dúvidas que a nível económico as consequências sejam catastróficas. Para a população - especialmente a mais frágil - é que antevejo momentos complicados.

Expectante.

Abraço,